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Dança: campo móvel para pensar alteridadeCarvalho, Daiana January 2016 (has links)
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Dissertação Daiana Miranda.pdf: 3122041 bytes, checksum: 8739d75c42c5bdfd7dc9dda89bb8d7a0 (MD5) / A presente pesquisa tem como campo de investigação a “alteridade” em processos colaborativos artísticos que utilizam a improvisação como ação criadora. Debruça-se sobre as experiências e práticas compositivas realizadas junto ao Grupo X de Improvisação em Dança, que há dezessete anos desenvolve pesquisa continuada em processos colaborativos, e sobre as minhas próprias experiências em formação em dança que transitam nesse campo de atuação. O estudo sugere que a alteridade, sob a perspectiva da interação corpo / ambiente potencializa a capacidade de conhecer e dialogar com as diferenças. Considera-se que o estar atento e perceptivo ao outro no ambiente circundante põe em jogo vários mecanismos atentivos do corpo, e que a alteridade também sofre interferências desses ajustes melhorando o fator comunicação entre os participantes. Em processos não hierarquizantes de organização cênica, a alteridade se evidencia, disponibilizando um modo de ser de corpo e intenção que se retroalimentam, e favorece a construção de um campo permeável ás trocas. Adotamos a compreensão do corpo como mídia de si mesmo, proposto pela Teoria do Corpomídia de Christine Greiner e Helena Katz (2005), juntamente com os estudos sobre alteridade de Bondía e Ronik, bem como o entendimento de processos colaborativos sob a perspectiva de Richard Sennett. Esses autores em conjunto sustentam as argumentações acerca de procedimentos compositivos que utilizam a colaboração em dança. A partir da prática e das questões geradas na ação, o fazer dos dançarinos e as obras As estrelas não vão ao chão, Superfícies de improvisação, Mais ou menos depois do meio – ocupe o 401, e Saída de emergência, foram contundentes para a compreensão de que a habilidade artística pode ser mediada pela alteridade, o que exige o reconhecimento das diferenças e das singularidades dos envolvidos, sobretudo, compreender que os acordos poéticos elaborados são desafios em continuidades e aperfeiçoamentos para ambos os lados.
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