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Identificação de bactérias patogênicas isoladas na Unidade de Emergência do Agreste-AL, através de PCR de amplo espectro e seqüenciamento de rRNA 16S / Identification of pathogenic bacteria by broad range PCR and sequencing of 16S rRNA gene, isolated from Agreste s Emergency Unit-Alagoas

Coimbra, Daniel Gomes 23 August 2011 (has links)
Hospital infections are the most frequent complications occurring in hospitalized patients, especially in trauma hospitals, where the seriousness of the injury is predictive factor for the emergence of infections. This study evaluated the profile of infection in the Emergency Unit of Agreste (UEA) through data from CCIH and analysis of clinical samples. The antimicrobial resistance profile was determined too. Isolates have been subjected to 16S rRNA sequencing and analysis in GenBank and RDP. Among 271 patients analyzed, 154 (57%) exhibited positivity in culture (PC). Automobile accidents were the main causes of hospitalization (47,2%). The median of hospitalization was 26 days. PC patients were 10 days more than the median. The use of urinary catheter was 15±13 days, being more 9,5 days in patients PC, on average. Of the 252 PC, 43 were isolated over a microorganism, totaling 269 bacteria and 26 yeasts. Pseudomonas aeruginosa (16,9%) and Acinetobacter baumannii (12,9%) were more frequent. Antimicrobial empirical therapy was made by 76,6% of patients, being 58,1% by cephalosporins. Vancomycin (100%) and chloramphenicol (82,4%) were the most sensitive between the antimicrobial Gram positive cocci, and carbapenems (90,1%) among Gram negative bacilli. The results of UEA compared to international monitoring programmes exhibited greater resistance. However, there were similarities with the Brazilian program RM Network and even greater sensitivity of P. aeruginosa to cefepime and carbapenems. Two-hundred-two sequenced microorganisms were identified by BLASTn at GenBank and RDP banks. They provided identification, respectively: 88,1% and 88,6% in species; 7,9% and 6,4% on genus; 3,5% and 4% in family; and 0,5% and 1% in class. There was agreement among banks in 84,7% to species; 93,7% in genus and 99% in family. The microorganisms most frequently were P. aeruginosa (22,8%), A. baumannii (18,8%) and Klebsiella pneumoniae (11,9%). Among the rarest microorganisms are Brevibacillus agri, Acinetobacter radioresistens, Corynebacterium amycolatum, Corynebacterium striatum, Pseudomonas cedrina subsp. fulgida, Pseudomonas putida and Staphylococcus sciuri. In some cases there was a high similarity between different species not allowing assignment of identification. The differentiation was accomplished through the creation of consensus sequences with reference sequences for CLUSTALW alignment for each microorganism that has similarity. Among 10 cases identified only as Klebsiella, 7 were K. pneumoniae, 2 K. granulomatis and 1 without definition. Eleven Enterobacteriaceae were defined as: 3 Escherichia coli, 2 Enterobacter cancerogenus, 2 Enterobacter sp., 2 group E. coli / Shigella and 2 without definition in genus. The 2 sequences with the same score to Serratia marcescens, Pseudomonas fluorescens strains were identified as S. marcescens. Identification by sequencing is superior to phenotypic tests, especially for atypical biochemist profile, slow growth, rare species and microorganisms of difficult cultivation. Despite difficulties for service deployment and the need for caution in attributing identification, sequencing remains as a promising technique for use in routine laboratories, guiding proper medical team for a better management of the patient. / As infecções hospitalares são as mais frequentes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados principalmente em hospitais de trauma, onde a gravidade da lesão é fator preditivo para o surgimento de infecções. O presente estudo avaliou o perfil das infecções na Unidade de Emergência do Agreste (UEA) através de dados da CCIH e análise de amostras clínicas. O perfil de resistência aos antimicrobianos também foi determinado. Os isolados foram submetidos ao sequenciamento do gene rRNA 16S e análise no bancos GenBank e RDP para identificação. Dos 271 pacientes analisados, 154 (57%) exibiram positividade em cultura (CP). Acidentes automobilísticos foram os principais motivos de internação (47,2%). A mediana de internação foi de 26 dias, sendo 10 dias a mais em pacientes CP. O uso de sonda vesical foi de 15±13 dias, sendo 9,5 dias a mais em pacientes CP, em média. Das 252 CP, em 43 foram isolados mais de um microrganismo, totalizando 269 bactérias e 26 leveduras. Pseudomonas aeruginosa (16,9%) e Acinetobacter baumannii (12,9%) foram os mais frequentes. Estavam em uso empírico de antimicrobianos, 76,6% dos pacientes, sendo 58,1% por cefalosporinas. A vancomicina (100%) e o cloranfenicol (82,4%) foram os antimicrobianos de melhor atividade frente aos Gram positivos, e os carbapenêmicos (90,1%), entre Gram negativos. Os resultados da UEA, comparados aos programas de vigilância internacionais, exibiram maior resistência. No entanto, houve semelhanças com o programa brasileiro Rede RM, e ainda maior sensibilidade de P.aeruginosa frente aos carbapenêmicos e cefepime. Dos 202 microrganismos sequenciados, a atribuição de identificação por BLASTn nos bancos genéticos GenBank e RDP forneceram identificação, respectivamente de 88,1% e 88,6% em espécie; 7,9% e 6,4% em gênero; 3,5% e 4% em família e 0,5% e 1% em classe. Houve concordância entre os bancos de 84,7% em espécie; 93,7% em gênero e 99% em família. Os microrganismos mais frequentes foram P. aeruginosa (22,8%), A. baumannii (18,8%) e Klebsiella pneumoniae (11,9%). Entre os mais raros estão Brevibacillus agri, Acinetobacter radioresistens, Corynebacterium amycolatum e Corynebacterium striatum, Pseudomonas cedrina subsp. fulgida, Pseudomonas putida e Staphylococcus sciuri. Em alguns casos, houve elevada similaridade entre diferentes espécies, não permitindo a atribuição de identificação. A diferenciação foi realizada através da criação de sequências consenso de referência por alinhamento no CLUSTALW para cada microrganismo que apresentou similaridade. Dos 10 casos determinados somente como Klebsiella, 7 eram K. pneumoniae, 2 K. granulomatis e 1 sem definição. Das 11 Enterobacteriaceae, 3 foram Escherichia coli, 2 Enterobacter cancerogenus, 2 Enterobacter sp., 2 E. coli / Shigella e 2 sem definição. As 2 sequências com mesma pontuação para Serratia marcescens e Pseudomonas fluorescens foram identificadas como S. marcescens. A identificação por sequenciamento é superior aos testes fenotípicos, sobretudo para isolados com perfil bioquímico atípico, crescimento lento, espécies raras e microrganismos de difícil cultivo. Apesar das dificuldades para implantação do serviço e a necessidade de cautela na atribuição de identificação, o sequenciamento permanece como uma técnica promissora para a utilização em laboratórios de rotina, orientando adequadamente a equipe médica para um melhor manejo do paciente.

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