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O conceito de ser-impróprio e a angústia como caminho para um ser autêntico : pensando uma ética em Heidegger

Francisco, Elisney Dias January 2017 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Fernando Costa Mattos / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, São Bernardo do Campo, 2017. / O presente trabalho tem como ponto de partida a constituição existencial do Dasein que, factualmente, está lançado no mundo e aí deve constituir-se em forma de projeto, possibilidade. Heidegger não pensa o ser humano senão radicado no mundo e, por isso, todas as relações que envolvem a existência humana acontecem a partir do momento em que esta é lançada ao mundo. Por estar lançado no mundo, o Dasein mistura-se com as coisas e os entes simplesmente dados, "perdendo" sua autenticidade e assumindo um ser-impróprio. A perspectiva de uma leitura ética na análise existencial do ser humano ¿ Dasein ¿ como ser-no-mundo, desvela uma ética originária. Não uma ética das normas, deveres e prescrições. Mas uma ética da responsabilidade. O Dasein tem que responder por aquele que é. Enquanto essencialmente livre, ele é responsável por seu próprio ser, ou seja, ele é cuidado. O ser humano ou Dasein é essencialmente poder-ser como liberdade. Diante dessa facticidade, Heidegger aponta a angústia como "sentimento" responsável por revelar ao Dasein o seu ser autêntico, próprio, aberto e consciente do fato de que é um ser-para-morte, e que sua constituição, enquanto um ser que aí está, deve ser sempre em forma de projeto, sempre aberta às possiblidades que a existência lhe oferece. Existir, para o Dasein que encontra o ser autêntico, é nunca estar fechado. / The present paper has as its starting point the existential constitution of the Dasein that, factually, is launched in the world and there must be constituted as a project, a possibility. Heidegger does not think the human being unless rooted in the world and therefore all the relationships that involve human existence happen from the moment it is launched into the world. By being cast into the world, Dasein mixes up with things and entities simply given, "losing" its authenticity and assuming a being-improper. The perspective of an ethical reading in the existential analysis of the human being - Dasein - as being-in-the-world, reveals an original ethics. Not an ethic of norms, duties, and prescriptions, but an ethics of responsibility. Dasein has to answer for who it is. While essentially free, it is responsible for his own being, that is, it is care. The human being or Dasein is essentially power-being as freedom. Faced with this facticity, Heidegger points to anguish as a "feeling" responsible for revealing to Dasein its authentic, selfopened, conscious being of the fact that it is a being-to-death, and that its constitution, as a being there , Must always be in the form of a project, always open to the possibilities that existence offers. To exist, for the Dasein who finds the authentic being, is never to be closed.

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