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Plantas medicinais na caatinga: extrativismo, resiliência e redundância utilitáriaSoares Ferreira Junior, Washington 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente pesquisa buscou explorar os aspectos relacionados com a preferência de plantas
nativas no uso antiinflamatório em uma comunidade rural em ambiente de Caatinga, no
agreste pernambucano, utilizando o modelo de redundância utilitária para investigar a pressão
de uso em plantas preferidas e a resiliência do sistema médico local no tratamento de
inflamações. Para isso, foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas com 49 moradores
locais para obter informações sobre os tipos de inflamação reconhecidos, as plantas nativas
preferidas e os critérios utilizados pelos moradores para a seleção dessas plantas. O presente
estudo também avaliou a extração de cascas de espécies preferidas e pouco preferidas na
vegetação local, e buscou explicar a preferência por meio do teor de taninos presente nas
cascas dessas espécies. Os informantes identificaram 37 tipos de inflamação, sendo alguns
tipos redundantes, ou seja, com um grande número de espécies, enquanto outros não
apresentaram redundância. O critério mais importante indicado pelos informantes para
selecionar plantas preferidas foi a eficiência dessas plantas no tratamento de diversas
inflamações, o que mostra que compostos bioativos podem estar relacionados com as
preferências locais, embora esta pesquisa não tenha observado diferenças no teor de taninos
de cascas entre espécies preferidas e pouco preferidas. Ao avaliar a extração de cascas na
vegetação local, as espécies preferidas apresentaram uma maior área de casca extraída que
plantas pouco preferidas, o que corrobora com uma das predições do modelo de redundância
utilitária. Das plantas nativas disponíveis, poucas foram consideradas como preferidas e,
considerando que estas são as mais utilizadas, pode-se dizer que a resiliência do sistema local
no tratamento de inflamações pode estar ligada ao uso destas poucas espécies. Com estes
resultados, a presente pesquisa gera importantes contribuições 1) para a conservação de
espécies úteis como medicinas por populações locais da Caatinga; 2) na busca de plantas
potenciais para futuros estudos farmacológicos, na descoberta de novas drogas
antiinflamatórias e 3) no entendimento de aspectos relacionados com a resiliência de sistemas
médicos ligado ao uso de plantas por populações locais
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