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Utilização da 15N15N-ureia infundida intravenosamente em bovinos Nelore / Use of infused 15N15N-urea by via jugular vein in Nellore cattlePrates, Luciana Louzada 10 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Objetivou-se avaliar o efeito de classe sexual e de níveis dietéticos de proteína bruta sobre o consumo e a digestibilidade total dos constituintes das dietas, o balanço de compostos nitrogenados, as quantidades de ureia filtrada e reabsorvida nos rins e excretada na urina em bovinos Nelore. Avaliou-se, também, a produção de proteína microbiana e a reciclagem qualitativa da ureia. Foram utilizados oito animais da raça Nelore, sendo quatro novilhos inteiros e quatro novilhas, com peso corporal (PC) médio inicial de 333,5±24,4 e 292±12,9 kg, respectivamente, fistulados no rúmen, distribuídos em dois Quadrados Latino (QL) 4 x 4. As dietas, contendo 50% de silagem de milho e 50% de concentrado na base da matéria seca (MS), foram fornecidas duas vezes ao dia, ad libitum e foram constituídas de quatro níveis de proteína bruta (PB): 9,0; 11,0; 13,0 e 15,0 % na base da MS, correspondendo a 65,91; 68,32; 70,00 e 71,35% de PDR. Cada período experimental teve duração de 14 dias, com sete dias de adaptação e sete dias para procedimentos e coletas de amostras de alimentos, sobras, sangue, digesta e fluido ruminais, urina e fezes. Para avaliar a reciclagem de ureia, utilizou-se infusão intravenosa de 15N15N-ureia, na dose diária de 220 mg de 15N-ureia, por 72 horas. As variáveis dependentes foram avaliadas de acordo com o delineamento em QL 4 x 4 e a comparação entre níveis dietéticos de PB foi realizada através da decomposição ortogonal da soma dos quadrados associada às fontes de efeito linear, quadrática e cúbica. Essas análises foram conduzidas utilizando o procedimento MIXED do SAS, assumindo-se variâncias homogêneas entre as dietas. Não houve efeito de interação (P > 0,05) entre as classes sexuais e níveis dietéticos de PB para qualquer das variáveis avaliadas neste estudo. A classe sexual e os níveis dietéticos de PB não afetaram (P > 0,05) os consumos de MS, matéria orgânica (MO), MO digerida (MOD), extrato etéreo (EE) e carboidratos não fibrosos (CNF), em kg/dia, nem os consumos de MS e da fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), em função do PC. Não houve efeito de classe sexual (P > 0,05), mas houve efeito linear de níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre os consumos de PB e de NDT e sobre as digestibilidade totais de PB e de FDNcp. A excreção fecal de N foi maior em machos do que em fêmeas (P < 0,05) e foi afetada linearmente (P < 0,05) pelos níveis dietéticos de PB. O consumo, as excreções urinárias de N-total, ureia e N- ureico, o N retido, a relação NU:NT e a concentração plasmática de N-ureico não apresentaram efeito de classe sexual (P > 0,05), mas foram afetadas linearmente pelos níveis dietéticos de PB (P < 0,05). Entretanto, esses efeitos não foram suficientes (P > 0,05) para resultar em diferenças no N retido expresso em função do N ingerido sendo em média 26,05 % do N ingerido. Não houve efeito de classe sexual (P > 0,05) ou de níveis dietéticos de PB (P > 0,05) sobre a excreção urinária de creatinina cuja média foi de 23,2 mg/kg PC nem sobre a taxa de filtração glomerular com média de 1,84 mL/min/kg PC. Não houve efeito da classe sexual (P > 0,05), contudo, houve efeito linear crescente de níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre as quantidades de ureia filtrada, reabsorvida e a excreção fracional de ureia. Considerando a excreção urinária de ureia (Ŷ) em função da ingestão de N (X), em g/dia, obteve-se a equação Ŷ = 0,5606X. Relacionando-se a concentração plasmática de N-ureico (Ŷ, mg/dL) e a ingestão de N (X, g/dia), obteve-se a equação: Ŷ = 0,1234X, enquanto a regressão Ŷ = 3,9293X foi obtida relacionando-se a excreção urinária de ureia (Ŷ, g/dia) e a concentração plasmática N-ureico (X, mg/dL). A relação entre a excreção fracional de ureia (Ŷ) e a ingestão de N (X, g/dia) foi descrita pela equação: Ŷ = 0,3684(1-e-0,0105X). Houve efeito linear de níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre a produção de Nmic e sobre N degradado ingerido. A eficiência de utilização do N ingerido não foi afetada (P > 0,05) pelas classes sexuais ou pelos níveis dietéticos de PB. Em relação à eficiência microbiana houve efeito de classe sexual (P < 0,05), quando expressa em função da MOD, mas esse efeito não foi significativo (P > 0,05) quando expressa em função do consumo de NDT. Ajustando-se a produção de PBmic (g/dia) em função dos consumos de PB (kg/dia) e de NDT (kg/dia) obteve-se a seguinte equação: PBmic = 179,98 + 37,6030 x NDT + 0,2577 x PB. A excreção fecal de N pode ser estimada por: N fecal = -46,807 + 3,0662 x NDT (kg/dia) + 0,1579 x Ning (g/dia) + 0,1697 x PC (kg). A excreção urinária de N (g/dia) pode ser predita pela equação: N urinário = -1,8803 – 7,6528 x NDT + 0,5401 x Ning. A regressão Ŷ = 36,51 + 0,405X foi ajustada considerando-se a produção de Nmic (Ŷ, g/dia) e a ingestão de N (X, g/dia). Não houve efeito de classe sexual (P > 0,05) sobre a concentração de NH3 ruminal, os teores de 15N-NH3 ruminal e os teores e excreção diária de 15N fecal. Houve efeito linear crescente de níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre a concentração de NH3 ruminal, os teores de 15 N-NH3 ruminal e os teores 15 N nas fezes. Entretanto, não houve efeito dos níveis dietéticos de PB (P > 0,05) sobre a excreção diária de 15 N fecal sendo em média 17,75 mg/dia. As regressões Ŷ = 23,6183e0,0104X e Ŷ = 0,2416e-0,0145X foram ajustadas a partir da concentração ruminal de amônia (Ŷ, mg/dL) e os teores de 15 N-NH3 (Ŷ, %) em função da ingestão de N (X, g/dia), respectivamente. Os teores de 15 N fecal (Ŷ, %) foram avaliados em função da ingestão de N (X, g/dia), obtendo-se a seguinte regressão: Ŷ = 0,08878 – 0,00034X. Não houve interação tripla (P > 0,05) entre as classes sexuais, os níveis dietéticos de PB e as fases de bactérias, BAL e BAP sobre os teores de N-total microbiano nem sobre os teores de 15 N nas bactérias ruminais, nem diferença (P > 0,05) entre as fases BAL e BAP para as variáveis quantificadas. As interações duplas entre as variáveis independentes não foram significativas (P > 0,05), assim como os efeitos individuais (P > 0,05), com exceção dos níveis dietéticos de PB sobre os teores de N-total e de 15 N nas bactérias ruminais. Houve efeito cúbico (P < 0,05) dos níveis dietéticos de PB sobre os teores de N-total microbiano e efeito quadrático (P < 0,05) sobre os teores de 15 N nas bactérias ruminais. Foram ainda observados efeito linear decrescente dos níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre a produção diária de 15 Nmic expressa em mg/dia. As regressões Ŷ = 1,0740X e Ŷ = 1,0512X foram obtidas para BAL e BAP, respectivamente, em que Ŷ representa os teores de 15N nas bactérias ruminais (%) e X, os teores de 15N-NH3 ruminal (%). Considerando- se os teores de 15N fecal (Ŷ, %) e teores de 15N (X, %) nas fases BAL e BAP, as seguintes regressões foram obtidas: Ŷ = 0,2927X e Ŷ = 0,2668X, respectivamente. Não houve efeito individual de classe sexual (P > 0,05) sobre os percentuais de 15 N infundido no plasma que foi recuperado nas fezes ou nas bactérias. Também não houve efeito de níveis dietéticos de PB (P > 0,05) sobre os percentuais de 15 N infundido no plasma que foi recuperado nas fezes, sendo em média 8,06%. Entretanto, houve efeito linear decrescente dos níveis dietéticos de PB (P < 0,05) sobre os percentuais de 15 N infundido no plasma recuperados nas bactérias, que variaram de 15,13 a 35,23. Conclui-se que a produção de proteína microbiana não é afetada pela classe sexual, mas aumenta linearmente com os consumos de PB e de NDT. BAL e BAP possuem mesmo teor de N-total e de N- ureico infundido recuperado. As concentrações de 15 N-NH3 no rúmen e 15 N nas bactérias são maiores para os menores níveis de PB dietéticos. Ocorre maior recuperação do N-ureico infundido por via intravenosa na proteína microbiana produzida em dietas com menor teor de PB. / This study was designed to evaluate the effect of animal categories and levels of dietary crude protein on intake and total digestibility of constituents of diets, N balance, the urea quantity filtered and reabsorbed in the kidney and excreted by urine in Nellore cattle. Additionaly, microbial protein production and qualitative urea recycling were evaluated. Eight ruminal fistulated Nellore animals, being four steers (333.5±24.4 kg of initial BW) and four heifers (292±12.9) were used in a 4 x 4 balanced Latin square (LS). The diets with 50% of corn silage and 50% of concentrate based on dry matter (DM) were offered daily, ad libitum, and were formulated to deliver four level of crude protein (CP): 9.0, 11.0, 13.0 and, 15.0 %, corresponding to 65.91, 68.32, 70.00 and, 71.35 % of RDP. Each experimental period lasted 14 days and consisted of 7 days of adaptation to the diet and 7 days of proceedings and sample collection of feed, orts, blood, ruminal digesta and fluid, urine and feces. Urea recycling was evaluated using infusion of ureia indwelling jugular vein in the daily dose of 220 mg of 15 15 N15N- N-ureia for 72 hours. Dependent variables were evaluated according to LS design 4 x 4 and comparisons among dietary CP levels were carried out through orthogonal decomposition os the sum of squares associated to this source of variation in linear, quadratic and cubic effects. The analyses were conducted using the MIXED procedure of SAS (version 9.4), assuming homogeneous variances among diets. There was no interaction effect (P > 0.05) between animal categories and levels of CP dietary to any variables evaluated in this study. There was no effect (P > 0.05) from animal categories or levels of CP dietary on intake of DM, organic matter (OM), digested OM (dOM), ether extract (EE) and non-fibrous carbohydrates (NFC), in kg/day, neither on DMI and neutral detergent fiber corrected for ash and nitrogenous compounds (NDFap) in BW function. There was no effect (P > 0.05) from animal categories, but there was increased linear effect (P < 0.05) from levels of CP dietary on CP and TDN intake and on CP and NDFap digestibilities. N fecal excretion was greater in males than females (P < 0.05) and was also increased linearly (P < 0.05) as the dietary CP increased. There was no effect (P > 0.05) on intake, urinary excretion of total-N, urea and N-urea, N retained, relationship NU:TN and plasmatic concentration of N-urea (PUN) from animal categories, but those variables increased linearly (P < 0.05) as the dietary CP increased. However, those effects were not able (P > 0.05) to change N retained related to N intake that was 26.05 % g of N retained/g of N intake. There was no effect from animal categories (P > 0.05) neither from dietary CP (P > 0.05) on creatinine urinary excretion whose average was 23.2 mg/kg BW and on glomerular filtration rate with 1.84 mL/min/kg PC as average. There was no effect (P > 0.05) from categories animal, however the quantities of urea filtered, reabsorved and fraccional excretion increased linearly as dietary CP increased. Considering the urea urinary excretion (Ŷ) in function of N intake (X), in g/day, the equation Ŷ = 0.5606X was obtained. Regarding to PUN (Ŷ, mg/dL) and N intake (X, g/dia), the equation Ŷ = 0.1234X was obtained, while the equation Ŷ = 3.9293X was obtained regarding to urea urinary excretion (Ŷ, g/dia) and PUN (X, mg/dL). The relationship between urea fractional excretion (Ŷ) and N intake (X, g/day) was described on equation: Ŷ = 0.3684(1-e-0.0105X). There was increased linear effect (P < 0.05) from dietary CP on Nmic production. The efficiency of N utilization of N intake did not change (P > 0.05) from animal categories neither from dietary CP. Regard to microbial efficiency, there was linear effect (P < 0.05) from animal categories, when it was expressed in dOM function, but this effect was no observed (P > 0.05) when it was expressed in TDN intake function. CPmic (g/day) was adjusted using CP and TDN intake (kg/day) according to the follow equation: CPmic = 179.98 + 37.6030 x TDN + 0.2577 x CP. While fecal N excretion was estimated by: N-fecal = -46.807 + 3.0662 x TDN (kg/day) + 0.1579 x Nintake (g/day) + 0.1697 x BW (kg). N urinary excretion can be predicted from equation: N urinary = -1.8803 – 7.6528 x TDN + 0.5401 x Nintake. The equation Ŷ = 36.51 + 0.405X was adjusted regarding to Nmic production (Ŷ, g/day) and N intake (X, g/day). There was no effect (P > 0.05) from animal categories on ruminal NH3 concentration, the proportion of ruminal 15N-NH3 and the proportion and daily excretion of fecal 15N. The ruminal NH3 concentration, the proportion of 15 N-NH3 ruminal and the proportion of fecal 15 N increased linearly (P < 0.05) as dietary CP increased. However, there was no effect (P > 0.05) from dietary CP on 15 N fecal daily excretion whose average was 17.75 mg/day. The equations Ŷ = 23.6183e0.0104X and Ŷ = 0.2416e-0.0145X were adjusted from ruminal NH3 concentration (Ŷ, mg/dL) and 15N-NH3 proportion (Ŷ, %) as function of N intake (X, g/day), respectively. The proportion of fecal 15 N (Ŷ, %) was evaluated as a function of N intake (X, g/day), according to the follow equation: Ŷ = 0.08878 – 0.00034X. There was no triple interaction (P > 0.05) among animal categories, levels of dietary CP and bacterial phasis liquid-associated bacteria (LAB) and particule-associated bacteria (PAB), on the proportion of microbial total-N neither on the proportion of 15N in the ruminal bacteria. There was also no difference (P > 0.05) between LAB and PAB phases to the variables measured. Double interaction between the independent variables was not significant (P > 0.05), as well as individual effects (P > 0.05), except from dietary CP level on the proportion os total-N and 15N in the ruminal bacteria. There was cubic effect (P < 0.05) from dietary CP on microbial total-N and quadratic effect (P < 0.05) on 15N proportion in the ruminal bacteria. There were also observed decreased linear effect from dietary CP (P < 0.05) on 15 Nmic daily production in mg/day. The equations Ŷ = 1.0740X and Ŷ = 1.0512X were obtained to LAB and PAB, respectively, in which Ŷ means 15N proportion in the ruminal bacteria (%) and X, ruminal 15 N-NH3 proportion (%). Considering the proportion of fecal and the proportion of 15 15 N (Ŷ, %) N in LAB and PAB (X, %) the follow equations were obtained: Ŷ = 0.2927X and Ŷ = 0.2668X, respectively. There was no individual effect (P > 0.05) from animal categories on the proportion of 15 N infused in the plasma recovered in feces or in bacteria. There was also no effect (P > 0.05) from dietary CP on the proportion of 15N infused in the plasma and recovered in feces, average of 8.06%. However, there was decreased linear effect (P < 0.05) from dietary CP on the proportion recovered in bacterias. From this it can be conclude that the microbial protein production is not affected by animal categories, but increases linearly as CP and TDN intake increase. LAB and PAB have the same proportion of total-N and recovery of N-urea infused. Ruminal 15 N-NH3 concentration and bacterial 15N increase as dietary CP decreases. There is higher recovery of N-urea infused in the microbial protein production in diets with low CP level.
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