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Por acaso existem homens professores de Educação Infantil?: um estudo de casos múltiplos em representações sociaisSOUSA, José Edilmar de January 2011 (has links)
SOUSA, José Edilmar de. Por acaso existem homens professores de Educação Infantil?: um estudo de casos múltiplos em representações sociais. 2011. 206f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2011. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-02-18T17:28:58Z
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Previous issue date: 2011 / Esta dissertação resulta de uma pesquisa cujo objetivo foi investigar como se dá o ingresso e a trajetória de homens professores em duas instituições de educação infantil. Com base numa abordagem qualitativa, foram realizados procedimentos de análise documental, observações e entrevistas com diferentes sujeitos com a utilização de instrumentos específicos para a escuta das crianças. O estudo teve como base teórico-metodológica a Teoria das Representações Sociais (TRS) desenvolvida por Serge Moscovici e sistematizada por Denise Jodelet e as Teorias/Estudos de Gênero. Como resultados, foi possível constatar diferenças e semelhanças entre as duas instituições de educação infantil no que se refere ao ingresso e a trajetória dos professores. Entre as semelhanças, foi possível observar que existe uma representação social da educação infantil como uma fase preparatória para outras etapas fazendo com que a aceitação dos professores pela comunidade escolar seja influenciada pela satisfação ou insatisfação com o trabalho do professor. Existe também por um lado, uma representação do trabalho docente na educação infantil como uma profissão feminina partilhada por uma significativa parcela de sujeitos que entendem ser mais adequado que mulheres exerçam a função por terem mais jeito com crianças e os homens são considerados inadequados por causa dos inúmeros casos de pedofilia de que se ouve falar através da mídia. Por outro lado, existe uma representação do trabalho docente como uma profissão que exige formação profissional específica para atuar com crianças, fazendo com o gênero do/da docente tenha menos importância na avaliação sobre homens atuando na docência com crianças pequenas. Em ambas as instituições, os sujeitos consideram importante para aceitar ou não homens como professores, os conhecerem. Numa das instituições, cujo conhecimento a respeito do professor é mais superficial, há uma atitude mais negativa a respeito do professor. Na outra em que há um conhecimento mais amplo sobre o professor e uma decorrente relação mais estreita entre a comunidade e ele, há uma aceitação massiva da vinda do professor para a escola. Conhecer o professor, portanto é o principal critério para sua aceitação, principalmente entre aquelas/as que compreendem o trabalho docente na educação infantil como uma profissão feminina. Entre as crianças, porém, o grande elemento balizador das suas representações sobre homens na educação infantil diz respeito às experiências positiva e/ou negativas com o professor em sala. Assim, se a experiência é considerada positiva aceitam bem o professor ou o contrário quando a experiência é vista como negativa.
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