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Corpos e beleza no Instagram: estetização em busca de likesSilveira, Vanessa Rozan da 19 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Fundação São Paulo - FUNDASP / This research analyses the corporeal presence ways on Instagram social network
and how this virtual platform provides to its users variations of body simulacra,
considering their relationship to those who circulate in traditional media. Created in
2010, Instagram is a social network with the primary function of sharing photos and
which brings together image editing capabilities, thus representing a convergence of
cultural strengths: the digital documentation mania, the proliferation of celebrities and
micro-celebrities and the conspicuous consumption. As study object, profiles of three
women with a large number of followers were selected, representing different ways of
staging the body and promoting identity construction values that have repercussions
on followers and the media. They are: Kim Kardashian, Gabriela Pugliesi and Ashley
Graham. Analyzing the photos published in their profiles of Instagram social network,
from April to June 2016, we identified the themes that are materialized by figures
reiterated by recurring themes, such as beauty, aesthetics and health, organizers of
visual discourse. Thus, we present the way each profile builds its body simulacrum
within this network and how they refer to seemingly subjective and predominantly
objective presence modes. The investigation tested the hypotheses that (1). The
changes in the beauty standards take place because this media allows each one the
power to expose him/herself being his/her own destinator, in clear distinction to the
strong destinator of the established media vehicles, that make bodies mediatic; 2. the
advertising and fashion market takes advantage of these media independent body
simulacra constructions and embraces them as new niches - once marginalized and
currently with an active voice — by identifying them as business opportunities. We
detected the plot of “luxury”, “being in fashion”, “being famous” and “thinness” values,
materialized in the bodies analyzed in this research, which values are settled by
women's magazines, the fashion market and advertising. We find that narrative paths
of the social network Instagram shape their recipients to make images changes, and
these subjects, bodies without artifice and bodies with devices, are shown by
different mechanisms of visibility of the want-to-be seen order, in search of social
sanction through followers “likes”. In this context, we found a greater propensity to
align with bodies simulacrum and values already put into circulation in the publishing
and advertising market, being these two strong contributors and developers of the
taste for appearance, through fashion and consumption. The theoretical apparatus
used was the semiotic theory developed by Algirdas Julien Greimas, complemented
by Eric Landowski’s social-semiotics, by the plastic semiotics of Jean-Marie Floch
and by the researches on the dressed body plastics, fashion and identity of Ana
Claudia de Oliveira and Kathia Castilho / Esta pesquisa analisa os modos de presença corpórea na rede social Instagram e
como essa plataforma virtual proporciona aos seus destinadores variações de
simulacros corpóreos, considerando a relação desses com aqueles que circulam nas
mídias tradicionais. Criado em 2010, o Instagram é uma rede social com função
primária de compartilhamento de fotos e reúne capacidades de edição de imagem,
representando assim uma convergência de forças culturais: a mania documentação
digital, a proliferação de celebridades e microcelebridades e o consumo conspícuo.
Como objeto de estudo, foram selecionados perfis de três mulheres que contam com
grande número de seguidores, representando diferentes modos de encenação do
corpo e promovendo valores de construção identitária que repercutem nos sujeitos
seguidores e na mídia. São elas: Kim Kardashian, Gabriela Pugliesi e Ashley
Graham. Analisando as fotos publicadas em seus perfis da rede social Instagram, no
período de abril a junho de 2016, identificamos as temáticas que são concretizadas
por figuras reiteradas por temas recorrentes, como o da beleza, da esteticidade e o
da saúde, organizadores do discurso visual. Assim, apresentamos como cada perfil
constrói seu simulacro de corpo dentro dessa rede e como eles se referem a modos
de presença aparentemente subjetivos e a modos de presença predominantemente
objetivos. A investigação testou as hipóteses de que: 1. as mudanças nos padrões
de beleza dão-se por essa mídia possibilitar a cada um poder se expor sendo seu
próprio destinador, em clara distinção ao destinador forte que dos veículos de mídia
estabelecidos que fazem ser os corpos midiáticos; 2. o mercado publicitário e de
moda se aproveita dessas construções de simulacros corpóreos independentes da
mídia e os abraça como novos nichos – antes marginalizados e hoje com voz ativa –
ao identificá-los como oportunidades comerciais. Detectamos a trama dos valores de
“luxo”, “estar na moda”, “ser famoso” e “magreza”, concretizados nos corpos
analisados nesta pesquisa, valores estes já sedimentados pelas revistas femininas,
pelo mercado de moda e pela publicidade. Averiguamos que os percursos narrativos
da rede social Instagram modalizam seus destinatários a fazer fazer modificações de
imagens, e esses sujeitos, corpos sem artifícios e corpos com artifícios, são
mostrados por distintos mecanismos de visibilidade da ordem do querer-ser-visto,
em busca de sanção social por meio de likes de seus seguidores. Nesse contexto,
verificamos maior propensão ao alinhamento com os simulacros de corpos e valores
já postos em circulação no mercado editorial e publicitário, sendo esses dois
destinadores fortes e desenvolvedores do gosto pela aparência, por meio da moda e
do consumo. Utilizou-se como aparato teórico-metodológico a teoria semiótica
desenvolvida por Algirdas Julien Greimas, complementada pela sociossemiótica de
Eric Landowski, pela semiótica plástica de Jean-Marie Floch e pelas pesquisas
sobre plástica do corpo vestido, moda e identidade de Ana Claudia de Oliveira e
Kathia Castilho
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