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Condições de trabalho e saúde de trabalhadores na queima de resíduos tóxicos em fornos de cimenteiras de Cantagalo, Rio de Janeiro / health and work conditions in the burning of toxic waste in cement kilns in the Cantagalo, Rio de JaneiroPinto Júnior, Afrânio Gomes January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / A indústria cimenteira nacional, desde 1991, utiliza resíduos tóxicos gerados por outras empresas como combustível ou matéria prima alternativa, e justifica a prática, que resulta em substancial economia de recursos, como expressão de responsabilidade ambiental. Entretanto, a realidade demonstra sinais de impactos negativos sobre a saúde de trabalhadores e da população vizinha às fábricas, bem como ao meio ambiente.Este estudo ocupa-se de analisar as condições de trabalho e saúde a partir do discurso dos trabalhadores envolvidos na atividade em Cantagalo, RJ, comparando-as com a literatura científica disponível, depoimentos de autoridades, material jornalístico e gerado pelas empresas interessadas. A partir desta análise, pode-se comprovar que a atividade gera adoecimento, que é agravado pelas condições socioeconômicas locais, é banalizado pelo comportamento dos responsáveis por evitá-lo. É ocultado pela negligência de notificação às autoridades e é confundido pela valorização de duvidoso monitoramento biológico, indevidamente avaliado quanto às expressões clínicas típicas de intoxicações, gerando situações dúbias, que favorecem as empresas e lesam a população exposta. Há que fortalecer as instâncias locais de Meio Ambiente e Saúde, para que o tema seja discutido de forma ampla e conjunta, envolvendo atores responsáveis pela prática, órgãos ambientais e de saúde, e as populações expostas. É imperativo que haja nivelamento técnico e equidade de forças, condições fundamentais para que o processo se faça através da legitimação dos princípios da Saúde Coletiva e da Justiça Ambiental. / The Brazilian cement industry has since 1991 used toxic residues produced by other industries as either fuel or alternative raw material in the manufacture of cement. Such practice, while resulting in considerable saving of resources, is justified as a token of environmental responsibility and commitment. However, reality displays clear signs of negative impact on not only workers’ health and plants’ neighboring population, but the environment. This analysis investigates cement industry employees’ health and work conditions, in a comparative study between the discourse of the employees in a plant in Cantagalo, Rio de Janeiro, and the available scientific literature, authorities’ statements, newspaper articles and materials published by the companies at issue. The analysis proves that the activity causes illnesses, which are aggravated by the local socio-economical conditions; rendered banal by the behavior of those accountable for avoiding them; hidden by neglectful notification to authorities; and blurred by the overvaluation of doubtful biological monitoring, improperly assessed regarding the typical clinical manifestation of poisoning, generating dubious situations in favor of the involved companies and against the exposed population. It is necessary to strengthen Health and Environmental local offices, so that the subject is widely and jointly discussed, with the participation of those accountable for such practice, environment and health agencies and the exposed population. Technical leveling and power equity are mandatory and fundamental conditions for carrying out the process through legitimization of Collective Health and Environmental Justice principles.
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