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As Recordações de Itália (1852-1853), de A. P. Lopes de Mendonça: uma obra política: edição e estudo crítico / Recordações de Itália (1852-1853), de A.P.Lopes de Mendonça - a political work: editing and critical studyJulianna de Souza Cardoso Bonfim 16 April 2013 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / António Pedro Lopes de Mendonça, escritor romântico de postura liberal radical, que fez da literatura seu meio de subsistência, produziu uma escrita que flertou com muitos gêneros, da crônica-folhetim ao romance porém sempre permeada pelo viés político. Defendeu o Romantismo como um movimento extraliterário que ajudou a impulsionar transformações cruciais na sociedade portuguesa e, filiado à política jacobina, foi um dos precursores dos ideais socialistas em Portugal. Fez oposição à Regeneração, por entender que os esforços deste governo eram insuficientes às necessidades do país, e soube reconhecer, posteriormente, as mudanças promovidas por ele, defendendo os regeneradores em comparação com os absolutistas. Foi considerado ultrarromântico por muitos autores, o que consideramos uma classificação reducionista, por não ter em conta um aspecto fulcral da obra deste autor: o objetivo de formar leitores críticos, o compromisso civilizacional, de conscientizar e de ser combativo às injustiças de sua época. Usou a ironia a seu favor, como uma arma de pensamento, para acomodar, nas entrelinhas de seus romances, suas críticas à sociedade que se apresentava. Tendo percorrido uma Itália ainda não unificada, na viagem que inspirou as Recordações de Itália, pôde perceber como a falta de unidade dos grupos revolucionários em torno de um mesmo ideal era empecilho à unificação daquele país e convocou, por meio de seu jornal Eco dos Operários, as classes menos favorecidas à busca por justiça social, dando espaço a textos dos próprios trabalhadores e incutindo neles a importância da soma de forças por uma causa única. Morreu como louco, certamente não por não aceitar e por não se adequar às hipocrisias e injustiças que lhe eram impostas por aquela sociedade / António Pedro Lopes de Mendonça, a romantic writer with a liberal radical political position, who made his living out of literature, has left a written legacy which has flirted with many genres, from chronic to serial novels yet always permeated by a political bias. He has defended the extra-literary Romanticism as a movement that helped propel crucial changes in Portuguese society, affiliated to the Jacobin politics, and he was a precursor of socialist ideals in Portugal. He has made opposition to regeneration, understanding that the efforts of this government were inadequate to the needs of the country; but could recognize later changes promoted by him, advocating in favor of the regenerators when compared to the absolutists. He was considered ultra romantic by many authors, which we consider a reductionist classification, because it does not consider a essential aspect of the works of this author: the goal of forming critical readers, the civilizational commitment, educating and opposing the injustices of his time. Mendonça used irony in his favor, as a thinking strategy, to accommodate the lines of his novels, his criticism of the society he lived in. Having traveled throughout Italy while it was not yet unified, the trip that inspired Recordações de Itália. He could then see how the lack of unity of the revolutionary groups around a common ideal was a force against the unification of the country; and he called, through his newspaper Eco dos Operários, the lower classes to the quest for social justice, giving space to texts of the workers themselves and convincing them of the importance of the union of forces for a major cause. He died being considered crazy, certainly for not accepting and not fitting in the hypocrisies and injustices that were imposed by that society
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As Recordações de Itália (1852-1853), de A. P. Lopes de Mendonça: uma obra política: edição e estudo crítico / Recordações de Itália (1852-1853), de A.P.Lopes de Mendonça - a political work: editing and critical studyJulianna de Souza Cardoso Bonfim 16 April 2013 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / António Pedro Lopes de Mendonça, escritor romântico de postura liberal radical, que fez da literatura seu meio de subsistência, produziu uma escrita que flertou com muitos gêneros, da crônica-folhetim ao romance porém sempre permeada pelo viés político. Defendeu o Romantismo como um movimento extraliterário que ajudou a impulsionar transformações cruciais na sociedade portuguesa e, filiado à política jacobina, foi um dos precursores dos ideais socialistas em Portugal. Fez oposição à Regeneração, por entender que os esforços deste governo eram insuficientes às necessidades do país, e soube reconhecer, posteriormente, as mudanças promovidas por ele, defendendo os regeneradores em comparação com os absolutistas. Foi considerado ultrarromântico por muitos autores, o que consideramos uma classificação reducionista, por não ter em conta um aspecto fulcral da obra deste autor: o objetivo de formar leitores críticos, o compromisso civilizacional, de conscientizar e de ser combativo às injustiças de sua época. Usou a ironia a seu favor, como uma arma de pensamento, para acomodar, nas entrelinhas de seus romances, suas críticas à sociedade que se apresentava. Tendo percorrido uma Itália ainda não unificada, na viagem que inspirou as Recordações de Itália, pôde perceber como a falta de unidade dos grupos revolucionários em torno de um mesmo ideal era empecilho à unificação daquele país e convocou, por meio de seu jornal Eco dos Operários, as classes menos favorecidas à busca por justiça social, dando espaço a textos dos próprios trabalhadores e incutindo neles a importância da soma de forças por uma causa única. Morreu como louco, certamente não por não aceitar e por não se adequar às hipocrisias e injustiças que lhe eram impostas por aquela sociedade / António Pedro Lopes de Mendonça, a romantic writer with a liberal radical political position, who made his living out of literature, has left a written legacy which has flirted with many genres, from chronic to serial novels yet always permeated by a political bias. He has defended the extra-literary Romanticism as a movement that helped propel crucial changes in Portuguese society, affiliated to the Jacobin politics, and he was a precursor of socialist ideals in Portugal. He has made opposition to regeneration, understanding that the efforts of this government were inadequate to the needs of the country; but could recognize later changes promoted by him, advocating in favor of the regenerators when compared to the absolutists. He was considered ultra romantic by many authors, which we consider a reductionist classification, because it does not consider a essential aspect of the works of this author: the goal of forming critical readers, the civilizational commitment, educating and opposing the injustices of his time. Mendonça used irony in his favor, as a thinking strategy, to accommodate the lines of his novels, his criticism of the society he lived in. Having traveled throughout Italy while it was not yet unified, the trip that inspired Recordações de Itália. He could then see how the lack of unity of the revolutionary groups around a common ideal was a force against the unification of the country; and he called, through his newspaper Eco dos Operários, the lower classes to the quest for social justice, giving space to texts of the workers themselves and convincing them of the importance of the union of forces for a major cause. He died being considered crazy, certainly for not accepting and not fitting in the hypocrisies and injustices that were imposed by that society
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