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Aplicabilidade de uma fração carboxiterminal da proteina HJSP70 para o diagnostico da leishmaniose visceral caninaMaria de Oliveira, Geane January 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001 / As leishmanioses em Pernambuco representam um grave problema de saúde pública, não apenas
pelo aumento do número de casos novos, mas também pela urgência em implementar
mecanismos de controle descentralizados, em resposta às diretrizes do Sistema Único de Saúde
(SUS) e de acordo com as proposições emanadas das Conferências Nacionais de Saúde. O
município de Glória do Goitá, situado na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a 72 Km de
Recife, com uma população de aproximadamente 27.000 habitantes, caracteriza-se como uma
área em expansão para o calazar, atingindo tanto trabalhadores como crianças. Para o diagnóstico
da leishmaniose canina, elemento fundamental para o controle da endemia, o teste sorológico a
ser escolhido para a identificação dos animais sororeagentes deve ser de prática e rápida
execução, além de ter boa especificidade e sensibilidade. Neste sentido a imunofluorescência
(IFI) é a técnica recomendada pelo Ministério da Saúde desde 1978, com boa sensibilidade, mas
baixa especificidade. Neste trabalho foi comparado este método utilizando um ELISA
recombinante e um método de coleta de sangue melhorado para o trabalho no campo na
investigação da leishmaniose canina. Um total de 1151 cães oriundos de 84 localidades daquele
município foram examinados por IFI com amostras em papel de filtro, obtendo-se 92 reagentes,
28 reações inconclusivas e 1031 negativas. Quando da eliminação dos cães cujas amostras foram
reagentes ou inconclusivas (em média 8 meses após a primeira coleta), 72 deles já haviam
morrido e 7 desaparecido, o que representa uma perda de cerca de 65% da amostragem. A
soropositividade encontrada aponta para a elevada endemicidade do calazar nas localidades
estudadas e sugere fortemente que a elevada mortalidade observada entre os cães sororeagentes
se deva de fato ao calazar. Dos 41 cães sobreviventes coletou-se 2 ml de sangue por punção
venosa para a realização da IFI com diluição seriada e 20 μL de sangue por punção auricular,
depositados em microtubo contendo 500 μL de uma solução de imunoadsorção para realização
do ELISA recombinante. Os animais foram submetidos à eutanásia e em seguida necropsiados.
O material colhido foi examinado por ELISA recombinante (empregando um sonicado de
Escherichia coli expressando a fração carboxi-terminal da HSP70 de Leishmania chagasi) e
por IFI com diluição seriada. Houve uma elevada concordância entre os testes, embora, com base
nos resultados da necrópsia, o ELISA S7 tenha sido mais sensível e específico. Em conclusão, o
sistema de coleta por punção auricular e aspiração de gota em micropipeta é efetivo e aplicável
em campo sem problemas e o ELISA recombinante é um teste mais específico e sensível do que
o teste atualmente empregado. A associação destas duas técnicas, de coleta e de diagnóstico,
pode trazer grande avanço no controle do calazar
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