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Phénoménologie clinique de la perte de l'évidence naturelle dans le monde vécu (Lebenswelt) schizophrénique. / Clinical phenomenology of the loss of natural evidence in the lived world (Lebenswelt) schizophrenicPereira, Juliana Pita de Albuquerque 29 October 2018 (has links)
La perte de l´évidence naturelle se distingue dans la phénoménologie clinique de la schizophrénie développée par le psychiatre allemand Wolfgang Blankenburg. Il est intéressé à comprendre l'expérience phénoménologique avec ses patients schizophrènes en raison de son expérience dans leur suivi clinique et à réaliser que la perte de la connexion naturelle entre le patient et d'autres personnes est identifiée dans la schizophrénie. Cette thèse de doctorat en cotutelle a pour but de présenter la phénoménologie clinique de la perte de l´évidence naturelle dans le monde vécu (Lebenswelt) schizophrénique ayant comme objectif global et critique la phénoménologie philosophique de l'ambiguïté de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961). L'expérience phénoménologique est comprise par Merleau-Ponty dans l'imbrication entre l'homme et le monde, c'est-à-dire sa facticité. La phénoménologie de l'ambiguïté de Merleau-Ponty présente l'homme mondain comme une source absolue, mettant son expérience au-dessus des représentations scientifiques et proposant que le retour aux choses elles-mêmes revienne au monde pré-réfléchies, avant la connaissance telle qu'elle est expérimentée. Cette thèse est divisée en six chapitres et la méthodologie. Les trois premiers chapitres sont des discussions théoriques sur la phénoménologie clinique de la schizophrénie et la présentation de la phénoménologie de l'ambiguïté chez Merleau-Ponty. Notre contribution méthodologique est la méthode phénoménologique critique, en particulier l’étude de cas phénoménologique qui met en évidence un instrument en deux étapes: les rencontres cliniques et les rapports descriptifs. Des recherches sur le terrain ont été effectuées dans un Hôpital de Jour à Fortaleza/Ce-Brésil et ont permis la construction de trois cas cliniques phénoménologiques: Roberto, Francisco et Miguel. Roberto, suis-je un ange ou un vampire? consiste en une étude de cas phénoménologique qui souligne l’importance de l’expérience de la perte d’évidence naturelle comme pure agitation et euphorie. Francisco, j'écris des scénarios de film dépeint une recherche constante du chercheur pour essayer de marcher avec lui dans son monde vécu (Lebenswelt) et nous interroge sur la compréhension empathique dans l'accompagnement des expériences psychotiques. Miguel, est-ce spirituel ou psychologique? présente sa manque d'implication dans les relations avec les autres et le monde et en éprouvant des doutes quant aux invasions des esprits malins qui commandent ses actions et ses sentiments. La compréhension des études de cas phénoménologiques de Roberto, Francisco et Miguel, inspirée de la phénoménologie de l'ambiguïté de Merleau-Ponty, souligne un mouvement dialectique sans synthèse, puisqu'il implique toujours constamment son incomplétude et ses diverses possibilités de sens. Pour cela, nous supposons la pertinence de l'attitude humaniste phénoménologique, que ce soit du clinicien ou du chercheur, afin de faciliter le dévoilement de ces expériences (clinique-client-monde) dans un mouvement dialectique toujours ouvert, sans synthèse dans un espace clinique d'accueil, de confiance, d'empathie, de liberté d'expression et de croissance, construites dans cette relation clinique-autre monde. / The loss of natural evidence in clinical phenomenology of schizophrenics was developed by the German psychiatrist Wolfgang Blankenburg. He was interested in understanding the phenomenological experience of his schizophrenic patients due to his experience in the clinical follow-up of these patients, as well as to comprehend that the loss of natural connection between the patient and other persons is observed in schizophrenia, and this connection is defined as natural evidence. This doctoral dissertation in co-supervision aims to present the clinical phenomenology of the loss of natural evidence in the lived world (Lebenswelt) in schizophrenia through the critical lens of the philosophical phenomenology of ambiguity of Maurice Merleau-Ponty (1908-1961). The phenomenological experience is understood by Merleau-Ponty as the interweaving between man and world, that is, from its facticity. Merleau-Ponty's phenomenology of ambiguity portrays the mundane man as an absolute source, placing his experience above scientific representations and proposing that the returning to things themselves is to return to the pre-reflective world, prior to knowledge as it is experienced. This thesis is divided into six chapters and the methodology section. The first three chapters consist of theoretical discussions on the clinical phenomenology of schizophrenia and Merleau-Ponty's phenomenology of ambiguity. Our methodological contribution is the critical phenomenological method, particularly the phenomenological case study that highlights a two-step instrument: clinical encounters and descriptive reporting. Field research was carried out at a day hospital in the city of Fortaleza, Ceará, with the purpose of developing three phenomenological clinical cases. The following three chapters describe the clinical cases of Roberto, Francisco and Miguel. The chapter ‘Roberto, am I an angel or a vampire?’ consists of a phenomenological case study that highlights the significance of the experience of the loss of natural evidence as pure agitation and euphoria. The next one, ‘Francisco, I write film scripts’, portrays a constant search of the researcher to try to walk hand in hand with him in his lived world (Lebenswelt) and makes us question the empathic understanding during the follow-up of psychotic experiences. The chapter ‘Miguel, is it spiritual or psychological?’ addresses his lack of implication in the relationship with others by being disconnected from the world and experiencing doubts concerning the invasion of evil spirits who command his actions and feelings. The understanding of the phenomenological case studies of Roberto, Francisco, and Miguel, inspired by the phenomenology of Merleau-Ponty's ambiguity, underscores a dialectical movement without synthesis, since it constantly implies its incompleteness and multiple possibilities of meanings. Therefore, we assume the relevance of the phenomenological humanist attitude, be it of the clinician or the researcher, to facilitate the unveiling of these experiences (clinical-client-world) in an open dialectical movement without synthesis, in a clinical space of reception, trust, empathy, freedom of expression and growth, which is developed in this clinical-otherworld relationship / A perda da evidência natural se destaca na fenomenologia clínica com a esquizofrenia desenvolvida pelo psiquiatra alemão Wolfgang Blankenburg. Este se interessa em compreender a experiência fenomenológica com seus pacientes esquizofrênicos devido a sua experiência no acompanhamento clínico destes, bem como por perceber que na esquizofrenia se identifica a perda da conexão natural entre o paciente e as outras pessoas, sendo esta conexão definida como evidência natural. Esta tese de doutorado em cotutela tem como objetivo de pesquisa apresentar a fenomenologia clínica da perda da evidência natural no mundo vivido (Lebenswelt) esquizofrênico tendo a fenomenologia filosófica da ambiguidade de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) como lente compreensiva e crítica. A experiência fenomenológica é compreendida por Merleau-Ponty no entrelaçamento entre homem e mundo, ou seja, a partir de sua facticidade. A fenomenologia da ambiguidade de Merleau-Ponty apresenta o homem mundano como fonte absoluta, colocando sua experiência acima das representações científicas e propondo que retornar às coisas mesmas é voltar ao mundo pré-reflexivo, anterior ao conhecimento tal como ele é experienciado. Esta tese se divide em seis capítulos e metodologia. Os três primeiros capítulos consistem em discussões teóricas sobre a fenomenologia clínica da esquizofrenia e a apresentação da fenomenologia da ambiguidade de Merleau-Ponty. Nosso aporte metodológico é o método fenomenológico crítico, em especial o estudo de caso fenomenológico que destaca um instrumento de duas etapas: encontros clínicos e relato descritivo. A pesquisa de campo foi realizada em um Hospital Dia na cidade de Fortaleza/Ce e possibilitou a construção de três casos clínicos fenomenológicos: Roberto, Francisco e Miguel. Roberto, sou um anjo ou um vampiro? consiste em um estudo de caso fenomenológico que destaca o significado da experiência de perda da evidência natural como pura agitação e euforia. Francisco, escrevo roteiros de filme retrata uma constante busca da pesquisadora de tentar passear de mãos dadas com ele em seu mundo vivido (Lebenswelt) e nos faz questionar sobre a compreensão empática no acompanhamento de vividos psicóticos. Miguel, é espiritual ou psicológico? apresenta sua falta de implicação nas relações com os outros por se dessintonizar do mundo e vivenciar dúvidas sobre invasões de espíritos do mal que comandam suas ações e seus sentimentos. A compreensão dos estudos de casos fenomenológicos de Roberto, Francisco e Miguel com inspiração na fenomenologia da ambiguidade de Merleau-Ponty ressalta um movimento dialético sem síntese, pois sempre implica constantemente com seu inacabamento e suas diversas possibilidades de significados. Para isso, assumimos a relevância da atitude humanista fenomenológica, seja do clínico ou do pesquisador, no sentido de facilitar o desvelamento dessas experiências (clínico-cliente-mundo) em um movimento dialético sempre aberto, sem síntese em um espaço clínico de acolhimento, confiança, empatia, liberdade de expressão e crescimento, construído nesta relação clínico-outro-mundo
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