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Sobre a produção vocálica na Síndrome de Down = descrição acústica e inferências articulatórias / On the vocalic production in Down syndrome : acoustic description and articulatory inferencesOliveira, Marian, 1970- 12 June 2011 (has links)
Orientador: Wilmar da Rocha D'Angelis / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-19T13:41:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Nesta tese, apresenta-se um estudo fonético acústico das vogais orais, produzidas por pessoas com síndrome de Down, naturais de Vitória da Conquista - BA. Na pesquisa, conduzida com base nos pressupostos teóricos da teoria de produção da fala ou Teoria Fonte-Filtro, de Fant (1960), foi analisado um corpus de dados de fala de 08 sujeitos daquela localidade, sendo que 04 deles, 02 homens e 02 mulheres são pessoas com síndrome de Down e os outros 04, 02 homens e 02 mulheres, sem síndrome. Os dados, resultantes da leitura e/ou nomeação de 174 sintagmas nominais e/ou figuras projetadas em slides foram transcritos foneticamente. Posteriormente, foram codificadas 3.960 vogais das quais seriam extraídos, em script via Praat, os três primeiros formantes que totalizaram 11.880 dados, que foram submetidos a testes estatísticos. A análise partiu da hipótese de que as dificuldades de fala apresentadas por pessoas com síndrome de Down (SD) são ocasionadas pela hipotonia da musculatura orofacial e pela macroglossia ou cavidade oral pequena e que tais modificações no trato vocal desses sujeitos interferem no sinal acústico quando da produção dos sons vocálicos orais. Na análise que fizemos, utilizamos alguns parâmetros estatísticos que nos auxiliaram a discutir com maior precisão os resultados que obtivemos e também garantiram maior robustez aos dados, testes como Desvio Padrão (DP) que mede o quanto os valores de um conjunto de dados estão dispersos em relação à média, ao passo que a análise do Coeficiente de Variação CV nos permite verificar se as particularidades articulatórias dos sujeitos com Down acarreta maior ou menor variabilidade de produção das vogais orais se comparada com as dos sujeitos sem Down. Nossa hipótese é que a hipotonia acarreta menor controle articulatório o que traz como conseqüência maior variação na realização das vogais. Além desses, foi utilizado também o teste estatístico de comparação de médias usado foi o teste não paramétrico Kruskal-Wallis (ou teste H, com post-test Dunn), através do qual avaliamos se as médias das freqüências formânticas das vogais eram significativamente diferentes nos diversos tipos silábicos pretônicos, tônico e postônicos, bem como avaliamos se as freqüências médias obtidas para as vogais produzidas por sujeito com Down nos diversos tipos silábicos eram significativamente diferentes daquelas produzidas por sujeito sem Down. Todos os testes estatísticos usados na pesquisa foram executados por meio do programa BioEst, 5.0. Os resultados nos permitem confirmar a hipótese geral dessa tese de que as alterações do trato vocal dos sujeitos com SD acarretariam em alteração da qualidade das vogais produzidas por esses sujeitos. Pela análise, percebemos como constante a ausência de relação entre padrão formântico e grau de tonicidade silábica encontrada para todas as vogais produzidas pelos indivíduos com a síndrome, isto é, aparentemente, os sujeitos com Down não distinguem a vogal pela sua tonicidade / Abstract: This thesis presents an acoustic-phonetic study of the oral vowels produced by people with Down syndrome, natives of Vitoria of Conquista (Bahia, BR). The survey, based on theoretical assumptions of the Source-Filter theory of speech production theory (Fant, 1960), was produced by making use of a corpus of speech data of 8 individuals from that locality, 4 of them with Down Syndrome (2 male and 2 female) and 4 without the syndrome (2 male and 2 female). The data resulting from the reading and/or enunciation of 174 noun phrases and/or figures projected on slides were transcribed phonetically. After that, 3960 vowels were identified, from these ones, the first three formants were extracted (in script via Praat) totaling 11.880 data, which were submitted to statistical analysis. The analysis was considered from the hypothesis that the speech difficulties of the people with Down syndrome (DS) are originated by the orofacial muscle hypotonia and macroglossia (small oral cavity); such modifications on the oral tract of these people interfere in the acoustic signal when oral vocalic sounds are produced. In the analysis we did, we used some statistical parameters which helped us to discuss more precisely the results obtained by us and guaranteed more robust data. Some statistical parameters used on the analysis were the Standard Deviation (SD), which measures how much the values of a set of data are disperse in relation to the average, and Coefficient of Variation (CV), which allow us to verify if the articulatory particularities of the people with Down syndrome result in higher or lower variability of production of the oral vowels in comparison to the people without Down syndrome. Our hypothesis is that hypotonia causes a minor articulatory control, which brings as a result greater variation in the realization of the vowels. We also made use of the statistical test of comparison of means; the method adopted was the nonparametric Kruskal-Wallis test (or H-test, with Dunn post-test), through which we assessed whether the averages of the frequencies of the vocalic formants were significantly different in the distinct positions in the syllables with respect to stress (pretonic, tonic, and postonic position); in the same way we assessed whether the averages of the frequencies obtained for the vowels (in the distinct positions of stress) produced by people with DS were considerably different from those ones produced by people without DS. All the statistical tests used in this survey were run through the program BioEst, 5.0. The results allow us to confirm the general hypothesis of this thesis that changes in the vocal tract of individuals with Down syndrome would cause changes in the quality of vowels produced by these people. For the analysis, we see the constant relationship between formant pattern and degree of stress found for all syllabic vowels produced by individuals with the syndrome, that is, apparently, the subjects with Down syndrome do not distinguish the vowel by its tone / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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