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Estudo comparativo do esvaziamento intestinal por meio de cintilografia entre pacientes portadores de anastomoses coloanais com e sem reservatorioPelegrinelli, Luciano Ricardo 03 August 2018 (has links)
Orientador : Juvenal Ricardo Navarro Goes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T00:03:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Resumo: A reconstrução do trânsito intestinal por meio de anastomose coloanal direta tem sido amplamente utilizada para se preservar a função defecatória, após ressecção de lesões retais benignas ou malignas. Embora preserve a função esfincteriana, muitos pacientes reclamam de urgência fecal, evacuações fragmentadas, e algum grau de incontinência, principalmente nos dois primeiros anos após a operação. Após a introdução do reservatório cólico, estas alterações parecem ser menos freqüentes, já que ele aumenta a capacidade de armazenamento de fezes. Contudo, muitos pacientes evoluem com constipação pós-operatória, por causas diversas. Então, estas técnicas de preservação esfincteriana ainda requerem estudos, na tentativa de se atingir o resultado ideal para estes pacientes. A cintilografia é um método quantitativo, pouco influenciado por fatores externos, medindo adequadamente o volume residual após a evacuação. Contudo, há poucos trabalhos relatando o seu uso, e sem uma padronização clara da metodologia. O objetivo deste estudo foi definir o esvaziamento da alça intestinal abaixada, em pacientes portadores de anastomoses coloanais, com ou sem reservatório, por meio de cintilografia, e a correlação deste esvaziamento com parâmetros funcionais. Foram estudados pacientes submetidos a retocolectomias e reconstruções do trânsito intestinal por meio de anastomoses coloanais manuais, feitas ao nível da linha denteada, de maneira direta ou com confecção de bolsa cólica tipo J. Estudaram-se 12 pacientes com anastomoses diretas e 15 pacientes portadores de reservatório cólico. 'Fezes artificiais¿, elaboradas com psyllium, água e 3 mCi de microcolóide-99mTc, foram introduzidas na parte distal do cólon abaixado, até que o desejo de evacuar fosse sentido. Imagens estáticas foram então obtidas, com o cólon/reservatório 'cheio¿, e depois de defecação, com o cólon/reservatório 'vazio¿. Regiões de interesse foram delimitadas em torno da imagem de intestino 'cheio¿, e, depois, transpostas para as imagens de intestino 'vazio¿. A razão de esvaziamento foi, assim, determinada. Os pacientes responderam um questionário, considerando-se os hábitos de evacuação e a continência, cujos parâmetros incluíram incontinência diurna e noturna (leve ou grave), necessidade de uso de fraldas, urgência evacuatória, controle para gases, evacuação espontânea, fragmentação evacuatória, e número de evacuações em 24 horas. Para a análise estatística, utilizou-se o teste de Mann-Whitney. Para os cálculos de correlação, foi usado o teste de correlação por postos de Spearman. Em todos os casos, consideraram-se significantes valores de p<0,05.
O esvaziamento foi melhor no grupo com reservatório cólico (grupo I, 51 +/- 29,22%; grupo II, 84,42 +/- 14,67%; p<0,05). Exceto para evacuação espontânea, todos os parâmetros funcionais foram melhores no grupo II. O resultado da evacuação espontânea não foi diferente entre os dois grupos. A idade dos pacientes e o período pós-operatório não influenciaram nos resultados, já que não mostraram diferenças significantes entre os grupos. As análises de correlação não demonstraram uma relação clara entre o esvaziamento, os parâmetros funcionais e o tamanho dos reservatórios. Isto se deve, provavelmente, aos múltiplos fatores envolvidos nos mecanismos da evacuação e da continência.
Apesar disto, anastomoses coloanais com reservatório poderiam ser confeccionadas depois da ressecção total do reto, nos procedimentos de preservação esfincteriana, já que elas melhoram a qualidade de vida destes pacientes, não causando aumento na morbimortalidade cirúrgica / Abstract: Bowel transit reconstruction by straight coloanal anastomosis has been largely used in order to preserve the defecation function after rectal malignancy excision, and in the treatment of benign diseases as well. However, preserving the sphincter function makes many patients complain of urgency to defecate, fragmented evacuation and some degree of incontinence, mainly during the first two postoperative years. After the introduction of the colonic pouch, these alterations seem to bee less frequent, as it increases the reservoir capacity. However, many patients have post-surgical constipation. Consequently, these sphincter-saving techniques still require studies, as better results must be achieved. Scintigraphy is a quantitative method, not so influenced by patient position. As a result, it suitably gives the residual amount of feces after defecation. However, there are few papers with reference to its use, and there is not a clear standardization of the method.
The aim of this study was to define the best way for its utilization in order to assess intestinal emptying in patients submitted to coloanal anastomosis, with or without a pouch, and its correlation with functional index. Patients who had undergone rectocolectomy, with bowel transit reconstruction by coloanal handsewn anastomosis, performed at the level of the dentate line, straight or with a colonic J pouch, were studied. There were 12 patients with straight coloanal anastomosis and 15 with reservoir anastomosis. Artificial feces, made of psyllium, water and 3 mCi of microcoloid-99mTc, were introduced into the distal portion of the anastomosed colon, until the patient felt the desire to defecate. Static images were then obtained, with a 'full¿ colon/reservoir, and after defecation, with an 'empty¿ colon/reservoir. Regions of interest were designed around the 'full¿ colon, and then transposed to the 'empty¿ colon figure. The amount of emptying was in this way determined.
Patients responded to a questioning, considering diurnal and nocturnal incontinence (minor and major), use of pads, fecal urgency, flatus control, spontaneous evacuation, fragmentation, and number of evacuations/24 hours. For statistical analysis, the Mann-Whitney test was used. To calculate correlation, the Spearman rank analysis was performed. For all of them were considered significant values of p<0.05.
Emptying was better in the reservoir group (group I, 51 +/- 29.22%; group II, 84.42 +/- 14.67%; p<0.05). Except for spontaneous evacuation, all the functional parameters were better for group II. Spontaneous evacuation was not different between the groups. Age and post-surgical period did not influence these results, as they did not show significant differences. Correlations analysis failed to demonstrate clear relationship among emptying, functional outcome, and size of the reservoir. This happened probably because of the multiple factors involved in evacuation and continence. In spite of it, reservoir coloanal anastomosis could be performed after total rectal resection in a sphincter-saving procedure, as it improved the quality of life of these patients, not impairing surgical morbid-mortality / Doutorado / Cirurgia / Doutor em Cirurgia
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