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A face pobre da AIDS / Poor face of AIDSFRANCO, Roberto Kennedy Gomes January 2010 (has links)
FRANCO, Roberto Kennedy Gomes. A face pobre da AIDS. 2010. 131f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-13T14:51:55Z
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Previous issue date: 2010 / In our research, we analyzed the proliferation of human immunodeficiency virus - HIV from the perspective of historical and dialectical materialism. The centrality of the text is an engaging way to expose the contradictions of contemporary capitalism through the poor face of AIDS. The common thread of analysis proceeds methodically through the articulation of different sources (oral and written). Historically, the onset of AIDS in Brazil occurred during the 1980s, initially affecting the social classes in higher education. Today, in the third decade of the pandemic, the research data clearly denounce the virus spreads so increasing social class with lower education, or AIDS specifically affects the poor. In the context of commercialization of health, estimates indicate that hegemonic, over 90% of cases of the AIDS pandemic is concentrated in certain countries of peripheral economies in Africa and Latin America. In fact, Brazilian educational history, the data show that about 50% of the serologically positive for HIV are poor and with very low educational level. The disease in this way reproduces the class contradictions of the sociability of the Capital. Coupled to this process, we analyze also the advent of political engagement characterized as activism to combat AIDS, particularly the Social Movement called the National Network of People Living with HIV / AIDS (RNP + Brazil). Organized in the 1990s, the associations triggered by this new social movement concerns the historical process of political awareness and mobilization for better health conditions for lives in bodily experiences of illness. It should be noted, however, the limit of political action reformist struggle for civil and human rights and not to break with the anti-capitalist democratic state Bourgeois. / Em nossa investigação, analisamos a proliferação do vírus da imunodeficiência humana – VIH sob a perspectiva do materialismo histórico-dialético. A centralidade do texto é denunciar de forma engajada as contradições do capitalismo contemporâneo por intermédio da face pobre da AIDS/SIDA. O fio condutor de análise se processa metodologicamente pela articulação de fontes diversas (orais e escritas). Historicamente, o inicio da epidemia de AIDS no Brasil ocorreu ao longo da década de 1980, afetando inicialmente as classes sociais de maior escolaridade. Hoje, na terceira década de pandemia, os dados pesquisados claramente denunciam que o vírus dissemina-se de maneira crescente nas classes sociais de menor escolaridade, ou seja, a AIDS afeta especificamente a classe pobre. No contexto de mercantilização da saúde, as estimativas indicam que, hegemonicamente, mais de 90% dos casos da pandemia de AIDS se concentram em alguns países de economias periféricas da África e América Latina. Na realidade histórico-educativa brasileira, os dados apontam que cerca de 50% da população sorologicamente positiva para o HIV é pobre e com baixíssimo nível de escolaridade. O adoecimento, nesse sentido, reproduz as contradições de classe da sociabilidade do Capital. Atrelado a este processo, analisa-se também o advento de um engajamento político caracterizado como ativismo de luta contra a AIDS, particularmente, o Movimento Social denominado de Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (RNP+Brasil). Organizado na década de 1990, o associativismo deflagrado por este novo movimento social diz respeito ao processo histórico de tomada de consciência política e de mobilização por melhores condições de saúde para vidas em experiências corporais de adoecimento. É preciso salientar, entretanto, o limite dessa ação política reformista de luta por cidadania e direitos humanos e não de ruptura anticapitalista com o Estado Democrático de Direito Burguês.
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