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Ecos do silêncio: culturas e trajetórias de surdos em Macapá / Echoes du silence: cultures et trajectoires des sourds à MacapaCampos, Ronaldo Manassés Rodrigues January 2016 (has links)
CAMPOS, Ronaldo Manassés Rodrigues. Ecos do silêncio: culturas e trajetórias de surdos em Macapá. 2016. 248f. - Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-01-26T11:24:24Z
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Previous issue date: 2016 / Este trabalho constitui-se uma análise sociológica sobre as culturas e as trajetórias dos Surdos em Macapá. Historicamente, estes indivíduos têm vivido excluídos e até invisibilizados na sociedade, que aqui chamo de sociedade oral, pois, baseia-se no som. Observando alguns espaços sociais de interação busquei refletir como os surdos na família, escola, trabalho, no lazer e na religião constroem, suas conveniências e suas estratégias de interação, uma vez que, não usam a mesma língua que os demais atores sociais. E por assim ser, a língua de sinais ou as línguas de sinais, que são tidas como próprias das comunidades surdas tem sido por muito tempo, motivo de discriminação e estigmatização das pessoas surdas na sociedade. Neste sentido este trabalho oportunizou uma análise das trajetórias de Surdos. Possibilitou ainda construir uma sociologia para um novo objeto, e que exaustivamente tem sido analisado por outros campos de pesquisa, como educação, e saúde. Urgindo então por uma análise sociológica. Para tanto busquei o aporte teórico de Lahire (2004), Certeau (2012), Goffman (2012), Foucault (1979) e Strobel (2013), entender: como estes sujeitos surdos constroem suas trajetórias? De que maneiras usam, constroem seus artefatos culturais? E, sobretudo, como têm se apropriado da chamada por eles, cultura surda no Amapá? Refletindo e apropriando a sociologia com conceitos advindos deste objeto, como o conceito de Povo Surdo, e de cultura surda lancei mão da metodologia proposta por Lahire (2004) com o uso de entrevistas de profundidade, todas feitas em Libras, para assim poder estruturar as trajetórias, disposições, conveniências e variações individuais e em comunidade dos interlocutores surdos. Encontrei então, o que nominei de ―ecos do silêncio‖, pois há uma grande tensão entre surdos e ouvintes, e coercitivamente, os surdos são levados a construir suas próprias conveniências para as diversas esferas sociais, ecoando muito forte na sociedade suas inúmeras tentativas de reconhecimento, e de diminuição do estigma que a surdez os imputa.
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