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Identificação de mutações associadas à Síndrome Aurículo-Condilar / Identification of mutated alleles associated with Auriculo-Condylar SyndromeTavares, Vanessa Luiza Romanelli 07 July 2011 (has links)
A síndrome aurículo-condilar (ACS) apresenta um modelo de herança autossômica dominante e é principalmente caracterizada por malformações auriculares, articulação temporomandibular anormal e hipoplasia do côndilo e da mandíbula. Devido às estruturas acometidas, é considerada uma patologia de primeiro e segundo arcos faríngeos. Com somente alguns casos clínicos descritos na literatura, o gene causador da ACS não é conhecido. Estudos recentes de nosso grupo mapearam o primeiro lócus associado à síndrome, 1p21.1-q23.3 (família ACS1), enquanto que na segunda família estudada por nós (ACS2), não houve evidência de ligação com os marcadores desta região, sugerindo heterogeneidade genética a esta doença. Nossos principais objetivos no presente trabalho foram: identificar o gene responsável por ACS1 e mapear o lócus associado à ACS2. Para o estudo de ACS1, dada a grande extensão da região candidata, com aproximadamente 1004 genes, utilizamos uma abordagem alternativa: análise de transcriptoma durante a diferenciação condrogênica a partir de células-tronco mesenquimais para seleção e subseqüente seqüenciamento de genes candidatos. Através do estudo de expressão gênica entre controle e paciente ACS1, selecionamos e realizamos o seqüenciamento de dois genes. Não detectamos nenhuma alteração patogênica nestes genes e, portanto, é pouco provável que um destes seja responsável pela ACS1. Já na família com ACS2, através de estudo de ligação com uso de microarrays de SNP e marcadores microssatélites, mapeamos o segundo lócus associado à ACS. Estudos complementares estão sendo realizados para a identificação dos alelos causadores de ACS1 e ACS2. Estes resultados, além de sua importância para o aconselhamento genético, poderão contribuir para a compreensão do desenvolvimento embrionário das estruturas acometidas nessa síndrome. / The auriculo-condylar syndrome is an autosomal dominant disease characterized by malformed ears, abnormal temporomandibular joint and condyle and mandible hypoplasia. It is considered a syndrome of the first and second pharyngeal arches. With only a few clinical cases reported in the literature, the gene that causes ACS is not known. Recent studies from our group mapped the first locus associated to the syndrome, 1p21.1-q23.3 (ACS1 family), while in the second family studied by us (ACS2), there was no evidence of linkage with this region, suggesting genetic heterogeneity of this disease. Our main objective in this study was to identify the gene responsible for ACS1 and map the locus associated to ACS2. In the study of ACS1, given the large extent of the candidate region, with approximately 1004 genes, we used an alternative approach: transcriptome analysis during chondrogenic differentiation of stem cells of a patient and a control for screening and subsequent sequencing of candidate genes. The two genes selected through this strategy were sequenced in ACS1 patients, however, not pathogenic mutation was identified. Therefore, it is very unlikely that mutations in these genes are causative of ACS1. In the family with ACS2, through linkage study using SNP microarray and microsatellite markers, we mapped the second locus associated to ACS. Additional studies are being conducted in order to identify the alleles causing ACS1 and ACS2. These results will not only contribute to a better genetic counseling for families with ACS but they will also contribute to the understanding of the embryonic development of the structures affected in this syndrome.
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Identificação de novas variantes causativas e investigação da heterogeneidade clínica da Síndrome aurículo-condilar / Identification of novel causative variants and investigation of clinical heterogeneity of Auriculocondylar SyndromeTavares, Vanessa Luiza Romanelli 30 March 2016 (has links)
Considerada uma doença de primeiro e segundo arcos faríngeos (FaSPAD), a Síndrome Aurículo-Condilar (ACS) apresenta como principais características micrognatia, malformação auricular típica chamada de question mark ear (QME) e hipoplasia do côndilo mandibular. Variabilidade clínica inter e intrafamiliar, bem como heterogeneidade genética são observadas na ACS. A doença segrega tanto de maneira autossômica dominante quanto recessiva. Variantes patogênicas tem sido identificadas em GNAI3, PLCB4 e EDN1 como responsáveis pela maioria dos casos investigados. Ainda, estudos não publicados do nosso grupo sugerem a ocorrência de um quarto locus causativo de ACS. No presente trabalho tivemos por objetivo identificar as variantes causativas de ACS em casos anteriormente descritos e casos ainda não reportados e nos propusemos a investigar a heterogeneidade clínica da ACS. Identificamos variantes patogênicas nos genes PLCB4 e GNAI3 em 5 de 6 casos de ACS. No caso restante (1⁄6), restringimos o quarto locus candidato a conter variante causativa de ACS. Estudos adicionais estão sendo realizados afim de identificá-la. Sugerimos também que todas as variantes em GNAI3, aqui e anteriormente descritas, interfiram direta ou indiretamente com a ligação GDP⁄GTP, agindo com um mecanismo dominante negativo. Além disso, nossas observações clínicas mostram que alterações auriculares não-específicas não são sugestivas de ACS e que, devido à grande variabilidade clínica da doença, é importante avaliar em detalhe parentes de primeiro grau do probando. Também, alterações extra-craniofaciais foram vistas em pacientes com mutações missense em heterozigose em PLCB4 e sugerimos a atenção dos geneticistas clínicos para tais achados / Considered as a first and second pharyngeal arch disease (FaSPAD), the Auriculocondylar Syndrome (ACS) presents with micrognathia, a typical ear malformation called question mark ear (QME), and mandibular condyle hypoplasia as main features. Intra and inter-familial clinical variability as well as genetic heterogeneity are observed in ACS. The disease segregates in both autosomal dominant and recessive manner. Pathogenic variants have been identified in GNAI3, PLCB4, and EDN1 in the majority of the investigated cases. Furthermore, non-published studies of our group indicate a fourth locus associated with ACS. In the present study, our aim was to identify the causative variants of ACS in previously and not reported cases and also to investigate the clinical heterogeneity of ACS. We identified pathogenic variants in PLCB4 and GNAI3 in 5 out of 6 ACS cases. In the remaining case (1⁄6), we narrow down the fourth candidate region to contain causative variant of ACS. Additional studies are being conducted to identify it. We also hypothesized that all GNAI3 variants, herein and previously described, interfere with the GDP⁄GTP binding, acting through a dominant negative mechanism. Furthermore, our clinical observations lead us to conclude that non-specific ear malformations are not suggestive of ACS and that, due to the great clinical variability, it is important to evaluate in detail the first-degree relatives of the proband. Moreover, extra-craniofacial alterations were found in a patient with PLCB4 heterozygous pathogenic variant, and we advise clinical geneticists to be aware about such findings
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