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Ciclagem de biomassa e nutrientes em estádios sucessionais de caatingaMaia de Moura, Patrícia 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Estudos sobre a ciclagem de biomassa e nutrientes são importantes para a
melhor compreensão do funcionamento dos ecossistemas e,
consequentemente, para o desenvolvimento de estratégias de preservação dos
sistemas naturais. Em uma comunidade vegetal o compartimento formado pela
serapilheira e pelo solo é o sítio das principais etapas da ciclagem de
nutrientes, mas a dinâmica da ciclagem pode variar fortemente entre as
espécies ou entre diferentes estádios sucessionais da vegetação. Espécies
capazes de conservar e utilizar mais eficientemente os nutrientes mais
limitantes no ecossistema podem ter vantagens competitivas sobre as demais.
Entretanto, informações sobre esse tema ainda são escassas na literatura
sobre a caatinga. Sendo assim, este trabalho teve como objetivos: (1)
quantificar, ao longo de um período de dois anos, a produção anual de
serapilheira e o fluxo de nutrientes em quatro diferentes estádios sucessionais
de caatinga; (2) estudar os mecanismos de retranslocação e eficiência de uso
de nutrientes (N, P, e K) das espécies arbóreas dominantes; e (3) caracterizar
a decomposição e a liberação de nutrientes das folhas das principais espécies
arbóreas em áreas de caatinga no Sertão paraibano. O estudo foi conduzido na
Fazenda Tamanduá, em Santa Terezinha, PB, onde foram selecionadas áreas
de caatinga em quatro diferentes estádios sucessionais denominados como:
pasto (P), estádio inicial (E), intermediário (I) e final (L). Nestes diferentes
estádios foi quantificada a produção de serapilheira e o fluxo de nutrientes via
serapilheira ao longo de 2 anos. No estádio final, foi instalado um segundo
experimento para estudar a retranslocação de nutrientes de onze espécies
arbóreas: Aspidosperma pyrifolium (pereiro); Commiphora leptophloeos
(umburana); Combretum leprosum (mofumbo); Capparis cynophallophora
(feijão bravo); Erythroxylum pungens (Ameixa); Croton sonderianus
(marmeleiro); Jatropha phyllacanta (faveleira); Adenanthera colubrina (angico);
Caesalpinia pyramidalis (catingueira); Amburana cearensis (cumaru); e
Piptadenia stipulacea (jurema branca). Um terceiro experimento foi instalado
para avaliar, com o uso de bolsas de decomposição, as perdas de massa e
nutrientes das folhas das principais espécies arbóreas ao longo de um período
de 360 dias. A produção de serapilheira total apresentou modelo sazonal, com
os maiores valores no período de seca. A deposição anual de serapilheira no
pasto foi menor que nas outras áreas, tanto no primeiro ano (275 kg ha-1)
quanto no segundo (812 kg ha-1). Os demais estádios sucessionais não
diferiram significativamente, tanto no primeiro (inicial,1700 kg ha-1;
intermediário, 1984 kg ha-1; e final, 1902 kg ha-1) ou no segundo ano (inicial ,
3838 kg ha-1; intermediário, 2921 kg ha-1; e final, 2161 kg ha-1). A fração foliar
predominou em todos os estádios, variando entre 33 e 71% da serapilheira
total, seguida da fração miscelânea (15 a 62%) e da fração galhos (3 a 17%). As maiores concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio foram encontradas
na miscelânea e as menores nos galhos. Entretanto, os maiores conteúdos de
nutrientes foram encontrados nas folhas. As maiores concentrações e
conteúdos estavam no estádio inicial e as menores no pasto. Os estádios
intermediário e final apresentaram aportes de fósforo e potássio semelhantes.
Todas as espécies retranslocaram nitrogênio e fósforo mas A. colubrina, C.
pyramidalis, J. phyllacanta e A. pyrifolium não retranslocaram potássio. De
forma geral, a retranslocação de nitrogênio foi, em média, maior do que de
potássio e de fósforo para as espécies estudadas. A. cearensis, P. stipulacea e
C. sonderianus foram as espécies que mais retranslocaram e C. pyramidalis e
J. phyllacanta as que menos retranslocaram nutrientes. O fósforo foi o nutriente
com maior eficiência de uso pelas espécies estudas, enquanto o nitrogênio
apresentou as menores eficiências de uso. No ensaio de decomposição, todas
as espécies perderam maiores quantidades de nutrientes nos primeiros 60
dias. De modo geral, ao final de um ano, as folhas de Mimosa tenuiflora
(jurema preta), C. pyramidalis, A. cearensis e a mistura de folhas de todas as
espécies (mix) tiveram maior decomposição (64 a 73%) que as folhas de C.
leprosum (46%). As perdas de N foram menores que as dos outros nutrientes,
tendo M. tenuiflora perdido mais N (71%) que as outras espécies (52 a 60%).
Todas as espécies perderam muito K (93 a 98%) e um pouco menos de P (81 a
94%). Portanto, todas as espécies ao final de um ano perderam mais da
metade dos seus nutrientes iniciais, refletindo uma rápida ciclagem na
caatinga, apesar desse ecossistema semiárido ser fortemente limitado pela
disponibilidade hídrica. Os resultados do presente estudo ilustraram o
comportamento da ciclagem de biomassa e nutrientes nos diferentes estádios
de regeneração de caatinga demonstrando que o estádio inicial de caatinga é
mais dinâmico que o estádio final. O fósforo, seguido do nitrogênio, são os
elementos mais limitantes nos estádios mais avançados de sucessão. As
espécies mais dominantes apresentaram diferentes padrões de retranslocação
e eficiência de uso de nutrientes, mas em geral não foram observadas
correlações significativas entre esses mecanismos e os atributos funcionais e a
dominância das diferentes espécies estudadas
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Redistribuição de nutrientes em razão da fenologia da frutificação do café arábica / Redistribution of nutrients due to the phenology of arabica coffee fruitingReis, Marina Rodrigues dos 07 August 2019 (has links)
O café é uma planta de crescimento contínuo. A cada novo ciclo vegetativo novos órgãos são formados e completa o crescimento dos órgãos existentes. As folhas presentes nos nós com frutos são fontes de fotoassimilados e de parte de nutrientes, por meio da redistribuição, durante a frutificação. A redistribuição é influenciada por vários fatores, entre os quais a carga de frutos e o estádio fenológico, a qual é incorretamente avaliada pela variação da concentração de nutriente no 3° e/ou 4° pares de folhas de café. Esse processo deve ser avaliado nas folhas maduras (folhas velhas) associadas aos nós com frutos, pois são as folhas fontes. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar duas metodologias para quantificar a redistribuição, identificar a fase da frutificação que o processo é significativo e, ainda, se a carga de frutos interfere na redistribuição. O trabalho foi realizado na fazenda São João, em Presidente Olegário - MG. Foram simuladas quatro cargas de frutos (0%, 30%, 60% e 100%) entre fases fenológicas: chumbinho (CH) - expansão (EX), expansão (EX) - granação (GR), granação (GR) - maturação (MT) e chumbinho (CH) - maturação (MT). A redistribuição dos nutrientes (N, P, K, Mg e Zn) foi calculado com base na metodologia de Maillard e Zhao. As maiores redistribuições de N, P, K, Mg e Zn para a metodologia de Maillard et al. (2015) ocorreram entre as fases GR-MT; enquanto para a metodologia de Zhao et al. (2014) a maior redistribuição de N se deu entre as fases GR-MT, K, Mg e Zn entre as fases CH-EX e de P entre EX- GR. Para carga de frutos, a maior redistribuição de N, P, K, Mg ocorreu na ausência de frutos e Zn com 100% dos frutos presentes (metodologia Maillard ), enquanto para a metodologia de Zhao a redistribuição de N e K foi maior na presença de 100% dos frutos; P e Mg na carga de 60% de frutos e Zn quando havia 30% de frutos nas plantas. As cargas pendentes de frutos e as fases de frutificação influenciaram na redistribuição dos nutrientes. O nutriente mais redistribuído foi o K e a maior fase de redistribuição ocorreu entre o período de granação e maturação. Das metodologias avaliadas no ensaio, recomenda-se o uso da metodologia de Maillard. / Coffee is a plant of continuous growth. With each new vegetative cycle new organs are formed and complete the growth of existing organs The leaves present in the nodes with fruits are sources of photoassimilates and part of nutrients, through the redistribution, during the fruiting. Redistribution is influenced by several factors, including fruit load and phenological stage, which is incorrectly assessed by the variation of nutrient concentration in the 3rd and / or 4th pairs of coffee leaves. This process must be evaluated in the mature leaves (old leaves) associated to the nodes with fruits, since they are the source leaves. This research was carried out with the objective of evaluating two methodologies to quantify the redistribution, to identify the fruiting phase that the process is significant and also, if the fruit load interferes with the redistribution. The work was carried out at Fazenda São João, in Presidente Olegário - MG. Four fruit loads (0%, 30%, 60% and 100%) were simulated between phenological phases: small green (CH) - expansion (EX), expansion (EX) - seed- filling (GR), seed-filling (GR) - maturation (MT) and small green (CH) - maturation (MT). Redistribution of nutrients (N, P, K, Mg and Zn) was calculated based on the methodology of Maillard and Zhao. The largest redistributions of N, P, K, Mg and Zn for the methodology of Maillard occurred between the GR-MT phases; while for the methodology of Zhao the greatest N redistribution occurred between the GR-MT, K, Mg and Zn phases between the CH-EX and P phases between EX-GR. For the fruit load, the highest redistribution of N, P and Mg occurred in the absence of fruits and Zn with 100% of the fruits present (Maillard), while for the methodology of Zhao the redistribution of N and K was greater in the presence of 100% of the fruits; P and Mg at 60% fruit load and Zn when there were 30% fruits in the plants. Pending fruit loads and fruiting phases influenced nutrient redistribution. The most redistributed nutrient was K and the largest redistribution phase occurred between the period of granation and maturation. Of the methodologies evaluated in the essay, the use of Maillard\'s methodology is recommended.
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