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A escrita dos estados-limite como um recurso de ampliação da escuta psicanalítica / The writing of borderline states as a resource of enlargement of the psychoanalytic listening

Daló, Luis Henrique de Oliveira 03 August 2012 (has links)
Este trabalho abre um campo de investigação da escrita psicanalítica impulsionada por estados-limite em que situações de bloqueio da escuta psicanalítica são vividas na experiência clínica. A escrita do psicanalista é considerada análoga à formação e à interpretação dos sonhos e, portanto, à sua escuta; essa escrita serve de instrumento de investigação da experiência clínica, na medida em que se enraíza no tempo da experiência no campo transferencial. O estado-limite é definido nesta pesquisa a partir de um deslocamento do conceito de caso-limite: a incidência do traumático e do campo do irrepresentável é pensada para além do funcionamento intrapsíquico do analisando, estendido ao funcionamento intersubjetivo do campo transferencial. A escrita do analista é, então, apresentada como um possível recurso de recuperação do trabalho clínico nessas circunstâncias em que a escuta se perde, paralisada ou esvanecida. O trabalho miúdo do analista em relação à sua prática clínica encontra-se vinculado ao campo teórico psicanalítico, que é então movimentado a partir dos limites clínicos e da possibilidade de pensá-los psicanaliticamente; nessa medida, a escrita pode ser considerada um recurso de ampliação e não apenas de recuperação da escuta psicanalítica. Alguns textos que se originam de situações críticas vividas na clínica ou na cultura constituem parte desta pesquisa. São situações traumáticas de difícil elaboração, que exigem trabalho de ligação psíquica por parte do analista; porém, esse trabalho exigido não encontra condições de se realizar no tempo da experiência limítrofe. Por meio desses escritos, bem como de articulações teóricas que os têm como suporte, é possível reconhecer a escrita psicanalítica como um recurso de abertura de campos inaudíveis no tempo dos estados-limite / This paper opens a research field of psychoanalytic writing driven by states limit situations in which a blocking of psychoanalytic listening is experienced. It considers psychoanalyst´s writing analogous to the formation and interpretation of dreams, so it does to this listening. This writing act becomes a research tool of clinical experience, as it will be taking roots in the experience of the transferencial field. The definition of the borderline state is considered here from a displacement of the concept of borderline case: the incidence of traumatic and of unrepresentable field is thought beyond the analysand\'s intrapsychic functioning, but extended to the functioning of the intersubjective transferencial field. The writing of the analyst is then presented as a possible resource recovery clinical work in such circumstances where the listening is lost, paralyzed or vanished. This intimate work of the analyst in relation to its clinical practice is linked to the field of theoretical psychoanalysis, which is then moved from the clinical limits and the ability to think about them psychoanalytically. In this sense, the writing can be considered a resource of enlargement and not only recovery of psychoanalytic listening. Some texts originating from critical situations experienced in clinical or culture are part of this research. These traumatic events are difficult to be elaborated, requiring the work of binding by the analyst; but this work required dont happens in the moment of borderline experience. Through these writings, as well as theoretical links that it supports, one can recognize the psychoanalytic writing as a resource of opening fields that was inaudible in the borderline states times
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A escrita dos estados-limite como um recurso de ampliação da escuta psicanalítica / The writing of borderline states as a resource of enlargement of the psychoanalytic listening

Luis Henrique de Oliveira Daló 03 August 2012 (has links)
Este trabalho abre um campo de investigação da escrita psicanalítica impulsionada por estados-limite em que situações de bloqueio da escuta psicanalítica são vividas na experiência clínica. A escrita do psicanalista é considerada análoga à formação e à interpretação dos sonhos e, portanto, à sua escuta; essa escrita serve de instrumento de investigação da experiência clínica, na medida em que se enraíza no tempo da experiência no campo transferencial. O estado-limite é definido nesta pesquisa a partir de um deslocamento do conceito de caso-limite: a incidência do traumático e do campo do irrepresentável é pensada para além do funcionamento intrapsíquico do analisando, estendido ao funcionamento intersubjetivo do campo transferencial. A escrita do analista é, então, apresentada como um possível recurso de recuperação do trabalho clínico nessas circunstâncias em que a escuta se perde, paralisada ou esvanecida. O trabalho miúdo do analista em relação à sua prática clínica encontra-se vinculado ao campo teórico psicanalítico, que é então movimentado a partir dos limites clínicos e da possibilidade de pensá-los psicanaliticamente; nessa medida, a escrita pode ser considerada um recurso de ampliação e não apenas de recuperação da escuta psicanalítica. Alguns textos que se originam de situações críticas vividas na clínica ou na cultura constituem parte desta pesquisa. São situações traumáticas de difícil elaboração, que exigem trabalho de ligação psíquica por parte do analista; porém, esse trabalho exigido não encontra condições de se realizar no tempo da experiência limítrofe. Por meio desses escritos, bem como de articulações teóricas que os têm como suporte, é possível reconhecer a escrita psicanalítica como um recurso de abertura de campos inaudíveis no tempo dos estados-limite / This paper opens a research field of psychoanalytic writing driven by states limit situations in which a blocking of psychoanalytic listening is experienced. It considers psychoanalyst´s writing analogous to the formation and interpretation of dreams, so it does to this listening. This writing act becomes a research tool of clinical experience, as it will be taking roots in the experience of the transferencial field. The definition of the borderline state is considered here from a displacement of the concept of borderline case: the incidence of traumatic and of unrepresentable field is thought beyond the analysand\'s intrapsychic functioning, but extended to the functioning of the intersubjective transferencial field. The writing of the analyst is then presented as a possible resource recovery clinical work in such circumstances where the listening is lost, paralyzed or vanished. This intimate work of the analyst in relation to its clinical practice is linked to the field of theoretical psychoanalysis, which is then moved from the clinical limits and the ability to think about them psychoanalytically. In this sense, the writing can be considered a resource of enlargement and not only recovery of psychoanalytic listening. Some texts originating from critical situations experienced in clinical or culture are part of this research. These traumatic events are difficult to be elaborated, requiring the work of binding by the analyst; but this work required dont happens in the moment of borderline experience. Through these writings, as well as theoretical links that it supports, one can recognize the psychoanalytic writing as a resource of opening fields that was inaudible in the borderline states times

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