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Familiares e sua relação com o idoso institucionalizado: proposta de um programa psicoeducativo

Leite, Valéria Lopes January 2013 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2015-12-11T12:51:05Z No. of bitstreams: 1 Valeria Lopes Leite.pdf: 454676 bytes, checksum: bd1d42fe753ae763801016c4627dc537 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-11T12:51:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Valeria Lopes Leite.pdf: 454676 bytes, checksum: bd1d42fe753ae763801016c4627dc537 (MD5) Previous issue date: 2013 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / Este trabalho tem como objetivos: Caracterizar o perfil sócio-demográfico, clínico, índice de sobrecarga e estratégias de enfrentamento dos familiares de idosos institucionalizados; Analisar fatores que determinam a aproximação ou afastamento da família do idoso no processo de institucionalização; e Propor um Programa de Intervenções psicoeducativas para familiares de idosos institucionalizados. Método: abordagem quantitativa e qualitativa, transversal e observacional, amostra intencional não probabilística. Foram selecionados 30 familiares de idosos institucionalizados para entrevista semi-estruturada e aplicação das escalas Inventário de Sobrecarga do Cuidador (Zarit) e Inventário de Estratégia de Coping (Folkman e Lazarus). Resultados: Houve prevalência do sexo feminino (83,3%), a maior parte da amostra composta por filhos (as) (56,7%) de grau de escolaridade nível superior (70%) e classe média, resultado diferenciado na pesquisa. A maioria aposentados (63,3%) com idade média de 60,5 anos com dp= 10,7, metade do grupo apresentou algum problema de saúde, e cinco participantes usavam neurolépticos. Quanto aos idosos, a maioria das institucionalizações se deu por complicações no manejo com os sintomas comportamentais e dependência causada pela Doença de Alzheimer. Somente um idoso apresentou diagnóstico de depressão; a faixa etária variou de 64 e 96 anos e prevaleceu o sexo feminino. Nas respostas relativas ao estresse, houve baixos índices de sobrecarga dos cuidadores familiares com 14 (46,65%) com ausência de estresse, sendo 3 homens e oito outros familiares, exceto filhos (57,1%), 9 (64,3%) possuíam nível superior e somente 1 (7,1%) fazia uso de neurolépticos. Com estresse leve e moderado 13, sexo feminino e sem vínculo marital 9 (69,2%), filhas com ensino superior 10 (76,9%), com problemas de saúde 8 (61,5%) e 3 (23,1%) fazendo uso de neurolépticos. Na categoria moderada e severa 2 filhas (66,7%) e 1 (33,3%) esposa, todas do sexo feminino e com nível superior. Sobre o Inventário de estratégias de coping, foram obtidos resultados significativos para os que faziam uso de neurolépticos, ou seja, faziam mais estratégia de enfrentamento (p<0,01), os que possuíam nível superior (p= 0,05), e os homens com resultados marginais (p=0,06), porém, ao observar-se em termos absolutos nos homens, o coping foi maior em média 61,8 contra 43,6 das mulheres. Foram obtidas 4 categorias sobre a percepção do processo de institucionalização: Relação com o idoso anterior a institucionalização, discute-se a proximidade familiar e a relação conflituosa como modeladores psicossociais decisivos na atitude de como se deu o processo de institucionalização; Família e a decisão pela institucionalização, tem-se a mudança de comportamento do idoso como decisiva na opção pela internação, associada pela falta de modelos alternativos e confronto com desqualificação profissional para o cuidado domestico; Relação com o idoso depois da internação, neste momento do processo emergiram relatos de sentimento de culpa, reparação, reconhecimento do cuidado na instituição e conflito com a morte. Família e participação no cuidado na instituição referem-se a importância das visitas e o papel da família na rotina de cuidados. Conclusão: Há relação entre as estratégias de enfrentamento e participação no cuidado institucional, portanto a proposta de programa psicoeducativo traria redução do estresse e integração da família com a Instituição e potencialização dos cuidados. / The study of the family and its relationship with the institutionalized elderly: the proposal of a psychoeducational program brings to discussion the relationship between the family and the institutionalized elderly regarding the social-demographic profile of the family, data related to the level of stress and the coping strategy used by relatives in a qualitative and quantitative approach, proposing a sychoeducational program that aims to assist the family in matters of inpatient, elderly disease and care. Thirty relatives of seniors who were in Long-Stay Institutions participated in this study. The following tools were used: a semi-structured questionnaire (to evaluate the social demographic profile), a Caregiver Burden Inventory (Zarit) and a Coping Strategy Inventory (Folkman and Lazarus). The results showed the prevalence of female gender, 83.3%; most of the sample comprising sons and daughters, 56.7%; higher education prevailed, 70%, a differentiated result in the research; most of them were retired, 63.3%. Half the group had some health problem; 5 of them were neuroleptics. The average age of the participants was 60.5 years with sd = 10.7. The minimum age was 38 years old and the maximum age was 86 years old. Most of the elderly inpatients were in the range of 64 to 96 years old, diagnosed with Alzheimer’s and only one was in depression. Female gender prevailed. There were low rates of family caregiver’s burden related to stress responses. Of the 14 participants, there were 3 men, 46.6% had no stress and there were eight others, representing 57.1%. 9, 64.3%, had higher education and only one, 7.1%, used neuroleptics. With light and moderate stress, there were 13 people, the most without marriage bond; 9 daughters (69.2%) with higher education; 10 (76.9%) out of work; 8 (61.5%) with health problems and 3 (23.1%) ingesting neuroleptics. In moderate and severe category, 2 daughters out of work and with no health problems (66.7%) and 1 wife out of work and using neuroleptics (33.3%), all female and 3 (100%) with higher education. In responses regarding Coping Strategies Inventory, significant results for those who were using neuroleptics were obtained: those who ingested neuroleptics were using more coping strategy (p-value<0.01). Those who had higher education also showed significant results (p-value<0.05). The result of coping was higher in men than in women in absolute terms, on average 61.8% versus 43.6 for women. The responses of proximity and conflict concerning the relationship with the elderly before inpatient were more significant in females with their mothers. Regarding responses by hospitalization decision, it was more significant in sons (23.3%), because of behavior changes, especially aggressiveness, followed by brother’s decision (13.35%), for the lack of adequate space, fragile heath and finally the wife’s decision, because of fragile health and lack of qualified caregivers. Among the feelings that lead to family stress there is fear, insecurity, guilt and remorse. The psychoeducational program proposal turns to reducing family stress, improving the integration between the family and the institution and also the potentiation of care taken.

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