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As mulheres jornalistas no Estado de São Paulo: o processo de profissionalização e feminização da carreira.

Rocha, Paula Melani 08 June 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:24:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TesePMR.pdf: 937206 bytes, checksum: 835a49ec7325c394aa49378fd5de5fda (MD5) Previous issue date: 2004-06-08 / Financiadora de Estudos e Projetos / Na pesquisa As mulheres jornalistas no Estado de São Paulo: o processo de profissionalização e feminização da carreira analisamos a participação feminina no jornalismo profissional, no estado de São Paulo, no período de 1986 a 2001. Comparamos o perfil da profissional da capital com a profissional do interior, residente em Ribeirão Preto. Na análise teórica sobre a dominação masculina, contrapomos Bourdieu e Giddens com a sociologia do gênero em Hochschild e outras autoras, comparando a concepção expressa por cada um dos três autores. Com relação à profissionalização, tomamos como referencial Freidson. Na metodologia trabalhamos com dados quantitativos obtidos através do Sindicato e da Federação dos Jornalistas, bem como, do Ministério da Educação, realizando um estudo descritivo exploratório sobre o aumento das mulheres com a profissionalização. Classificamos a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho em uma tipologia composta por três tipos: carreiras que seguem o modelo feminino; carreiras que seguem o modelo masculino; novos campos de atuação no mercado de trabalho. O processo de profissionalização do jornalismo, marcado pelo surgimento dos cursos superiores, associações e sindicatos, exigência da obrigatoriedade do diploma, inovação tecnológica e a demanda do próprio mercado por um profissional mais qualificado, com mais titulação possibilitou um crescimento de mulheres nessa carreira, pois o cargo passou, em geral, a ser atribuído ao profissional mais bem preparado, independente do gênero, estabelecendo, assim, uma competição mais equiparada aos cargos nas redações. Essa mudança permitiu às mulheres ingressarem nesta carreira, desde que investissem na sua formação. Entretanto, o processo de profissionalização do jornalismo ainda não está consolidado. A briga pela obrigatoriedade do diploma está correndo no âmbito da justiça, o jornalismo não tem autonomia enquanto profissão e principalmente não tem o domínio da expertise. É uma profissão vulnerável à lógica do mercado capitalista, exige extensas jornadas de trabalho, plantões em feriados e finais de semana e possui uma alta competitividade entre os pares profissionais independente do gênero. Nas relações entre os gêneros e as chefias constatamos que há diferença entre o mercado da capital, São Paulo e o do interior, Ribeirão Preto, bem como no perfil da profissional. O interior ainda é mais tradicional que a capital e tem um maior preconceito em relação à profissional mulher.

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