Diversos estudos florísticos vem sendo realizados nos campos rupestres; entretanto, a vegetação dos afloramentos rochosos é pouco estudada, pois a maior parte das pesquisas tem focado áreas campestres. Nessa perspectiva, um estudo florístico foi realizado em sete afloramentos rochosos na Serra do Cipó, no estado de Minas Gerais. Com base em uma imagem de satélite, foi traçada uma parcela de 500 x 500 m, e os afloramentos rochosos contidos nessa parcela foram selecionados como áreas de estudo. Tais afloramentos estão divididos em quatro pontos, distando 5 km entre si pela rodovia MG 010; um desses pontos, formado por dois afloramentos, situa-se no interior do Parque Nacional da Serra do Cipó. Todas as plantas com flores que ocorriam nessas áreas foram coletadas, e um total de 55 famílias e 307 espécies foram identificadas. As análises de similaridade da composição florística indicaram uma maior similaridade em afloramentos em um mesmo ponto. O solo dos afloramentos estudados apresentou as mesmas características de solos de outros afloramentos rochosos já documentados na literatura. Comparações entre os dados obtidos no presente estudo e da Flora brasileira ameaçada de extinção e da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais evidenciaram 56 espécies diferentemente listadas como ameaçadas. Além disso, 22 espécies encontradas nos afloramentos rochosos estudados foram identificadas como espécies raras. Por fim, novas contribuições também foram feitas para a Flora Vascular do Cerrado e a Flora da Serra do Cipó, pois foram reveladas espécies ausentes nesses trabalhos. Esses resultados podem ter sido causados por problemas de sub-amostragem, especialmente das espécies herbáceo-subarbustivas, uma vez que estudos da estudos da flora herbáceo-arbustiva são mais propensos a enviesamentos causados por esse tipo de problema. Áreas de campos rupestres são caracterizadas por diversos microhabitats, entretanto, faltam estudos voltados para suas delimitações. Com base nos resultados de análises multivariadas empregando dois métodos (UPGMA e DCA), esse estudo analisou as relações de similaridade florística entre os afloramentos rochosos estudados na Serra do Cipó e 23 áreas de Cerrado (sensu lato e sensu stricto), e também entre aqueles e outras 35 localidades com afloramentos rochosos. As análises incluíram todos os componentes da vegetação. Os resultados variam de acordo com a análise e com os dados utilizados, mas evidenciam a necessidade de delimitação dos habitats para embasar uma comparação mais refinada entre diferentes localidades. / Several floristic studies have been carried out on campos rupestres on the past years; however, the rock outcrop vegetation is still understudied, for most of the surveys have mainly focused on grassland areas. In this perspective, a floristic study was carried out on seven rock outcrops on Serra do Cipó, in Minas Gerais state. Based on a satellite image, a parcel with 500 x 500 m was assembled, and the rock outcrops within this parcel were selected as study areas. These outcrops are divided into four subareas, which are five kilometers apart from each other, along the MG 010 road; one of these subareas, containing two outcrops, was located within the boundaries of Parque Nacional da Serra do Cipó. All flowering plants occurring on the rock outcrops were collected, and a total of 55 families and 307 species were identified. The floristic composition similarity analyses indicated a higher similarity between rock outcrops within the same subarea. Soil from the studied areas presented the same characteristics documented by studies carried out on other rock outcrops. Comparisons between data from the present study and from Flora brasileira ameaçada de extinção e da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais showed that 56 species are differently listed under threatened categories. Also, 22 species occurring on the studied rock outcrops were identified as rare species. Furthermore, the present floristic study contributed to Flora Vascular do Cerrado and to Flora da Serra do Cipó, given that some species were absent in these treatments. These results might have been caused by sub-sampling problems, especially of herbaceous and subshrubby species, as studies with herbaceous and subshrubby flora are more likely to be biased by this kind of problem. Campos rupestres areas are characterized by several microhabitats; however, studies focusing on their delimitation are lacking. Based on the results of multivariate analyses using two methods (UPGMA and DCA), this study analyzed the relationships of floristic similarity between the rock outcrops studied in Serra do Cipó and 23 Cerrado areas (sensu lato e sensu stricto), and also between those and another 35 localities with rock outcrops. The analyses included all components of vegetation. Results varied according to the method and data employed, yet they strengthen the need of delimiting the habitats to allow a more precise comparison between different localities.

Diversos estudos florísticos vem sendo realizados nos campos rupestres; entretanto, a vegetação dos afloramentos rochosos é pouco estudada, pois a maior parte das pesquisas tem focado áreas campestres. Nessa perspectiva, um estudo florístico foi realizado em sete afloramentos rochosos na Serra do Cipó, no estado de Minas Gerais. Com base em uma imagem de satélite, foi traçada uma parcela de 500 x 500 m, e os afloramentos rochosos contidos nessa parcela foram selecionados como áreas de estudo. Tais afloramentos estão divididos em quatro pontos, distando 5 km entre si pela rodovia MG 010; um desses pontos, formado por dois afloramentos, situa-se no interior do Parque Nacional da Serra do Cipó. Todas as plantas com flores que ocorriam nessas áreas foram coletadas, e um total de 55 famílias e 307 espécies foram identificadas. As análises de similaridade da composição florística indicaram uma maior similaridade em afloramentos em um mesmo ponto. O solo dos afloramentos estudados apresentou as mesmas características de solos de outros afloramentos rochosos já documentados na literatura. Comparações entre os dados obtidos no presente estudo e da Flora brasileira ameaçada de extinção e da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais evidenciaram 56 espécies diferentemente listadas como ameaçadas. Além disso, 22 espécies encontradas nos afloramentos rochosos estudados foram identificadas como espécies raras. Por fim, novas contribuições também foram feitas para a Flora Vascular do Cerrado e a Flora da Serra do Cipó, pois foram reveladas espécies ausentes nesses trabalhos. Esses resultados podem ter sido causados por problemas de sub-amostragem, especialmente das espécies herbáceo-subarbustivas, uma vez que estudos da estudos da flora herbáceo-arbustiva são mais propensos a enviesamentos causados por esse tipo de problema. Áreas de campos rupestres são caracterizadas por diversos microhabitats, entretanto, faltam estudos voltados para suas delimitações. Com base nos resultados de análises multivariadas empregando dois métodos (UPGMA e DCA), esse estudo analisou as relações de similaridade florística entre os afloramentos rochosos estudados na Serra do Cipó e 23 áreas de Cerrado (sensu lato e sensu stricto), e também entre aqueles e outras 35 localidades com afloramentos rochosos. As análises incluíram todos os componentes da vegetação. Os resultados variam de acordo com a análise e com os dados utilizados, mas evidenciam a necessidade de delimitação dos habitats para embasar uma comparação mais refinada entre diferentes localidades. / Several floristic studies have been carried out on campos rupestres on the past years; however, the rock outcrop vegetation is still understudied, for most of the surveys have mainly focused on grassland areas. In this perspective, a floristic study was carried out on seven rock outcrops on Serra do Cipó, in Minas Gerais state. Based on a satellite image, a parcel with 500 x 500 m was assembled, and the rock outcrops within this parcel were selected as study areas. These outcrops are divided into four subareas, which are five kilometers apart from each other, along the MG 010 road; one of these subareas, containing two outcrops, was located within the boundaries of Parque Nacional da Serra do Cipó. All flowering plants occurring on the rock outcrops were collected, and a total of 55 families and 307 species were identified. The floristic composition similarity analyses indicated a higher similarity between rock outcrops within the same subarea. Soil from the studied areas presented the same characteristics documented by studies carried out on other rock outcrops. Comparisons between data from the present study and from Flora brasileira ameaçada de extinção e da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais showed that 56 species are differently listed under threatened categories. Also, 22 species occurring on the studied rock outcrops were identified as rare species. Furthermore, the present floristic study contributed to Flora Vascular do Cerrado and to Flora da Serra do Cipó, given that some species were absent in these treatments. These results might have been caused by sub-sampling problems, especially of herbaceous and subshrubby species, as studies with herbaceous and subshrubby flora are more likely to be biased by this kind of problem. Campos rupestres areas are characterized by several microhabitats; however, studies focusing on their delimitation are lacking. Based on the results of multivariate analyses using two methods (UPGMA and DCA), this study analyzed the relationships of floristic similarity between the rock outcrops studied in Serra do Cipó and 23 Cerrado areas (sensu lato e sensu stricto), and also between those and another 35 localities with rock outcrops. The analyses included all components of vegetation. Results varied according to the method and data employed, yet they strengthen the need of delimiting the habitats to allow a more precise comparison between different localities.

Traditionally New Zealand ecological research has focused on nature outside of cities, however, as with global trends, there is now more interest being given to the ecological functioning of cities and the potential they may hold for protecting native biodiversity. Traditionally, efforts to maintain biodiversity in urban areas have been restricted to remnants of native vegetation and restoration activities. Little attention has been given to how native biodiversity could be woven into the urban fabric in an ecologically meaningful way. One option, that is receiving much attention overseas, is to recruit underutilised urban spaces such as wasteland. A subset of urban wasteland, abandoned industrial areas usually awaiting development and other areas such as the railway buffer, are referred to here as greyfield. These are ephemeral sites that may sit between uses for as little as a few months to many years. Overseas, particularly in European countries, these have been recognised as important habitat for both native and introduced plant species. In New Zealand cities these support primarily introduced plants and their contribution to native biodiversity has been unknown. This thesis took an interdisciplinary approach to the question of whether urban greyfields might have potential value as biodiversity protection and conservation opportunity. Ecological methods were combined with an assessment of the planning framework to answer this question. iii Greyfields in Christchurch, New Zealand were surveyed to determine their current contribution to native biodiversity and whether they may act as urban analogues of natural habitats. Overseas research has shown that urban features such as pavements, walls and rooftops offer habitats analogous to cliffs and rocky habitats. Cities are therefore increasing the habitat exploitable by species whose natural habitats are geographically restricted. The Christchurch greyfields were assessed for their potential to act as analogues of four habitat types that have been categorised as historically rare in New Zealand: braided riverbeds, shingle beaches, rock outcrops and limestone outcrops. The findings suggest that urban greyfields, if managed appropriately, have the potential to support a wider range of native species Planning documents and biodiversity strategies written for Christchurch were assessed to see how well they facilitated non-traditional biodiversity enhancement initiatives, specifically the greyfield network for native biodiversity. A major finding here was a lack of information on how to enhance biodiversity where little of the natural features of the landscape were left and that this was creating a barrier to adopting more integrative approaches to enhancing native biodiversity. Finally, a plan to create a greyfield network for native biodiversity is proposed and suggestions are made as to minor changes to the planning framework that would more easily facilitate the uptake of novel biodiversity enhancement initiatives in the City.