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Uso da terra e relações de dependência com o ambiente nas planícies fluviais da sub-bacia do rio Cangati-CELucia Brito da Cruz, Maria 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico / Neste trabalho busca-se analisar e avaliar a sub-bacia do rio Cangati - CE, de forma a
identificar e mapear a sua capacidade de sustentabilidade quanto ao uso dos recursos naturais,
caracterizar as potencialidades e limitações da utilização de suas planícies fluviais, definindo
os limites das unidades de paisagens da área estudada, caracterizando seus componentes
ambientais, avaliando o potencial de uso e o conflito quanto à aplicabilidade da legislação
ambiental pertinente, identificando os impactos e os efeitos das ações antrópicas, avaliando as
condições ecodinâmica da paisagem em função do balanço entre os processos morfogenético
e pedogenéticos, bem como o estado atual de degradação/conservação dos solos, dos recursos
hídricos e da cobertura vegetal em precisão compatível com a escala do mapeamento
(1:100.000). A base teórico-metodológica apoiou-se na Teoria Geral dos Sistemas, com base
na análise geossistêmica, a partir do levantamento de dados bibliográficos teóricos
conceituais, geocartográficos fazendo uso dos dados de sensoriamento remoto tais como:
ortofotocartas e imagens de satélite para geração e atualização de dados e empíricos
associados com atividades in loco de reconhecimento da realidade dos aspectos fisiográficos e
socioambientais da sub-bacia do rio Cangati, a partir dos quais, montou-se um banco de dados
geográficos que proporcionou a geração de mapas, cálculos de áreas, gráficos e perfis. Os
resultados estão dispostos em capítulos que tratam diretamente dos objetivos propostos
permitindo concluir que as planícies fluviais ocorrem indistintamente, como feições azonais,
ocupando faixas com larguras variadas do alto, médio ao baixo curso, nos diferentes setores
dos compartimentos geomorfológicos do semiárido do Nordeste brasileiro. Constituem as
faixas de acumulação aluvial das planícies nos baixos cursos d água. As aluviões são
compostas de areias finas e médias, com cascalhos, siltes, argilas e eventuais ocorrências de
matéria orgânica em decomposição. Apesar da intermitência sazonal dos rios que formam as
suas respectivas planícies, é bom o potencial dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
A drenagem imperfeita, ao lado do encharcamento excessivo de água durante a estação
chuvosa, constitui os principais fatores limitantes ao uso em suas planícies. Ha predominância
dos Planossolos ao longo das planícies, que são solos de rasos a medianamente profundos,
têm drenagem imperfeita e são susceptíveis a encharcamentos sazonais e à erosão. Têm de
baixa a média condições de fertilidade natural e problemas de salinização, constituindo um
dos fatores de impacto no uso excessivo da área. As planícies fluviais são ambientes típicos
das matas ciliares, onde a carnaúba (Copernicia prunifera) é a espécie mais frequente, associando-se a outras plantas de porte arbóreo e herbáceas. Constata-se que, o desmatamento
e a ocupação das margens, a expansão do uso em direção às nascentes, vem promovendo a
desqualificação ambiental do na área da sub-bacia em especial aos aspectos dos recursos
hídricos considerando o ambiente do semi-árido brasileiro. Dessa forma, representa as perdas
de suas características ambientais, as quais dizem respeito, principalmente a sua contribuição
com o abastecimento hídrico. A ausência de políticas públicas na área que favoreça a retenção
de água no período de chuvas minimizando as perdas controlando os extremos com as cheias
e secas possibilitando melhores condições de vida para a população local. Foi possível,
portanto, concluir da importância da pesquisa na área da sub-bacia do rio Cangati por se tratar
de habitat natural e uma unidade de planejamento que permitiu à identificação dos níveis de
dependência socioambientais, os conflitos do uso (e sua ilegalidade) estabelecidos pela
legislação ambiental conforme resolução do CONAMA 303, que define como Área de
Proteção Permanente (APP), objeto e proposição de tese na caracterização da dependência e
proposta de mudanças na legislação ambiental pertinente, no sentido de que esta deve
considerar as particularidades regionais na sua aplicabilidade, tornando-se possíveis a
conservação da natureza e a manutenção das diferentes formas de sobrevivência dos
habitantes do semiárido brasileiro
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