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"Habitações" : autorretratos como microterritórios subjetivos

Vieira, Karine Gomes Perez January 2016 (has links)
O objetivo de análise da presente investigação prático-teórica é a série "Habitações", composta por 24 autorretratos fotográficos autorais. O processo artístico consistiu em autofotografar-me em ambientes domésticos de permanência provisória, procurando incorporar algumas de suas características visuais, mediante sobreposições e encobrimentos de têxteis sobre o corpo. Muitos dos tecidos utilizados contém estampas ou cores semelhantes ás presentes no entorno da casa, com a intenção de promover a fusão entre o corpo humano e os ambientes domésticos habitados que o circundam. As tentativas de estabelecer relações entre o corpo humano e o ambiente doméstico possibilitam pensar o autorretrato fotográfico como microterritório subjetivo, na acepção de criar por meio da fotografia ínfimos mundos imaginários, oriundos da vida íntima e da reconfiguração de movimentos cotidianos rotineiros como é o caso do ato de deitar-se, pose repetida em todos os trabalhos. A estratégia de encobrir o corpo impossibilita que a fisionomia do sujeito seja mostrada, apontando reconfigurações do conceito tradicional de autorretrato e indagações sobre a superfície e as aparências físicas dos sujeitos e das coisas. Nessa acepção, o autorretrato fotográfico é encarado como alteridade e ficção, o que possibilita pensá-lo como um microterritório subjetivo. Para refletir sobre essas relações de sentido, latente na série "Habitações", recorro aos autores Deleuze e Guattari, bem como a Rouillé (2009), Berger (2014) e Fabris (2004). Instauro diálogos entre "Habitações" e obras contemporâneas e da História da Arte, destacando-se algumas de autoria de artistas como Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais e Cecília Paredes, as quais contribuem para a análise teórico-reflexiva sobre a prática, materializada na série "Habitações". / The analysis object of this practical and theoretical research is the “Habitations” series, composed of twenty-four photographic self-portraits. The artistic process consisted in self photographing me in domestic environments for temporary stay, seeking to integrate some of its visual characteristics by overlays and cover-ups of textiles on the body. Many of the fabrics used contain prints or colors similar to those presents in the surrounding of the house, with the intention of promoting the fusion between the human body and inhabited domestic environments that surround it. The attempts to establish relations between the human body and the domestic environment enables think the photographic self-portrait as subjective micro territory within the meaning created through photography tiny imaginary worlds, coming from inner life and reconfiguration of routine daily movements, such as the act of lying down, pose repeated in all works. The strategy of covering the body prevents the subject's physiognomy is shown, pointing reconfigurations of the traditional concept of self-portrait and inquiries about the surface and the physical appearance of the subjects and things. In this sense, the photographic self-portrait is seen as otherness and fiction, which enables think of it as a subjective micro territory. To reflect on these relations sense, latent in the “Habitations” series, resort to the authors Deleuze and Guattari, as well as Rouille (2009), Berger (2014) and Fabris (2004). Establish dialogues between "Habitations" and contemporary and Art History works, highlighting some authored by artists like Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais and Cecilia Paredes, which contribute to the theoretical and reflective analysis of the practice, embodied in the "Habitations" series.
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"Habitações" : autorretratos como microterritórios subjetivos

Vieira, Karine Gomes Perez January 2016 (has links)
O objetivo de análise da presente investigação prático-teórica é a série "Habitações", composta por 24 autorretratos fotográficos autorais. O processo artístico consistiu em autofotografar-me em ambientes domésticos de permanência provisória, procurando incorporar algumas de suas características visuais, mediante sobreposições e encobrimentos de têxteis sobre o corpo. Muitos dos tecidos utilizados contém estampas ou cores semelhantes ás presentes no entorno da casa, com a intenção de promover a fusão entre o corpo humano e os ambientes domésticos habitados que o circundam. As tentativas de estabelecer relações entre o corpo humano e o ambiente doméstico possibilitam pensar o autorretrato fotográfico como microterritório subjetivo, na acepção de criar por meio da fotografia ínfimos mundos imaginários, oriundos da vida íntima e da reconfiguração de movimentos cotidianos rotineiros como é o caso do ato de deitar-se, pose repetida em todos os trabalhos. A estratégia de encobrir o corpo impossibilita que a fisionomia do sujeito seja mostrada, apontando reconfigurações do conceito tradicional de autorretrato e indagações sobre a superfície e as aparências físicas dos sujeitos e das coisas. Nessa acepção, o autorretrato fotográfico é encarado como alteridade e ficção, o que possibilita pensá-lo como um microterritório subjetivo. Para refletir sobre essas relações de sentido, latente na série "Habitações", recorro aos autores Deleuze e Guattari, bem como a Rouillé (2009), Berger (2014) e Fabris (2004). Instauro diálogos entre "Habitações" e obras contemporâneas e da História da Arte, destacando-se algumas de autoria de artistas como Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais e Cecília Paredes, as quais contribuem para a análise teórico-reflexiva sobre a prática, materializada na série "Habitações". / The analysis object of this practical and theoretical research is the “Habitations” series, composed of twenty-four photographic self-portraits. The artistic process consisted in self photographing me in domestic environments for temporary stay, seeking to integrate some of its visual characteristics by overlays and cover-ups of textiles on the body. Many of the fabrics used contain prints or colors similar to those presents in the surrounding of the house, with the intention of promoting the fusion between the human body and inhabited domestic environments that surround it. The attempts to establish relations between the human body and the domestic environment enables think the photographic self-portrait as subjective micro territory within the meaning created through photography tiny imaginary worlds, coming from inner life and reconfiguration of routine daily movements, such as the act of lying down, pose repeated in all works. The strategy of covering the body prevents the subject's physiognomy is shown, pointing reconfigurations of the traditional concept of self-portrait and inquiries about the surface and the physical appearance of the subjects and things. In this sense, the photographic self-portrait is seen as otherness and fiction, which enables think of it as a subjective micro territory. To reflect on these relations sense, latent in the “Habitations” series, resort to the authors Deleuze and Guattari, as well as Rouille (2009), Berger (2014) and Fabris (2004). Establish dialogues between "Habitations" and contemporary and Art History works, highlighting some authored by artists like Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais and Cecilia Paredes, which contribute to the theoretical and reflective analysis of the practice, embodied in the "Habitations" series.
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"Habitações" : autorretratos como microterritórios subjetivos

Vieira, Karine Gomes Perez January 2016 (has links)
O objetivo de análise da presente investigação prático-teórica é a série "Habitações", composta por 24 autorretratos fotográficos autorais. O processo artístico consistiu em autofotografar-me em ambientes domésticos de permanência provisória, procurando incorporar algumas de suas características visuais, mediante sobreposições e encobrimentos de têxteis sobre o corpo. Muitos dos tecidos utilizados contém estampas ou cores semelhantes ás presentes no entorno da casa, com a intenção de promover a fusão entre o corpo humano e os ambientes domésticos habitados que o circundam. As tentativas de estabelecer relações entre o corpo humano e o ambiente doméstico possibilitam pensar o autorretrato fotográfico como microterritório subjetivo, na acepção de criar por meio da fotografia ínfimos mundos imaginários, oriundos da vida íntima e da reconfiguração de movimentos cotidianos rotineiros como é o caso do ato de deitar-se, pose repetida em todos os trabalhos. A estratégia de encobrir o corpo impossibilita que a fisionomia do sujeito seja mostrada, apontando reconfigurações do conceito tradicional de autorretrato e indagações sobre a superfície e as aparências físicas dos sujeitos e das coisas. Nessa acepção, o autorretrato fotográfico é encarado como alteridade e ficção, o que possibilita pensá-lo como um microterritório subjetivo. Para refletir sobre essas relações de sentido, latente na série "Habitações", recorro aos autores Deleuze e Guattari, bem como a Rouillé (2009), Berger (2014) e Fabris (2004). Instauro diálogos entre "Habitações" e obras contemporâneas e da História da Arte, destacando-se algumas de autoria de artistas como Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais e Cecília Paredes, as quais contribuem para a análise teórico-reflexiva sobre a prática, materializada na série "Habitações". / The analysis object of this practical and theoretical research is the “Habitations” series, composed of twenty-four photographic self-portraits. The artistic process consisted in self photographing me in domestic environments for temporary stay, seeking to integrate some of its visual characteristics by overlays and cover-ups of textiles on the body. Many of the fabrics used contain prints or colors similar to those presents in the surrounding of the house, with the intention of promoting the fusion between the human body and inhabited domestic environments that surround it. The attempts to establish relations between the human body and the domestic environment enables think the photographic self-portrait as subjective micro territory within the meaning created through photography tiny imaginary worlds, coming from inner life and reconfiguration of routine daily movements, such as the act of lying down, pose repeated in all works. The strategy of covering the body prevents the subject's physiognomy is shown, pointing reconfigurations of the traditional concept of self-portrait and inquiries about the surface and the physical appearance of the subjects and things. In this sense, the photographic self-portrait is seen as otherness and fiction, which enables think of it as a subjective micro territory. To reflect on these relations sense, latent in the “Habitations” series, resort to the authors Deleuze and Guattari, as well as Rouille (2009), Berger (2014) and Fabris (2004). Establish dialogues between "Habitations" and contemporary and Art History works, highlighting some authored by artists like Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), René Magritte (1898-1967), Nino Cais and Cecilia Paredes, which contribute to the theoretical and reflective analysis of the practice, embodied in the "Habitations" series.

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