No Porto, a opção pela electricidade será uma realidade que resulta de um processo cujos contornos se anunciam no final do século XIX, para mais tarde, na década de 20 ser norteado por políticas municipais que se sobrepõem no tempo e na região. O trabalho de investigação aqui apresentado tem por objectivo analisar o contributo da União Eléctrica Portuguesa neste processo, desde 1920 até 1975. O seu projecto empresarial e a sua capacidade negocial possibilitaram o desenvolvimento, no Porto, das condições essenciais para que as opções pela energia eléctria se tornassem uma realidade incontornável, fomentou um consumo sempre crescente ao longo dos anos e criou, ainda, as condições ideais para a utilização da energia nos diferentes usos e escalões, especialmente, na indústria. Centrámos, ainda, a nossa análise num dos protagonistas essenciais deste processo no Porto, a Central Termoeléctrica do Freixo, um dos equipamentos que muito contribuíram para o abastecimento de energia eléctrica à região do Porto, em especial à sua indústria. A sua desactivação, nos inícios de 60, é o culminar de um conjunto de factores, dos quais se destaca a produção em escala de hidrolectricidade.