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Evolução clínica e laboratorial de crianças nascidas de mães HIV positivas, com ênfase no uso do protocolo ACTG 076 / Clinical and laboratorial evolution of born children of positive mothers HIV, with emphasis in the use of protocol ACTG 076Silva, Margareth Jamil Maluf e 13 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-13 / Vertical transmission constitutes the main via for children infection by the HIV-1 virus
(Human Immune Deficiency Virus), which is responsible for about 80% to 90% of AIDS
cases (Acquired Immune Deficiency Syndrome) in children from Brazil and worldwide.
Vertical transmission became the main prophylaxis target with the ACTG 076 Protocol
(AIDS Clinical Trial Group), which implicates the use of Zidovudine during the pregnancy,
delivery and newborn. This research aimed at studying the laboratory and clinical evolution of
children born from mothers acknowledged as HIV + infected, at the HIV/AIDS pediatric
Specialized Assistance Service of the Hospital Materno-Infantil da Universidade Federal do
Maranhão, highlighting the report on the use of the ACTG 076 Protocol, from January 1998
to June 2006. Information were obtained from the medical chants, through the protocol form
with data related to the identification, laboratory and clinical evolution of 181 selected
children via the inclusion criterion (born from mothers known to be HIV /AIDS infected that
had their case diagnosis defined during the follow-up until June 30, 2006). In 36.5% of the
mothers the diagnosis was done after delivery, the ACTG 076 Protocol was not used in 54.7%
of the cases during pregnancy or delivery, and 49.2% did not use the protocol during the
newborn period. Vaginal delivery occurred in 40.3% of the mothers and breastfeeding was
practiced by 38.1% of the babies. The use of the full ACTG 076 Protocol (in all of the
prescribed stages) was observed in 15.5%; partial usage of the protocol was conducted just
with the newborns in 5.5%; partial usage just during pregnancy and/or delivery occurred in
1.1%, and the incomplete use was observed in 23.7%; 45% did not use the protocol in any of
the prophylaxis stages. Out of the babies who had AIDS (41.9%), one could observe that
12.1% of the cases were classified in the clinical class A; 13. 7% in the class B and 10% in
the class C, and they evolved with a variety of signs and symptoms, whose the most frequent
were: hepatomegaly, splenomegaly, adenomegaly, neuropsychomotor development delay, and
infection of the upper respiratory tract. The anti-HIV ELISA, the viral load determination, and
the T CD4+ Lymphocytes counting were not routinely performed in many cases, at the first
medical consultation. Infection diagnosis was mainly done by ELISA and, then, by
confirmatory lab tests, without determining the viral load. The lymphocytes counting was
restricted to classify the AIDS cases and to the follow-up treatment. Thus, in our study,
several relevant factors were observed that demonstrate great improvements in the reduction
of HIV vertical transmission, but also advise the importance of the continuous maintenance of
intervening actions, principally with the organizational improvement of the reference services
for clinical attendance and the conduction of laboratory exams. / A transmissão vertical constitui a principal via de infecção infantil pelo vírus HIV-1 (Vírus da
Imunodeficiência Humana) e é responsável por cerca de 80% a 90% dos casos de AIDS
(Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida) em crianças no Brasil e no mundo. A
transmissão vertical tornou-se o principal alvo da profilaxia com o Protocolo ACTG 076
(AIDS Clinical Trial Group), que implica na utilização da Zidovudina durante a gestação,
parto e recém nascido. A presente pesquisa tem como objetivo estudar a evolução clínica e
laboratorial de crianças nascidas de mães HIV Positivas, no Serviço de Assistência
Especializada para HIV/AIDS Pediátrico do Hospital Universitário Materno Infantil - da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), destacando-se o relato de uso do Protocolo
ACTG 076, no período de janeiro de 1998 a junho de 2006. Foram coletadas informações dos
prontuários, através de ficha protocolo com dados relativos à identificação, evolução clinica e
laboratorial de 181 crianças selecionadas pelos critérios de inclusão (filhos de mães
sabidamente HIV /AIDS e que tiveram definição de caso ao longo do seguimento até 30 de
junho de 2006). O diagnóstico materno se deu após o parto em 36,5% dos casos, sendo que
em 54,7% o protocolo ACTG 076 não foi usado na gestação ou no parto e em 49,2% não foi
usado no período neonatal. O parto vaginal ocorreu em 40,3% das mães e o aleitamento
materno foi utilizado em 38,1% das crianças. O uso do Protocolo ACTG 076 de modo
completo (em todas as fases preconizadas) foi observado em 15,5%, modo parcial apenas no
recém nascido em 5,5%, parcial apenas na gestação e/ou parto 1,1% e uso incompleto em
23,7%; 45% não usaram o protocolo em nenhuma das fases de profilaxia. Das crianças que
desenvolveram AIDS (41,9%), observou-se 12,1% de casos classificados na categoria clínica
A, 13, 7% na categoria B e 10% na categoria C e evoluíram com variedades de sinais e
sintomas sendo os mais freqüentes: hepatomegalia, esplenomegalia, adenomegalia, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e infecções de vias aéreas superiores. O ELISA anti-HIV,
a carga viral e a contagem de Linfócitos T CD4+ não foi feito rotineiramente em sua grande
maioria na primeira consulta. O diagnóstico de infecção foi primordialmente feito a partir do
ELISA e de exames confirmatórios, não se contando com a carga viral. A contagem de
linfócitos ficou restrita a classificação do caso de AIDS e seguimento de tratamento. Assim,
na presente pesquisa, observaram-se vários fatores relevantes que demonstram os avanços
obtidos na redução da transmissão vertical pelo HIV, mas alertam também para a importância
da manutenção contínua das ações de intervenção, fundamentalmente com melhoria na
organização dos serviços de referência para atendimento e realização de exames.
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