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Biologia floral e sistema reprodutivo de duas espécies de marantaceae no Nordeste do Brasil : Ischnosiphon gracilis (Rudge) Köern. e Stromanthe porteana A. GrisVirgínia de Lima Leite, Ana January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As espécies de Marantaceae apresentam um elaborado mecanismo de polinização
caracterizado pela apresentação secundária de pólen associada a um mecanismo
explosivo do estilete. Neste trabalho foram feitas análises da biologia floral e do sistema
reprodutivo em populações naturais de Ischnosiphon gracilis (Rudge) Köern. e
Stromanthe porteana A. Gris ocorrentes no Parque Estadual Dois Irmãos (8º7 30 S
34º52 30 W), estado de Pernambuco, Brasil. A inflorescência de I. gracilis produz em
média 14,4 ± 3,4 flores e 1,3 ± 0,57 frutos enquanto que a de S. porteana emite, em
média, 125,4 ± 14,8 flores e 6,45 ± 4,75 frutos. As flores de I. gracilis produzem néctar
mais concentrado (26-32%), característico de flores melitófilas, enquanto em S.
porteana a concentração do néctar (20%) está na faixa comumente mencionada para
flores ornitófilas. A razão pólen-óvulo sugere a autogamia como o tipo de sistema
reprodutivo, porém, ambas as espécies são auto-incompatíveis. Ischnosiphon gracilis é
polinizada somente por abelhas (Euglossa sp., Eulaema bombiformis e E. cingulata
Euglossini), enquanto S. porteana é polinizada por abelhas (Eufriesea surinamensis
Euglossini) e beija-flores (Phaethornis ruber Phaethornithinae e Amazilia versicolor
Trochilinae). Exaerete smaragdina (Euglossini) e P. ruber atuam como pilhadores de
néctar em I. gracilis. Embora I. gracilis e S. porteana apresentem reduzida produção de
frutos e elevada reprodução vegetativa no local de estudo, o comportamento de
forrageamento e a freqüência de visitas dos polinizadores podem contribuir para a
manutenção do fluxo gênico destas espécies no local
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