Orientador: Marcelo Weishaupt Proni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-16T10:41:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva_WagnerWiliamda_M.pdf: 989161 bytes, checksum: 4f60eea8b491366cda4ed60837fceff0 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: A gênese da construção de uma estrutura de proteção social na Inglaterra aparece como pré-requisito à manutenção da ordem social necessária à reprodução ampliada do capital. O Estado britânico, na condição de defensor maior do desenvolvimento econômico, tratou de normatizar os comportamentos, principalmente daqueles sujeitos mais próximos à base da pirâmide social. Nesse sentido, muito mais que uma política de proteção, a Lei dos Pobres de 1834 impunha normas de conduta que penalizavam àqueles que a descumprissem, com o objetivo maior de garantir a consolidação de um mercado de trabalho que assegurasse uma oferta adequada de trabalhadores para as fábricas e os empreendimentos em expansão. As conseqüências da Primeira e da Segunda Guerra Mundial e da crise de 1929 provocaram uma ebulição social de magnitude inédita, que forçou o abandono do liberalismo econômico e político. A metamorfose do Estado britânico trouxe um avanço significativo das políticas sociais, tornando-as mais abrangentes e, principalmente, com um caráter diferente daquele observado na Lei dos Pobres. Enquanto a primeira geração de políticas sociais tratava de isolar os "vagabundos" e disciplinar o comportamento dos trabalhadores, o modelo que se consolida após a Segunda Guerra busca a construção da cidadania a partir da proteção ao trabalho. O Plano Beveridge estabeleceu as diretrizes básicas da seguridade social na Inglaterra, procurando evitar que o desemprego em massa e a privação social pudessem se repetir. A construção de uma nova ordem social, no entanto, não se daria de forma espontânea. Na verdade, o sucesso eleitoral ora de trabalhistas, ora de conservadores, também determinou a intensidade e o ritmo da implantação de uma nova geração de políticas sociais / Abstract: The genesis of the construction of a social protection structure in England appears as a prerequisite to the maintenance of the social order, needed to the expanded reproduction of capital. The British state, in the condition of the major advocate of the economic development, sought to regulate the behaviors, mainly of those people closest to the base of the social pyramid. In this sense, much more than a protection policy, the Poor's Law imposed rules of conduct that penalized those who disobeyed them, with the larger goal of guaranteeing the consolidation of a labor market that would ensure an adequate supply of workers for factories and the growing enterprises. The consequences of the First and Second World War and the crisis of 1929 caused a social boiling of unprecedented magnitude, which forced the abandonment of the economic and political liberalism. The metamorphosis of the British State has brought a significant improvement of social policies, making them more comprehensive, and especially with a character different from that observed in the Poor's Law. While the first generation of social policies look for isolating the "bums" and discipline the behavior of workers, the model that was consolidated after World War II seeks the construction of citizenship starting from the protection of labor. The Beveridge Plan established the basic policies of social security in England, seeking to prevent that the mass unemployment and social privation could be repeated. But the building of a new social order would not occur spontaneously. Indeed, the electoral success sometimes of the labors, sometimes of the conservatives, also determined the intensity and pace of the implementation of a new generation of social policies / Mestrado / Economia Social e do Trabalho / Mestre em Desenvolvimento Econômico