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A prática de perguntar com partículas negativas

Egewarth, Caroline Inês 21 March 2016 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-05-11T15:16:49Z No. of bitstreams: 1 Caroline Inês Egewarth_.pdf: 1550541 bytes, checksum: ba614daa815c2ccac84b739acc533bd1 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-11T15:16:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Caroline Inês Egewarth_.pdf: 1550541 bytes, checksum: ba614daa815c2ccac84b739acc533bd1 (MD5) Previous issue date: 2016-03-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Diese Masterarbeit handelt von einer Analyse der Übung des Fragens mit negativen Partikeln. Wir verstehen die Übung des Fragens als ein Fragenformat, mit dem verschiedene soziale Handlungen durchgeführt werden können (um etwas bitten, einladen, bieten etc.). Die Studie von Heritage (2002) über die Übung des Fragens mit negativen Partikeln bei der Handlung um Information zu bitten ergab, dass diese Übung des Fragens als mehr durchsetzend von den Sprechern angenommen wird, und Zustimmung oder Ablehnung sucht, nicht die Antworten "Ja" oder "Nein" . Informationsanfragen wurden auch von Park (2008) beschrieben und sie zeigte, dass das Wissen des Sprechers, der die Handlung erzeugt, ist fast auf einem gleichen Niveau als das Wissen des anderen Sprechers. Da diese Studien mit der englischen und koreanischen Sprache gemacht wurden, fragen wir: Welchen Sinn geben die Sprechern der Übung des Fragens mit negativen Partikeln in brasilianischem Portugiesisch? Diese Forschung wird auf diese Lücke basiert. Unser Ziel ist zu beschreiben, welche Handlungen durch die Übung des Fragens mit negativen Partikeln durchgeführt werden, auβerdem werden Präferenzorganisation (POMERANTZ, 1984; POMERANTZ; HERITAGE, 2013) und cross-cutting preference (SCHEGLOFF, 2007) beschrieben. Die theoretische und methodische Grundlage dieser Arbeit ist die ethnomethodologische Gesprächsanalyse (Sacks; Schegloff; Jefferson, 1974). Wir analysierten 20 Übungen des Fragens bei Gespräche, die mit Ton und Video aufgenommen wurden, während geburtshilflichen und morphologischen Ultraschalluntersuchungen, Echokardiographien und genetische Beratungen. Die Untersuchungen und Beratungen finden in einem Sektor statt, in dem Frauen in der Schwangerschaft mittleren oder hohen Risiko eines Mutterschafts betreut werden, durch Sistema Único de Saúde (SUS) in Südbrasilien. Die Forschungsergebnisse weisen auf zwei verschiedenen Ebenen, für die die negativen Partikeln relevant sind: die Ebene des Satzes und die Ebene der Handlung. Wenn es um die Ebene des Satzes geht, bestreitet die negative Patikel der runde Satz, das heißt, alle Tatsachen oder Situationen werden verweigert. In diesen Fällen, zeigt der Sprecher einen höheren epistemischen Grad. Die Ebene der Handlung, andererseits, verneint keine Situation, sondern spielt eine Rolle bei der produzierten Handlung und bei der Sequenzialität des Gesprächs. Es ist nicht die Negation vom Satz. In diesen Exzerpten wurde weniger Kenntnisse des Fragenden beobachtet. Wir analysieren auch die Übung des Fragens mit dem Ausdruck „Eu não vou“ („Ich werde nicht“), in dem eine negative Antwort die Präferenz bekommt und der eine Beziehung zu zukünftigen Situationen der Schwangere hat. In den Übungen des Fragens, welche Handlung um etwas zu bitten ist, sind Legitimation und Kontingenz wichtig bei der Ausübung der Handlung. Wir schließen beim Fazit, die Negation kann bei der Übung des Fragens eine wichtige Interaktionsstrategie sein. Deshalb, ist es wichtig diese Strategien zu kennen, um Verständigung zu erreichen, nicht nur zwischen Patienten und Ärzten. / Esta dissertação de mestrado analisa a prática de perguntar com partículas negativas. Entendemos a prática de perguntar como um formato de pergunta com o qual se pode desempenhar diversas ações (pedir, convidar, oferecer etc.). O estudo realizado por Heritage (2002) sobre a prática de perguntar com partículas negativas na ação de solicitar informação revelou que essa prática é tratada pelos interagentes como mais assertiva, além de buscar concordância ou discordância, não as respostas ‘sim’ ou ‘não’. Descrevendo solicitações de informação também, Park (2008) evidenciou que o conhecimento de quem produz a ação está quase no mesmo patamar que o conhecimento demonstrado pelo interagente para quem se solicita a informação. Tendo em vista que esses estudos foram produzidos com o olhar para a língua inglesa e coreana, questionamos: qual sentido os interagentes atribuem para a prática de perguntar com partículas negativas no português brasileiro? É com base nessa lacuna que esta pesquisa é desenvolvida. Objetivamos descrever quais ações são desempenhadas através da prática de perguntar com partículas negativas, além de investigar a organização de preferência (POMERANTZ, 1984; POMERANTZ; HERITAGE, 2013) e cross-cutting preference (SCHEGLOFF, 2007) nas ações descritas. O aparato teórico-metodológico utilizado nesta dissertação é a Análise da Conversa de base etnometodológica (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). Analisamos 20 práticas de perguntar de interações gravadas em áudio e vídeo durante exames de ecografia obstétrica e morfológica, ecocardiografia e consultas de aconselhamento genético. Os exames e consultas ocorrem em um setor que atende mulheres em gestação de médio ou alto risco de um hospital materno infantil do Sistema Único de Saúde (SUS), localizado no sul do Brasil. Os resultados da investigação apontam para dois níveis distintos em que a partícula negativa é relevante: o nível da proposição do turno de fala e o nível da ação da pergunta. Quando se trata do nível da proposição, a partícula negativa nega a proposição do turno, ou seja, nega algum fato ou situação. Nessas ocorrências, o interagente que produz a pergunta demonstra alto grau epistêmico. O nível de ação, por outro lado, está envolvido com a relevância da partícula negativa no curso da ação realizada e com a sequencialidade da interação, não é a negação de alguma proposição. Nesses excertos foi observado um conhecimento menor por parte de quem faz a pergunta. Também analisamos a prática de perguntar com a expressão “eu não vou”, em que se observou a preferência por uma segunda parte do par em formato negativo e a relação com alguma situação do futuro de quem produz o turno. Nas práticas de perguntar cuja ação é produzir um pedido, tornam-se relevantes a legitimidade em realizar o pedido e as contingências envolvidas em sua execução. Concluímos que a negação na prática de perguntar pode ser uma estratégia interacional importante, portanto ter conhecimento sobre essa estratégia pode servir para alcançar entendimento nas interações, não somente entre pacientes e médicos.

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