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O desacordo em uma reunião de trabalho: funções discursivasFernandes, Lindinalva Zagoto 23 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Disagreement in oral interaction has been studied by researchers from several fields of knowledge and in different contexts. Some investigate its occurrence in casual conversation, others are concerned about disagreement in institutional talk. In Brazil, the existing studies are restricted to analyses of the organizational structure of disagreement and its position in the conversation. However, to my knowledege, except for Pertaki´s research (2005), no other proposal has dealt with examining the role played by discourse disagreement within communicative purpose. The disagreement study in daily conversations has been associated with the conversation analysis research (POMERANTZ 1984), as well as the Politeness Theory (BROWN and LEVINSON 1987). Both approaches show differences between them, but there are convergent points between them: both accept the fact that conversational exchanges strive to maintain and increase the complicity among the participants involved. However, this objective seems to happen in the conversation-among-peers data, but not in other contexts. On the other hand, the extent of face threat or dispreference involved therein is, indubitably, connected to the demands of the situational and cultural contexts of the speech event in which the act occurs (BLUM-KULKA 1997; REES-MILLER 2000). As a contribution to this study, this research examines 1043 conversational interlocutions that occurred in a meeting containing eight members of a real estate brokerage firm, in order to analyze the discourse function of the disagreement in the context of power institutionally. The study has the theoretical-methodological and interdisciplinary support formed by Conversation Analysis assumptions, Theory of Politeness (BROWN; LEVINSON, 1987), Critical Linguistics, (FOWLER et al., 1979) and Systemic Functional Linguistics (HALLIDAY, 1994; 2004). The analyses show complex sequences of disagreement made implicitly and explicitly, according to the legitimization of professional identity; the defense of personal interests and dissatisfaction with the working philosophy of the company / O desacordo na interação oral tem sido objeto de estudo de pesquisadores de várias áreas do conhecimento e em diferentes contextos. Alguns investigam sua ocorrência na conversa casual; outros se preocupam com o desacordo na conversa institucional. No Brasil, os trabalhos existentes se restringem a análises da estrutura organizacional do desacordo e sua posição na conversa. Porém, pelo que nos consta, a não ser o trabalho de Petraki (2005), nenhuma proposta tem se preocupado em examinar a função discursiva desempenhada pelo desacordo no propósito comunicativo. O estudo do desacordo tem sido associado ao trabalho de Análise da Conversa (POMERANTZ 1984), bem como à Teoria da Polidez (BROWN e LEVINSON 1987). As duas abordagens apresentam diferenças entre si, mas há pontos de convergência entre elas: ambas aceitam o fato de que as trocas conversacionais esforçam-se para manter e aumentar a cumplicidade entre os participantes envolvidos. Porém, essa meta parece acontecer nos dados na conversa entre íntimos, mas não em outros contextos. Por outro lado, o grau de ameaça-a-face ou de despreferência aí envolvidos está, de modo inegável, ligado às exigências do contexto situacional e cultural do evento da fala em que o ato ocorre (BLUM-KULKA 1997; REES-MILLER 2000). Como forma de contribuir para esse estudo, esta pesquisa examina 1043 interlocuções conversacionais, ocorridas em uma reunião de trabalho entre oito membros de uma empresa de corretagem de imóveis, a fim de analisar a função discursiva do desacordo, num contexto de poder atribuído institucionalmente. O estudo tem o suporte teórico-metodológico interdisciplinar formado pelos pressupostos da Análise da Conversa; da Teoria da Polidez (BROWN; LEVINSON, 1987); da Linguística Crítica (FOWLER et al., 1979); e da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; 2004). As análises mostram sequências complexas de desacordo, realizadas de forma explícita e implícita, em função da legitimação de identidade profissional; da defesa de interesses pessoais; e da insatisfação com a filosofia de trabalho da empresa
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