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Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002)Campos, Breno Martins 22 May 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese Breno Martins Campos.pdf: 1808092 bytes, checksum: 924beffaae55ecb4c71aacad09e530b1 (MD5)
Previous issue date: 2006-05-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002) is a thesis with three sociological interests: knowledge, domination and religion. With its focus on the Presbyterian Church of Brazil, it searches to understand the reason why women are excluded from the positions legally stated of power and domination: the ordered office. Its historical cut is the transition from the 20th to 21st century, in which there were official attempts and an alto for alteration of denominational status quo. Two enterprises of constitutional reformation were proposed and debated in the competent councils in less than eight years, that included in the discussion the alteration of women statute in Presbyterian Church of Brazil, for her official space of actuation was amplified and her condition as a member equaled to the men s, with complete rights. The same historical period watched to a movement in which the puritan ethics and fundamentalist theology were used by the reactionary group to reaffirm the tradition and stop the opening of a new time, more feminine, dialogic and inclusive. Inheritance of the United States protestant missions of the 19th century for Brazilian churches, the puritan ethics proposes as a way of salvation a kind of active ascetic practices that deny the world at the same time in which fight for its transformation; the fundamentalism is the literalist Bible interpretation pattern that works for the arrest of the truth rather than to exclude dissent groups and people. The hermeneutical literalism forbids that biblical texts could be used in behalf of feminine ordering; the puritan ethics suggests or imposes to the women a proper space under to men, at home and in the church. The changing projects intended by the Presbyterian Church of Brazil high hierarchy, leaded by Rev. Guilhermino Cunha, were aborted, in dynamic peculiar to the function of religious field. In the very 21st century women cannot be pastors, elders or deacons in IPB: condition in such a flagrant contradiction with the democratic-representative system of government. The reading of official speeches of the denomination, by its journal, the Brasil Presbiteriano, and by Sociedade Auxiliadora Feminina s magazine, the SAF em Revista, allows to affirm that the Brazilian Presbyterian leaderships, masculine and feminine, at the doors of 21st century, opted for the permanence in the 20th century, or rather than, in 19th century. To open the 21st century, or to open itself to it, is the challenge for the contemporary Presbyterian Church of Brazil, specially to the women, in order that the religious institution promotes and amplifies the internal dialogue, inter-religious and with society, the first steps to the legitimate exercise of democracy, inclusion, fight against prejudice and discrimination, and for the establishment of an ethical project for all / Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) é uma tese com triplo interesse sociológico: compreensão, dominação e religião. Com o foco direcionado para a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), busca compreender por que as mulheres são excluídas das posições legalmente estatuídas de poder e dominação: o oficialato ordenado. Ainda no calor da hora, seu recorte histórico é a passagem do século XX para o século XXI, na qual houve tentativas oficiais e pelo alto de alteração do status quo denominacional. Foram propostas e debatidas nos concílios competentes duas iniciativas de reforma constitucional em menos de oito anos, que incluíam na discussão a alteração do estatuto da mulher na IPB, para que seu espaço oficial de atuação fosse ampliado e sua condição de membro, igualada à do homem com plenos direitos. O mesmo período histórico assistiu a um movimento em que ética puritana e teologia fundamentalista foram utilizadas pelo grupo reacionário dos que detêm o poder na IPB para reafirmar a tradição e impedir a abertura de um novo tempo, mais feminino, dialógico e inclusivo. Herança das missões protestantes estadunidenses do século XIX para as igrejas brasileiras, a ética puritana propõe como caminho de salvação uma espécie de ascese ativa, que nega o mundo ao mesmo tempo em que luta pela sua transformação; o fundamentalismo é o modelo literalista de interpretação da Bíblia, que funciona pelo aprisionamento da verdade a excluir grupos e pessoas divergentes. O literalismo hermenêutico proíbe que textos bíblicos possam ser usados em favor da ordenação feminina; a ética puritana sugere ou impõe à mulher um espaço próprio e subordinado ao homem, na casa e na igreja. Os projetos de mudança pretendidos por parte da cúpula da IPB, Rev. Guilhermino Cunha à frente, foram abortados também pelo alto, em dinâmica própria ao funcionamento do campo religioso. Em pleno século XXI, as mulheres não podem ser pastoras, presbíteras ou diaconisas na IPB: condição em flagrante contradição com o autodenominado sistema democrático-representativo de governo. A leitura dos discursos oficiais da denominação, por meio de seu jornal, o Brasil Presbiteriano, e da revista da Sociedade Auxiliadora Feminina, a SAF em Revista, permite a afirmação de que as lideranças presbiterianas do Brasil, masculina e feminina, às portas do século XXI optaram pela permanência no século XX ou, antes disso, no século XIX. Abrir o século XXI, ou abrir-se para ele, é o desafio para IPB contemporânea, especialmente, para suas mulheres, a fim de que a instituição religiosa promova e amplie o diálogo interno, inter-religioso e com a sociedade, os primeiros passos para o exercício legítimo da democracia, inclusão, luta contra preconceito e discriminação, e para o estabelecimento de um projeto de ética para todos
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Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002)Campos, Breno Martins 22 May 2006 (has links)
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Tese Breno Martins Campos.pdf: 1808092 bytes, checksum: 924beffaae55ecb4c71aacad09e530b1 (MD5)
Previous issue date: 2006-05-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002) is a thesis with three sociological interests: knowledge, domination and religion. With its focus on the Presbyterian Church of Brazil, it searches to understand the reason why women are excluded from the positions legally stated of power and domination: the ordered office. Its historical cut is the transition from the 20th to 21st century, in which there were official attempts and an alto for alteration of denominational status quo. Two enterprises of constitutional reformation were proposed and debated in the competent councils in less than eight years, that included in the discussion the alteration of women statute in Presbyterian Church of Brazil, for her official space of actuation was amplified and her condition as a member equaled to the men s, with complete rights. The same historical period watched to a movement in which the puritan ethics and fundamentalist theology were used by the reactionary group to reaffirm the tradition and stop the opening of a new time, more feminine, dialogic and inclusive. Inheritance of the United States protestant missions of the 19th century for Brazilian churches, the puritan ethics proposes as a way of salvation a kind of active ascetic practices that deny the world at the same time in which fight for its transformation; the fundamentalism is the literalist Bible interpretation pattern that works for the arrest of the truth rather than to exclude dissent groups and people. The hermeneutical literalism forbids that biblical texts could be used in behalf of feminine ordering; the puritan ethics suggests or imposes to the women a proper space under to men, at home and in the church. The changing projects intended by the Presbyterian Church of Brazil high hierarchy, leaded by Rev. Guilhermino Cunha, were aborted, in dynamic peculiar to the function of religious field. In the very 21st century women cannot be pastors, elders or deacons in IPB: condition in such a flagrant contradiction with the democratic-representative system of government. The reading of official speeches of the denomination, by its journal, the Brasil Presbiteriano, and by Sociedade Auxiliadora Feminina s magazine, the SAF em Revista, allows to affirm that the Brazilian Presbyterian leaderships, masculine and feminine, at the doors of 21st century, opted for the permanence in the 20th century, or rather than, in 19th century. To open the 21st century, or to open itself to it, is the challenge for the contemporary Presbyterian Church of Brazil, specially to the women, in order that the religious institution promotes and amplifies the internal dialogue, inter-religious and with society, the first steps to the legitimate exercise of democracy, inclusion, fight against prejudice and discrimination, and for the establishment of an ethical project for all / Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) é uma tese com triplo interesse sociológico: compreensão, dominação e religião. Com o foco direcionado para a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), busca compreender por que as mulheres são excluídas das posições legalmente estatuídas de poder e dominação: o oficialato ordenado. Ainda no calor da hora, seu recorte histórico é a passagem do século XX para o século XXI, na qual houve tentativas oficiais e pelo alto de alteração do status quo denominacional. Foram propostas e debatidas nos concílios competentes duas iniciativas de reforma constitucional em menos de oito anos, que incluíam na discussão a alteração do estatuto da mulher na IPB, para que seu espaço oficial de atuação fosse ampliado e sua condição de membro, igualada à do homem com plenos direitos. O mesmo período histórico assistiu a um movimento em que ética puritana e teologia fundamentalista foram utilizadas pelo grupo reacionário dos que detêm o poder na IPB para reafirmar a tradição e impedir a abertura de um novo tempo, mais feminino, dialógico e inclusivo. Herança das missões protestantes estadunidenses do século XIX para as igrejas brasileiras, a ética puritana propõe como caminho de salvação uma espécie de ascese ativa, que nega o mundo ao mesmo tempo em que luta pela sua transformação; o fundamentalismo é o modelo literalista de interpretação da Bíblia, que funciona pelo aprisionamento da verdade a excluir grupos e pessoas divergentes. O literalismo hermenêutico proíbe que textos bíblicos possam ser usados em favor da ordenação feminina; a ética puritana sugere ou impõe à mulher um espaço próprio e subordinado ao homem, na casa e na igreja. Os projetos de mudança pretendidos por parte da cúpula da IPB, Rev. Guilhermino Cunha à frente, foram abortados também pelo alto, em dinâmica própria ao funcionamento do campo religioso. Em pleno século XXI, as mulheres não podem ser pastoras, presbíteras ou diaconisas na IPB: condição em flagrante contradição com o autodenominado sistema democrático-representativo de governo. A leitura dos discursos oficiais da denominação, por meio de seu jornal, o Brasil Presbiteriano, e da revista da Sociedade Auxiliadora Feminina, a SAF em Revista, permite a afirmação de que as lideranças presbiterianas do Brasil, masculina e feminina, às portas do século XXI optaram pela permanência no século XX ou, antes disso, no século XIX. Abrir o século XXI, ou abrir-se para ele, é o desafio para IPB contemporânea, especialmente, para suas mulheres, a fim de que a instituição religiosa promova e amplie o diálogo interno, inter-religioso e com a sociedade, os primeiros passos para o exercício legítimo da democracia, inclusão, luta contra preconceito e discriminação, e para o estabelecimento de um projeto de ética para todos
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