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Prevalência da exposição ocupacional ao benzeno e mortalidade por Leucemia entre os expostos: estimativas para o Brasil.

Corrêa, Maria Juliana 15 April 2014 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-07-20T13:51:47Z No. of bitstreams: 1 Tese de Doutorado- MARIA JULIANA MOURA CORRÊA. 2014..pdf: 1812078 bytes, checksum: eafddeddc41c1f03bad76af106a9bacc (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-07-26T13:29:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese de Doutorado- MARIA JULIANA MOURA CORRÊA. 2014..pdf: 1812078 bytes, checksum: eafddeddc41c1f03bad76af106a9bacc (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-26T13:29:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese de Doutorado- MARIA JULIANA MOURA CORRÊA. 2014..pdf: 1812078 bytes, checksum: eafddeddc41c1f03bad76af106a9bacc (MD5) / Introdução. A exposição ocupacional ao benzeno é um problema de saúde pública em todo o mundo. É reconhecido como uma exposição ocupacional carcinogênica pela International Agency for Research on Cancer (IARC), causando especialmente leucemias. Esta substância é alvo de normas para o controle e registro de dados para o monitoramento. Em todo o mundo dados de exposição são poucos e esparsos, de difícil acesso, levando ao uso de matrizes de exposições ocupacionais, MEO. Esses instrumentos permitem a projeção de prevalência e de número de expostos a partir de dados parciais. No Brasil foi celebrado o Acordo Nacional do Benzeno e criada a Comissão Nacional do Benzeno há mais de uma década, mas inexistem estimativas epidemiológicas sobre a extensão do problema, como o número e prevalência de expostos ou cânceres associados, a exemplo das leucemias. Essas informações são fundamentais para a vigilância do benzeno e de seus efeitos sobre a saúde. Objetivo Geral. Pretende-se contribuir para a consolidação e aprimoramento da vigilância do benzeno e da leucemia relacionada a essa exposição no Brasil, empregando-se uma matriz de exposição ocupacional desenvolvida na Finlândia, a Finnish Job Exposure Matrix, FINJEM, para estimar a prevalência de expostos ao benzeno nos ambientes de trabalho, sua distribuição por descritores demográficos, a mortalidade por leucemia entre expostos e a fração atribuível à exposição ocupacional ao benzeno. Objetivos específicos. 1) Estudo 1: Revisar e sumarizar conceitos e métodos relacionados ao uso de matrizes de exposições ocupacionais para a pesquisa epidemiológica, especialmente no contexto da vigilância da exposição ocupacional ao benzeno no Brasil; 2) Estudo 2: Estimar o número de trabalhadores expostos ao benzeno e a prevalência anual desta exposição ocupacional no Brasil em 2010; 3) Estudo 3: Estimar o coeficiente médio de mortalidade anual por leucemia, o número e fração dos óbitos atribuíveis à exposição ocupacional ao benzeno no Brasil entre 2006 e 2011. Métodos Estudo 1. Este é um estudo de revisão da literatura sobre matrizes de exposição ocupacionais, entre 1980 e 2012, utilizadas para o benzeno. Empregou-se a busca por palavras chaves – matrizes de exposição ocupacional e exposição ocupacional ao benzeno, no PubMed, Scielo e Lilacs. Identificaram-se os conceitos e características subjacentes à estrutura, tipo de medidas de exposição e suas vantagens e limitações. Estudo 2. A população de referência é a econômicamente ativa e ocupada do Brasil. Para estimativa de prevalência empregou-se a FINJEM, na qual estimativas de prevalência de expostos ao benzeno são calculadas com base em mensurações no ar de ambientes de trabalho provavelmente expostos. Consideram-se expostos ao benzeno, trabalhadores que atuam em locais com pelo menos 0,1 ppm de média anual. Grupamentos ocupacionais provavelmente expostos (sim/não) são aqueles nos quais pelo menos 5% dos trabalhadores são expostos ao benzeno. A estimativa do número de trabalhadores expostos ao benzeno se baseou na Finnish Job Exposure Matrix, FINJEM, empregando-se o método direto. Nesta matriz, trabalhadores potencialmente expostos ao benzeno são os de grupos ocupacionais identificados com pelo menos 5% de trabalhadores expostos a uma média de 0.1 ppm/ano com base em mensurações em ambientes de trabalho. Os códigos ocupacionais da classificação empregada no Brasil foram agrupados de modo correspondente aos da FINJEM. O grau de aceitação da correspondência entre esses dois grupamentos ocupacionais foi avaliado por cinco especialistas em segurança e saúde do trabalho que tinham experiência com a exposição ao benzeno no Brasil. Estudo 3. Este é um estudo de mortalidade conduzido com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Leucemia foi definida pelos códigos da Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão, C90.1 a C95.0. As ocupações registradas no SIM seguem a Classificação Brasileira de Ocupações, CBO, 2.0. Dados da população do estudo correspondem a projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a partir do Censo 2010. Resultados Estudo 1. A mais empregada matriz de exposição ocupacional para cancerígenos químicos é a CAREX desenvolvida pelo Finnish Occupational Health Institute, FIOH, mas a Finnish Job Exposure Matrix, FINJEM vem sendo empregada por se basear em dados mais recentes. A maioria dos estudos epidemiológicos que empregou matrizes de exposições ocupacionais foi estrangeira. Apenas dois estudos realizados no Brasil foram encontrados, um sobre névoas ácidas em uma metalúrgica e outro, de abrangência nacional, para a sílica. Não foram encontrados estudos com estimativas de prevalência ou número de expostos ao benzeno no Brasil. Estudo 2. Em 2010 havia 86.353.839 trabalhadores ativos no Brasil, dos quais 7.376.761 (8,5%) eram de grupos ocupacionais com exposição potencial ao benzeno. Estimou-se que 770.212 trabalhadores eram provavelmente expostos ao benzeno, o que equivale a prevalência ponderada por grupo ocupacional de 8,9 / 1.000 trabalhadores, maior entre os homens (11,1 / 1.000) do que entre as mulheres (6,0 / 1.000). A maior parte dos provavelmente expostos ao benzeno era do grupo de Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores (62%). Quase todas (97%) as combinações entre grupamentos ocupacionais foram aceitas pelos especialistas. Estudo 3. Foram encontrados 21.049 óbitos por leucemia no período do estudo, que corresponde a um coeficiente médio anual de mortalidade de 2,7 / 100.000 pessoas, no Brasil. Identificaram-se 1.917 (9,1%) óbitos por leucemia em trabalhadores de grupos ocupacionais potencialmente expostos ao benzeno, segundo a FINJEM. Entre esses, o coeficiente de mortalidade variou de 2,8 / 100.000 na indústria da borracha a 6,9/100.000 na impressão gráfica, e foi maior entre os homens em todos os grupos, exceção para os operadores de máquinas em lavanderias e tinturarias. A fração de óbitos por leucemia atribuível ao benzeno foi 6,2% (118 óbitos) em geral, 5,6% (108) para os homens e 0,5% (10) para as mulheres. Conclusão. Estudo 1. Estimativas de prevalências sobre exposição ocupacional ao benzeno, com dados primários, são raras. O uso de matrizes de exposições ocupacionais tem demonstrado ser instrumento viável para o monitoramento de exposições ao permitir estimar o número de expostos, a partir de dados parciais ou presumidos. Estudo 2. O número e prevalência da exposição ocupacional ao benzeno no Brazil são elevados mesmo ao se considerar os parâmetros da Finlândia, presumivelmente melhores quanto a efetivação das normas de controle de riscos químicos. Dados nacionais são necessários para a elaboração de matrizes úteis para o monitoramento e avaliação do impacto do Acordo Nacional Benzeno, implementado desde 2002. Estudo 3. A mortalidade por leucemia na população adulta, no Brasil, foi menor que em países industrializados, mas entre os potencialmente expostos ao benzeno foi quase duas vezes maior que os demais trabalhadores. Isso sinaliza para a pouca efetividade das medidas de controle dessa exposição ocupacional reconhecida como importante cancerígeno, de longo período de latência. O Acordo Nacional do Benzeno precisa estar atento à permanência dessa exposição e efeitos futuros na saúde dos trabalhadores.

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