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"Psicologia e Sistema Ãnico da AssistÃncia Social - SUAS: Estudo sobre a InserÃÃo dos(as) PsicÃlogos(as) nos Centros de ReferÃncia da AssistÃncia Social - CRAS's" / Psychology and Social Assistance Unique System - SUAS: Study on the integration of psychologists in Social Assistance Reference Centers - CRASAdna FabÃola GuimarÃes Teixeira 12 August 2008 (has links)
A expansÃo da oferta de trabalho para psicÃlogos no campo das polÃticas pÃblicas provocou vÃrias mudanÃas no contexto teÃrico-prÃtico da Psicologia, despertando o interesse de muitos pesquisadores sobre questÃes referentes a essa realidade. A discussÃo sobre Psicologia e PolÃticas PÃblicas à proveniente do debate sobre Psicologia e Compromisso Social, fortalecido no seio acadÃmico-profissional apÃs a dÃcada de 1980, mesmo perÃodo no qual se iniciaram os movimentos pela implantaÃÃo de uma PolÃtica PÃblica de AssistÃncia Social, que culminou em 2004 com a criaÃÃo da PolÃtica Nacional de AssistÃncia Social e com o Sistema Ãnico da AssistÃncia Social - SUAS. Esse sistema està organizado em dois nÃveis de estruturas: a proteÃÃo social bÃsica e a proteÃÃo social especial de mÃdia e alta complexidade. A proteÃÃo social bÃsica à efetivada mediante serviÃos oferecidos nos centros de referÃncia da assistÃncia social â CRAS, os quais contam com psicÃlogos e assistentes sociais em suas equipes. Pela primeira vez a Psicologia vÃ-se inserida oficialmente numa polÃtica pÃblica, com uma grande demanda de trabalho para profissionais da Ãrea. Essa oferta em larga escala e em curto perÃodo, produziu uma realidade da qual pouco se sabe. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi o de compreender a inserÃÃo de PsicÃlogos em CRAS do Estado do CearÃ, à luz dos documentos oficiais da PolÃtica de AssistÃncia Social. Para tanto, a pesquisa realizada contou com a participaÃÃo de quinze profissionais de Psicologia que trabalham em CRAS, representando 13 municÃpios do Estado do CearÃ. O instrumento utilizado foi um questionÃrio digital, com endereÃo eletrÃnico na internet e enviado atravÃs de e-mail. As categorias analisadas buscaram examinar o movimento da Psicologia no contexto da PolÃtica de AssistÃncia Social; compreender as motivaÃÃes dos psicÃlogos para o ingresso nesta realidade, investigar a compreensÃo deles sobre suas relaÃÃes institucionais e com a comunidade; conhecer, de acordo com a indicaÃÃo dos profissionais, as caracterÃsticas principais de sua atuaÃÃo e, por fim, compreender o papel da formaÃÃo no exercÃcio profissional no CRAS. Dentre os resultados, foram encontrados dados que apontam a inserÃÃo da Psicologia na PolÃtica de AssistÃncia Social como decorrente do reconhecimento dos potenciais desta como ciÃncia e profissÃo para o alcance dos objetivos propostos pela polÃtica, mas sem a participaÃÃo efetiva da categoria profissional de psicÃlogos na elaboraÃÃo dessa polÃtica, o que resulta em dificuldades na apropriaÃÃo de tal polÃtica pelos psicÃlogos. Em decorrÃncia disto, alÃm de outras dimensÃes, como a formaÃÃo acadÃmica, apontada pelos participantes como carente de referenciais diferentes dos tradicionais e que dÃem conta dos trabalhos em comunidades, e da representaÃÃo social do psicÃlogo baseada nestes modelos tradicionais, a atuaÃÃo dos participantes à ainda marcada pelo modelo clÃnico, embora alguns apontem alternativas baseadas no Compromisso Social e na Psicologia ComunitÃria. A opiniÃo dos participantes, no entanto, converge para a compreensÃo de que à necessÃrio constituir novas prÃticas e metodologias que atendam Ãs recentes demandas, que favoreÃam a autonomia, o âempoderamentoâ social, a mobilizaÃÃo e a organizaÃÃo coletiva, como propÃe a PNAS. A pesquisa busca, com essas reflexÃes, fomentar novos saberes sobre essa temÃtica, contribuindo assim para uma prÃtica profissional engajada e crÃtica. / The expansion of the job offer to psychologists in the field of public policies provoked many changes in the theoretical-practical context of Psychology, arousing the interest of many researchers about issues related to this reality. The discussion about Psychology and Public Policies proceeds from the debate on Psychology and Social Compromise, strengthened in the academic-professional core after the decade of 1980, the same period in which the movements for the implantation of a Social Assistance Public Policy, which culminated in 2004 with the creation of the Social Assistance National Policy and the Social Assistance Unique System â SUAS. This system is organized in two levels of structures: the social basic protection and the special social protection of intermediate and high complexity. The social basic protection is put into effect through the services offered in the Social Assistance Reference Centers â CRAS, which count on psychologists and social assistants in their teams. For the first time the Psychology is officially inserted in a public policy, with a large job demand for professionals of this area. This offer in large scale and in short period produced a reality about which very little is known about. Therefore, the goal of this research was to comprehend the insertion of Psychologists in CearÃâs CRAS, under the official documents of the Social Assistance Policy. For this, the accomplished researched counted on the participation of fifteen Psychology professionals who work in CRAS, representing thirteen cities of the Cearà state. The instrument utilized was a digital questionnaire, with electronic address in the Internet and sent through e-mail. The analyzed categories tried to examine the movement of the Psychology in the context of the Social Assistance Policy, comprehend the motivations of the psychologists to join in this reality, investigate their understanding about their relations with the institutions and with the community, know, from the indication of the professionals, the main characteristics of their performance and, eventually, comprehend the role of the formation in the professional exercise in the CRAS. Amid the results, data that indicate the insertion of the Psychology in the Social Assistance Policy as resulting from the recognition of its potentials as science and profession to the pursuit of the objectives proposed by the policy were found, but this happened without the effective participation of the professional category of psychologists in the elaboration of this policy, what results in difficulties in the appropriation of such a policy by psychologists. As a result of this, besides of other dimensions, as the college graduation, labeled by the participants as deprived of referents different from the traditional ones and that are able to cope with the works in communities and the social representation of the psychologist based on these traditional models, the participantsâ performance is still marked by the clinical model, although some point out options in the Social Compromise and in the Communitarian Psychology. The participantsâ opinion, however, converges to the comprehension that it is necessary to constitute new practices and methodologies that meet the recent demands and promote the autonomy, the social strengthening, the collective mobilization and organization, as the PNAS proposes. The research aims, from these reflections on, to foment new constructions about this theme, contributing, thus, to a engaged and critical professional practice.
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