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Percepção e diagnóstico da Leishmaniose visceral canina em áreas ribeirinhas na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte / Perception and diagnosis for canine visceral leishmaniasis in riverside areas in the city of Mossoró, Rio Grande do Norte

Costa, Kalídia Felipe de Lima 21 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-11T14:41:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 KalidiaFLC_DISSERT.pdf: 856483 bytes, checksum: e43d2e204d51ed594479cbaaac37b82f (MD5) Previous issue date: 2014-03-21 / Visceral Leishmaniasis (VL) is a zoonosis in which dogs are reservoir in the urban environment and its diagnosis consists in one of the main strategies to control the disease in Brazil. Nevertheless, another important approach for the control and prevention of VL is through the awareness of the population about the disease, which could be promoted with health education practices by health professionals like Agentes Comunitários de Saúde (ACS) (Health Agents for the Community). Thus, the research study aim is to evaluate the population in the riverside areas that are susceptible to VL, likewise the residents that own dogs in their homes and the ACS that work in these areas. The study also aims to evaluate if the Agents includes measures to prevent the disease in their work duty and if the administration of the city of Mossoró, Rio Grande do Norte enables them with vocational training activities and if they facilitate these professionals with good work condition. For that, a research study was made with 79 riverside residents and 42 ACS. For both riverside residents and ACS, a semi-structured interview about the disease and prevention of VL were performed, the ACS were also questioned about surveillance and control activities developed and about professional training. Additionally, 88 dogs residing in households were included in the survey and were tested for canine VL (CVL) by Polymerase Chain Reaction. The data was analyzed by Qui-quadrado e Exato de Fisher tests (p <0.05). 59% of the riverine population which were interviewed knew how the disease was transmitted, but were unaware that sand-fly was a vector of VL and 58% were unaware of the preventive measures of VL. Regarding human VL, was concluded that they were unaware about the symptoms and treatment; and, there were doubts about whether a vaccine and a cure for the disease existed. About the canine VL was noticed a greater knowledge about the symptoms, cure and euthanasia, but they were unaware about whether a vaccine existed or not. From among the dogs, 32% were positive for Leishmania. When the canine diagnostic test was correlated with the answers of the local population, there was an association with the educational level of the population and the awareness of VL (p<0,05). Regarding the ACS, most of them knew some kind of symptoms of the disease, the cure, and the type of diagnosis, but they were unaware about the treatment and whether a vaccine for VL existed; they also received training about the matter. There was an association of the ACS profile and their participation in vocational training activities, with their knowledge about epidemiological surveillance and the implementation of prevention activities (p <0.05). We have come to the conclusion that both the local population interviewed, as well as the ACS have insufficient knowledge about the VL, constituting in a reflection of the lack of investment in vocational training activities, by the government, undermining the development of health education activities. Furthermore, with the identification of reagents dogs for VL in riverside areas we confirmed the existence of the disease cycle in these areas, leaving both the human population as well as the canine susceptible to the VL / A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose que tem o cão como reservatório no ambiente urbano e cujo diagnóstico constitui uma das principais estratégias de controle da doença no Brasil. Contudo, outra medida importante para o controle e prevenção da LV diz respeito ao conhecimento da população sobre a doença, que pode ser estimulado a partir de práticas de educação em saúde de profissionais como os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Assim, o presente estudo buscou avaliar o conhecimento das populações ribeirinhas que residem em áreas favoráveis a LV e que possuem cães no domicílio e dos ACS que trabalham nessas áreas, o trabalho se propõe também avaliar se os agentes incluem medidas de prevenção da doença em seu trabalho e se a gestão do Município de Mossoró, Rio Grande do Norte capacita e fornece condições de trabalho para esses profissionais. Para isso, foi realizado um estudo com 79 ribeirinhos e 42 ACS. Tanto para os ribeirinhos quanto para os ACS foram realizadas entrevistas semiestruturadas sobre a doença e a prevenção da LV, sendo que os ACS também foram questionados sobre as atividades de vigilância e controle desenvolvidas e a participação em atividades de capacitação profissional. Adicionalmente, 88 cães domiciliados nas residências incluídas na pesquisa foram testados para LV canina (LVC) por Polimerase Chain Reaction. Os dados foram analisados pelos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher (p<0,05). Da população ribeirinha entrevistada 59% conheciam a forma de transmissão da doença, mas não souberam identificar o flebotomíneo como vetor da LV e 58% desconheciam as medidas preventivas da LV. Sobre a LV humana constatou-se desconhecimento quanto à sintomatologia e ao tratamento; houve dúvida quanto a existência da vacina e a cura para a doença. Sobre a LVC percebeu-se maior conhecimento sobre os sintomas, cura e a eutanásia, mas houve desconhecimento sobre a existência ou não de vacina. Dos cães, 32% foram reagentes para Leishmania. Quando correlacionou-se o teste de diagnóstico canino com as respostas da população ribeirinha, houve associação com a escolaridade da população e conhecimento sobre a LV (p<0,05). Sobre os ACS, a maioria conhece algum sintoma da doença, a cura, o tipo de diagnóstico, mas desconhece o tratamento e a existência vacinas e receberam capacitação sobre o tema. Houve associação do perfil dos ACS com sua participação em atividades de capacitação profissional, com seu conhecimento sobre a vigilância epidemiológica e realização de atividades de prevenção (p<0,05). Conclui-se que tanto a população ribeirinha entrevistada quanto os ACS apresentam conhecimento insuficiente sobre a LV, constituindo um reflexo da carência de investimento em atividades de capacitação profissional, por parte do poder público, comprometendo o desenvolvimento de atividades de educação em saúde. Além disso, com a identificação de cães reagentes para LV nas áreas ribeirinhas reforçamos a existência do ciclo da doença nessas áreas, deixando tanto a população humana quanto a canina suscetível à LV

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