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O FETICHISMO DA PROLETARIZAÇÃO NA AGRICULTURA: uma análise da produção de soja em Balsas/MA / THE FETISH OF PROLETARIZATION IN AGRICULTURE: an analysis of production of soybeans in Balsas / MABOTELHO, Raimundo Edson Pinto 20 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-20 / CAPES / The sociometabolism of capital has created relations of production in the Maranhão
countryside that has been characterized by the reproduction of models of dependent
development, materialized in the production of agricultural commodities. These
relationships are based on the modernization of agriculture, use of capital and
exploitation of the workforce. These relationships are based on the modernization of
agriculture, use of capital and exploitation of the workforce. At the same time as these
relations of production promote the deterritorialization of peasant agriculture, they
transform part of the peasants into temporary salaried workers . Thus, the objective of
this study is to analyze the fetishism of proletarianization in ag riculture in a context of
deepening of capital in the countryside, on the one hand, with agribusiness policies,
based on the production of agricultural commodities, the prevalence of financial capital
On productive capital and, on the other hand, the workers' struggle in a conjuncture of
the crisis of Marxism, of the institutions of the working class and of social struggles. As
a course, in addition to the references of historical materialism and exploration of
secondary data, visits were made to the soybean production units alongside
representatives of the rural workers' unions of Balsas. Thus, as a conclusion, it was
found that the advance of capital with soybean production was not sufficient to create
a broad process of proletarianization in agriculture along the lines of that existing with
factory workers and the tertiary sector, since the Agricultural activity of soy production
is temporary, and rural workers have failed to conquer labor and social security rights
like those of the core of the proletaria t. In this way, the overvaluation of agribusiness
and rural wage labor, to the detriment of family-based peasant production relations,
has resulted in fetishization of proletarianization in agriculture, since, in addition to
temporary work, low remuneration, overexploitation, slave labor, rural workers have
fragile political organization. This fact, in addition to weakening the struggle, allows the
even more significant advance of commodified agriculture and the retreat of familybased peasant agriculture. / O sociometabolismo do capital tem criado relações de produção no campo maranhense que tem se caracterizado pela reprodução dos modelos de desenvolvimento dependente, materializados na produção de commodities agrícolas. Essas relações se baseiam na modernização da agricultura, uso de capital e
exploração da força de trabalho. Ao mesmo tempo em que essas relações de produção promovem a desterritorialização da agricultura camponesa, transformam parte dos camponeses em trabalhadores assalariados temporários. Assim sendo, o trabalho tem como objetivo analisar o fetichismo da proletarização na agricultura em uma conjuntura de aprofundamento do capital no campo, de um lado, com as políticas
voltadas para o agronegócio, tendo como base a produção de commodities agrícolas, prevalência do capital financeiro sobre o capital produtivo e, de outro, a luta dos trabalhadores em uma conjuntura de crise do marxismo, das instituições da classe trabalhadora e refluxo das lutas sociais. Como percurso, além dos referenciais do materialismo histórico e exploração de dados secundários, realizou-se visitas às
unidades de produção de soja ao lado de representantes dos sindicatos de trabalhadores rurais de Balsas. Assim sendo, à guisa de conclusão verificou-se que o avanço do capital com a produção de soja, não foi suficiente para criar um amplo processo de proletarização na agricultura aos moldes daquele existente com os trabalhadores fabris e do setor terciário, uma vez que a atividade agrícola de produção de soja é temporária e os trabalhadores rurais não chegaram a conquistar direitos trabalhistas e previdenciários como aqueles do núcleo central do proletariado. Desse modo, a sobrevalorização do agronegócio e assalariamento rural, em detrimento das relações de produção camponesa de base familiar, resultou no processo de
fetichização da proletarização na agricultura, pois, além do trabalho temporário, baixa remuneração, superexploração, trabalho escravo, os trabalhadores rurais possuem organização política frágil. Esse fato, além de fragilizar a luta, permite o avanço ainda mais significativo da agricultura mercantilizada e o recuo da agricultura camponesa de base familiar.
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