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Invaginação intestinal em crianças menores de um ano de idade : perfil clínico-epidemiológico antes e após a introdução da vacina oral contra rotavírus no calendário básico de vacinação brasileiro

Renoiner, Ernesto Isaac Montenegro 04 September 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-01-03T14:06:09Z No. of bitstreams: 1 2012_ErnestoIsaacMontenegroRenoiner.pdf: 3336564 bytes, checksum: 400f21576a1df7d861b1fbc16d2be16b (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-01-22T13:34:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_ErnestoIsaacMontenegroRenoiner.pdf: 3336564 bytes, checksum: 400f21576a1df7d861b1fbc16d2be16b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-22T13:34:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_ErnestoIsaacMontenegroRenoiner.pdf: 3336564 bytes, checksum: 400f21576a1df7d861b1fbc16d2be16b (MD5) / Estudos relataram associação temporal de invaginação com a primeira dose da vacina Rotashield nos Estados Unidos e no México com a Rotateq; no Brasil esta associação ocorreu com a segunda dose da Rotarix. Para entender o comportamento da invaginação intestinal foi realizado estudo com o objetivo de descrever clínico-epidemiologicamente os casos de invaginação intestinal em menores de um ano, antes e após a introdução da vacina contra o rotavírus no Brasil. Realizado estudo epidemiológico com dois componentes: Estudo ecológico descritivo do comportamento dos coeficientes de incidência, mortalidade e letalidade da invaginação intestinal e da cobertura vacinal contra rotavírus; e descritivo de coorte clínica, para caracterizar o perfil clínico e epidemiológico da invaginação intestinal por tempo, lugar e pessoa e, descrever a evolução clínica. O estudo ecológico foi conduzido com dados notificados ao Sistema de internações Hospitalares e ao Sistema de Informações sobre Mortalidade nas 27 unidades federadas. A coorte clínica estudou casos internados em sete Unidades Federadas em 53 hospitais sentinelas para invaginação. Nestes, na etapa de análise antes da introdução da vacina foram utilizados registros dos centros cirúrgicos, Unidade de Terapia Intensiva e enfermarias de internação de cirurgia pediátrica. Para o período posterior à introdução da vacina, o estudo foi conduzido no período de 2007 a 2009 e os dados foram coletados por entrevistas com os responsáveis pelas crianças. Para comparar a incidência por doses aplicadas da vacina foram utilizados dados de Sistema de informações do Programa Nacional de Imunizações. A fonte populacional foi o Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos. De 2000 a 2010, no Brasil, os coeficientes médios de incidência, de mortalidade e de letalidade foram, respectivamente de 0,61/10.000NV, de 0,66/100.000NV e de 10,8%. Quanto ao perfil clinico-epidemiológico no período posterior à vacina, predominou o sexo masculino 228/401 (57%), a faixa etária mais acometida foi a de quatro a sete meses, com mediana de seis meses; quanto à instrução das mães, 45,9% tinham menos de oito anos de estudo e 79,6% ganhavam até R$ 588,00; 57,4% das crianças tiveram mais de dois atendimentos médicos e 37% delas foram tratadas após 48 horas do início dos sintomas. Quanto à apresentação clínica, mais de 50% das crianças tiveram vômitos biliosos, 81,3%, eliminação de fezes com sangue e 78,1%, dor abdominal. O tratamento cirúrgico foi realizado em 95% dos casos, sendo 46,4% com ressecção. A média, em dias, desde o inicio dos sintomas ate o tratamento foi de 2,4 dias; para tratamento por enema 1,7 dias; cirurgia sem ressecção foi de 2,1 dias e para cirurgia com ressecção foi de 3,3 dias. Identificados 18 óbitos, nos quais a média, em dias, entre o início dos sintomas e o tratamento foi de 4,4 dias com 100% de tratamento cirúrgico. No período anterior ao uso da vacina, o perfil dos casos foi similar. Em conclusão, este é o primeiro estudo brasileiro que descreve clínico-epidemiologicamente casos de invaginação intestinal com dados nacionais. Observam-se dificuldades para o diagnóstico e tratamento oportunos da invaginação, o que contribui para maior gravidade e risco de óbito. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Brazil introduced the rotavirus vaccine in 2006. Studies have demonstrated a temporal association between intussusception and receipt of the rotavirus vaccine (Rotashield® in the United States, Rotateq® in the Mexico; Rotarix® in Brazil). To better understand intestinal intussusception, a study was carried out with the objective of describing the clinical-epidemiologic characteristics of cases of intussusception in children less than one year of age, before and after introduction of the rotavirus vaccine in Brazil. The epidemiological study had two components: ecological descriptive study of rates of intestinal intussusception incidence, mortality and lethality, and rotavirus vaccine coverage; and descriptive study of a clinical cohort, to characterize the epidemiological and clinical profile of intestinal intussusception with regards to time, place and person and to describe the clinical progression. The ecological study was carried out with data reported to the System of Hospital admissions and to the System of Information about Mortality in the 27 federal units. The clinical cohort included cases hospitalized in seven federal units in 53 hospitals that are sentinel surveillance sites intussusception. From these, records of the surgical centers, intensive care units and pediatric surgery admission wards were used for the phase of analysis before of the introduction of the vaccine were utilized. For the period after the introduction of the vaccine, the study was carried out from 2007 to 2009 and the data were collected by interviews with the parents/guardians of the infants. To compare the incidence rates by number of vaccines doses, data from the Information System of the National Program of Immunizations were utilized. The source of population data was the System of Information about Live Births. From 2000 to 2010, in Brazil, the average rates for incidence, mortality and lethality were, respectively 0,61/10.000 live births, 0,66/100.000 live births and of 10,8%. Regarding in clinical-epidemiological profile following vaccine introduction, male sex predominated 228/401 (57%), the age group most affected was from four to seven months, with a median age of six months; regarding maternal education level, 45.9% had less than eight years of schooling and 79.6% earned R$ 588.00 or less; 57.4% of the infants had medical attention more than twice and 37% of them were treated more than 48 hours after symptom onset. Regarding the clinical presentation, over 50% of the infants had bilious vomiting, 81,3%, had blood in their stool and 78,1% had abdominal pain. Surgical management was carried out in 95% of the cases, with 46.4% having resection. On average, time from symptom onset to treatment was 2.4 days in days; for enema management it was 1.5 days; for surgery without resection it was 2.1 days and for surgery with resection it was 3.1 days. There were 18 deaths with an average time from symptom onset to treatment of 4.4 days and 100% were managed surgically. In pre-vaccine period, the characteristics of cases were similar. In conclusion, this is the first Brazilian study that describes clinical-epidemiologic characteristics of intestinal intussusception using national data. Difficulties with diagnosis and prompt management of intussusception were noted, which contribute to greater severity and great risk of death.

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