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O Agricultor Familiar no Processo de Modernização Agrária do Uruguai: Estudo de Caso na Região de Salto / O agricultor familiar no processo de modernização agrária do Uruguai: estudo de caso na região de SaltoCabrera, Juan Ignacio Romero 30 September 1998 (has links)
A modernização operada no Uruguai, constituída pela integração agro-industrial e pela formação de complexos agroindustriais, é um reflexo do que ocorreu nos países mais desenvolvidos na matéria. A agroindústria foi em grande parte a portadora das mudanças na agricultura, indicando quando, como, quanto e onde produzir e orientando as características técnicas e econômicas dos setores envolvidos. Essas mudanças geraram um processo de transformação de um sistema dominante de produzir e distribuir para um sistema que implica uma nova estruturação social, o que leva a transformações nas classes sociais agrárias e em seus padrões de conduta. Devido às características no uso dos recursos básicos, é possível ter-se na agricultura diversas combinações de fatores de produção e diferentes formas de organização social. Essas combinações de fatores, associadas a formas específicas de organização social, levam à formação de complexos culturais ligados à produção agrícola. As aludidas mudanças que se processaram na forma de produzir e na forma de adaptar-se à industrialização agrícola indicariam a emergência de uma nova forma de organização técnica, econômica, financeira, gerencial e cultural na produção agrícola. Essa nova organização e adaptação produtiva por parte dos agentes sociais da agricultura redimensiona seus problemas pois não os elimina, mas antes os coloca em outra dimensão pelo que se torna necessário redefiní-los. Entre esses agentes sociais envolvidos encontra-se o produtor familiar, o que leva a refletir sobre sua identidade conceitual no momento em que passa a fazer parte desse processo de modernização agrária. A questão central que nos propomos discutir pode ser resumida na seguinte pergunta: ?que dimensão e que fatores devem ser analisados dos agricultores familiares que formam parte de uma produção agrícola de perfil capitalista?? Entendemos que a existência de especificidades não pode ser encarada como atributo exclusivo da agricultura, a ponto de ser estudada como uma situação anômala da dinâmica capitalista. As especificidades existem para qualquer setor e são exatamente a razão dos diferentes comportamentos que, sem dificuldades, podem ser encontrados na economia capitalista. Nem as especificidades da agricultura devem ser encaradas como um problema do capital, nem tampouco têm utilidade analítica se consideradas apenas na sua dimensão mais geral, das condições naturais que escapam ao controle do capital. A agricultura não é um corpo único e de comportamento homogêneo. As especificidades dos diversos mercados agrícolas, essas sim importantes para se compreender a riqueza de situações, e as diferentes condições concorrenciais, e de contextos socio-culturais diferentes e ricos no conteúdo de elementos que fornecem explicações não econômicas do processo de modernização e os agricultores familiares, são detectáveis, mas cuja importância analítica parece ter sido esquecida em razão de toda a tradição da economia e da sociologia rural. Não se quer aqui ignorar o tratamento específico que devem ter os fenômenos sociais agrícolas, desde que não seja para construir uma teoria particular do capitalismo na agricultura. / A modernização operada no Uruguai, constituída pela integração agro-industrial e pela formação de complexos agroindustriais, é um reflexo do que ocorreu nos países mais desenvolvidos na matéria. A agroindústria foi em grande parte a portadora das mudanças na agricultura, indicando quando, como, quanto e onde produzir e orientando as características técnicas e econômicas dos setores envolvidos. Essas mudanças geraram um processo de transformação de um sistema dominante de produzir e distribuir para um sistema que implica uma nova estruturação social, o que leva a transformações nas classes sociais agrárias e em seus padrões de conduta. Devido às características no uso dos recursos básicos, é possível ter-se na agricultura diversas combinações de fatores de produção e diferentes formas de organização social. Essas combinações de fatores, associadas a formas específicas de organização social, levam à formação de complexos culturais ligados à produção agrícola. As aludidas mudanças que se processaram na forma de produzir e na forma de adaptar-se à industrialização agrícola indicariam a emergência de uma nova forma de organização técnica, econômica, financeira, gerencial e cultural na produção agrícola. Essa nova organização e adaptação produtiva por parte dos agentes sociais da agricultura redimensiona seus problemas pois não os elimina, mas antes os coloca em outra dimensão pelo que se torna necessário redefiní-los. Entre esses agentes sociais envolvidos encontra-se o produtor familiar, o que leva a refletir sobre sua identidade conceitual no momento em que passa a fazer parte desse processo de modernização agrária. A questão central que nos propomos discutir pode ser resumida na seguinte pergunta: ?que dimensão e que fatores devem ser analisados dos agricultores familiares que formam parte de uma produção agrícola de perfil capitalista?? Entendemos que a existência de especificidades não pode ser encarada como atributo exclusivo da agricultura, a ponto de ser estudada como uma situação anômala da dinâmica capitalista. As especificidades existem para qualquer setor e são exatamente a razão dos diferentes comportamentos que, sem dificuldades, podem ser encontrados na economia capitalista. Nem as especificidades da agricultura devem ser encaradas como um problema do capital, nem tampouco têm utilidade analítica se consideradas apenas na sua dimensão mais geral, das condições naturais que escapam ao controle do capital. A agricultura não é um corpo único e de comportamento homogêneo. As especificidades dos diversos mercados agrícolas, essas sim importantes para se compreender a riqueza de situações, e as diferentes condições concorrenciais, e de contextos socio-culturais diferentes e ricos no conteúdo de elementos que fornecem explicações não econômicas do processo de modernização e os agricultores familiares, são detectáveis, mas cuja importância analítica parece ter sido esquecida em razão de toda a tradição da economia e da sociologia rural. Não se quer aqui ignorar o tratamento específico que devem ter os fenômenos sociais agrícolas, desde que não seja para construir uma teoria particular do capitalismo na agricultura.
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O maquinista de algodão no Rio Grande do Norte e o capital comercialClementino, Maria do Livramento Miranda 13 July 2018 (has links)
Orientador: Maria de Nazareth Baudel Wanderley / Dissertação (mestrado)-Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:11:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1985 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed / Mestrado / Mestre em Sociologia
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O serido e "os votos de porteira batida" : (um estudo monografico sobre o coronelismo no Rio Grande do Norte)Soares Neto, Cícero José Alves 08 June 1984 (has links)
Orientador: Decio Azevedo Marques de Saes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencia Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:13:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1984 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Sociologia
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A organização sindical dos trabalhadores rurais : contribuição ao estudo do caso do estado de São Paulo, entre 1954-1964Barros, Fatima Regina de 08 December 1986 (has links)
Orientador: Maria de Nazareth Baudel Wanderley / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:16:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1986 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed / Mestrado / Mestre em Sociologia
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A reprodução ampliada no processo de colonização : : o Projeto Canarana-Pioneiros Gauchos no Norte MatogrossenseRibeiro, Iselda Correa 20 November 1986 (has links)
Orientador: Maria de Nazareth Baudel Wanderley / Dissertação (mestrado)-Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:17:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1986 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed / Mestrado / Mestre em Sociologia
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O Agricultor Familiar no Processo de Modernização Agrária do Uruguai: Estudo de Caso na Região de Salto / O agricultor familiar no processo de modernização agrária do Uruguai: estudo de caso na região de SaltoJuan Ignacio Romero Cabrera 30 September 1998 (has links)
A modernização operada no Uruguai, constituída pela integração agro-industrial e pela formação de complexos agroindustriais, é um reflexo do que ocorreu nos países mais desenvolvidos na matéria. A agroindústria foi em grande parte a portadora das mudanças na agricultura, indicando quando, como, quanto e onde produzir e orientando as características técnicas e econômicas dos setores envolvidos. Essas mudanças geraram um processo de transformação de um sistema dominante de produzir e distribuir para um sistema que implica uma nova estruturação social, o que leva a transformações nas classes sociais agrárias e em seus padrões de conduta. Devido às características no uso dos recursos básicos, é possível ter-se na agricultura diversas combinações de fatores de produção e diferentes formas de organização social. Essas combinações de fatores, associadas a formas específicas de organização social, levam à formação de complexos culturais ligados à produção agrícola. As aludidas mudanças que se processaram na forma de produzir e na forma de adaptar-se à industrialização agrícola indicariam a emergência de uma nova forma de organização técnica, econômica, financeira, gerencial e cultural na produção agrícola. Essa nova organização e adaptação produtiva por parte dos agentes sociais da agricultura redimensiona seus problemas pois não os elimina, mas antes os coloca em outra dimensão pelo que se torna necessário redefiní-los. Entre esses agentes sociais envolvidos encontra-se o produtor familiar, o que leva a refletir sobre sua identidade conceitual no momento em que passa a fazer parte desse processo de modernização agrária. A questão central que nos propomos discutir pode ser resumida na seguinte pergunta: ?que dimensão e que fatores devem ser analisados dos agricultores familiares que formam parte de uma produção agrícola de perfil capitalista?? Entendemos que a existência de especificidades não pode ser encarada como atributo exclusivo da agricultura, a ponto de ser estudada como uma situação anômala da dinâmica capitalista. As especificidades existem para qualquer setor e são exatamente a razão dos diferentes comportamentos que, sem dificuldades, podem ser encontrados na economia capitalista. Nem as especificidades da agricultura devem ser encaradas como um problema do capital, nem tampouco têm utilidade analítica se consideradas apenas na sua dimensão mais geral, das condições naturais que escapam ao controle do capital. A agricultura não é um corpo único e de comportamento homogêneo. As especificidades dos diversos mercados agrícolas, essas sim importantes para se compreender a riqueza de situações, e as diferentes condições concorrenciais, e de contextos socio-culturais diferentes e ricos no conteúdo de elementos que fornecem explicações não econômicas do processo de modernização e os agricultores familiares, são detectáveis, mas cuja importância analítica parece ter sido esquecida em razão de toda a tradição da economia e da sociologia rural. Não se quer aqui ignorar o tratamento específico que devem ter os fenômenos sociais agrícolas, desde que não seja para construir uma teoria particular do capitalismo na agricultura. / A modernização operada no Uruguai, constituída pela integração agro-industrial e pela formação de complexos agroindustriais, é um reflexo do que ocorreu nos países mais desenvolvidos na matéria. A agroindústria foi em grande parte a portadora das mudanças na agricultura, indicando quando, como, quanto e onde produzir e orientando as características técnicas e econômicas dos setores envolvidos. Essas mudanças geraram um processo de transformação de um sistema dominante de produzir e distribuir para um sistema que implica uma nova estruturação social, o que leva a transformações nas classes sociais agrárias e em seus padrões de conduta. Devido às características no uso dos recursos básicos, é possível ter-se na agricultura diversas combinações de fatores de produção e diferentes formas de organização social. Essas combinações de fatores, associadas a formas específicas de organização social, levam à formação de complexos culturais ligados à produção agrícola. As aludidas mudanças que se processaram na forma de produzir e na forma de adaptar-se à industrialização agrícola indicariam a emergência de uma nova forma de organização técnica, econômica, financeira, gerencial e cultural na produção agrícola. Essa nova organização e adaptação produtiva por parte dos agentes sociais da agricultura redimensiona seus problemas pois não os elimina, mas antes os coloca em outra dimensão pelo que se torna necessário redefiní-los. Entre esses agentes sociais envolvidos encontra-se o produtor familiar, o que leva a refletir sobre sua identidade conceitual no momento em que passa a fazer parte desse processo de modernização agrária. A questão central que nos propomos discutir pode ser resumida na seguinte pergunta: ?que dimensão e que fatores devem ser analisados dos agricultores familiares que formam parte de uma produção agrícola de perfil capitalista?? Entendemos que a existência de especificidades não pode ser encarada como atributo exclusivo da agricultura, a ponto de ser estudada como uma situação anômala da dinâmica capitalista. As especificidades existem para qualquer setor e são exatamente a razão dos diferentes comportamentos que, sem dificuldades, podem ser encontrados na economia capitalista. Nem as especificidades da agricultura devem ser encaradas como um problema do capital, nem tampouco têm utilidade analítica se consideradas apenas na sua dimensão mais geral, das condições naturais que escapam ao controle do capital. A agricultura não é um corpo único e de comportamento homogêneo. As especificidades dos diversos mercados agrícolas, essas sim importantes para se compreender a riqueza de situações, e as diferentes condições concorrenciais, e de contextos socio-culturais diferentes e ricos no conteúdo de elementos que fornecem explicações não econômicas do processo de modernização e os agricultores familiares, são detectáveis, mas cuja importância analítica parece ter sido esquecida em razão de toda a tradição da economia e da sociologia rural. Não se quer aqui ignorar o tratamento específico que devem ter os fenômenos sociais agrícolas, desde que não seja para construir uma teoria particular do capitalismo na agricultura.
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Camponeses no BrasilCarvalho, João Carlos Monteiro de. January 1978 (has links)
Originally presented as the author's Thesis (mestrado em ciências sociais rurais), Universidade de São Paulo. / Includes bibliographical references (p. 120-125).
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O Brasil rural nas obras de Monteiro Lobato nas décadas de 1910 a 1930 /Silva, Luciana Meire da. January 2013 (has links)
Orientador: Celia Ferreira Tolentino / Banca: Alexandro Henrique Paixão / Banca: Aluísio Schumacher / Banca: Anderson Ricardo Trevisan / Banca: Mirian Cláudia Lourenção Simonetti / Resumo: Nesta pesquisa analisamos sociologicamente as obras de Monteiro Lobato, publicadas nas décadas de 1910 a 1930, como fontes importantes de interpretações das particularidades e especificidades da sociedade rural brasileira. Entendemos que Monteiro Lobato não se propôs a ser "sociólogo" como Alberto Torres, Oliveira Viana, entre outros, mas, nossa análise buscou em suas historietas, contos e crônicas uma "sociologia" do Brasil rural das décadas de 1910 a 1930. Embora o pensamento de Monteiro Lobato seja considerado regionalista, entendemos que em seus escritos há uma preocupação com o país como um todo. De modo que a civilização do café e a região do Vale do Paraíba podem ser paradigmáticas para pensar a Nação. Nesta tese tentamos demonstrar que Monteiro Lobato elaborou um projeto de país e o rural ocuparia um lugar importante nessa ideia de nação futura, o que nos faz pensá-lo como um importante intelectual da sociedade brasileira, defensor da modernização nos moldes racionais de aproveitamento das riquezas e dos recursos naturais. Monteiro Lobato, em seus escritos, trava intensos debates com a intelectualidade e o público leitor dos jornais, livros e revistas, e faz importantes referências ao contexto ideológico abrangente dos finais do século XIX e início do XX, como observamos neste trabalho. Atento ao contexto, imerso na conjuntura imediata, não hesita em fazer muitas e intensas revisões das suas ideias, num movimento que chamamos de pendular. Concluímos que foi um intelectual de uma longa época de transição e nela tentou enxergar saídas e caminhos a partir dos seus diagnósticos às vezes lúcidos, às vezes, polêmicos, que poucas vezes coincidia com pensamento dominante do seu tempo / Abstract: This research is aimed at analyzing, in a social view, the work of Monteiro Lobato published from the 1910's to the 1930's, as source of important interpretations of the peculiarities and specificities of the Brazilian rural society. It is understood that Monteiro Lobato was not intended to be a "sociologist" such as Alberto Torres and Oliveira Viana, among others, but our research analyzed in his stories, short stories and chronicles some "sociology" of the rural Brazil from the 1910's to the 1930's. Although Lobato's thinking is considered regionalist, we understand that in his work there is a concern about the country as a whole, so the civilization of coffee and the region of Vale do Paraíba can be a paradigm to think about the Nation. In the present work, it is intended to demonstrate that Monteiro Lobato elaborated a project of country, and the rural state would occupy an important rank in this idea of future nation, which lead us to consider him as a prominent intellectual in the Brazilian society, defender of the modernization in the national models of better use of natural resources. In his work, Monteiro Lobato engages in intensive debates with intellectual groups and newspaper, books and magazines readers, while makes important references to the comprehensive ideological context in the late 19th and early 20th, as herein observed. Alert to the context, absorbed into the immediate scenario, he did not hesitate to make several intense reviews of his ideas in a moment called pendulum. We concluded he was an intellectual of a long transition period, who tried to find exits and ways out from his diagnosis, sometimes clear or controversial, for a few times coincident to the dominant current thought / Doutor
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Terra, salario e familia : ethos de racionalidade produtiva no cotidiano camponesTedesco, João Carlos 25 July 2018 (has links)
Orientador: Maria de Nazareth B. Wanderley / Tese(doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-25T18:20:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: O presente trabalho é uma análise dos aspectos constitutivos do cotidiano de um grupo de agricultores familiares da região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Buscamos enfocar a dinâmica dos processos socioeconómicos que constroem, reproduzem e redefinem relações sociais e o agricultor familiar nesse espaço rural. Privilegiamos a dimensão dos processos sociais que organizam o trabalho do agricultor familiar, suas racionalidades e íntencionalidades, que se agrupam em estratégias e formas de ações constitutivas daquilo que chamamos de ethos de colono. Partimos da hipótese geral de que as diferentes formas como se organizam o trabalho e o convívio da unidade familiar estão em profundo conflito/tensão com a racionalidade técnico-econômico, sendo partes integrantes de seu próprio movimento, porém fundando-se nas relações sociais e nos convívios que estruturam o vivido no meio rural. Procuramos inventariar e compreender as transformações em curso que perpassam e redimensionam o espaço rural/agrícola, sua dinâmica local, principalmente nas multivariadas relações de trabalho, enquanto conjunto sistêmico de relações, estratégicas e racionalidades adaptativas frente e inseridas no modelo produtivista que o alimenta. A análise busca interligar a esfera familiar agregada ao sistema de trabalho e ao fator terra, ambos normatizadores das formas variadas de sobrevivência e das redefinições que se processam. A problemática que perpassa nossa análise gira em torno da possibilidade ou não de um ethos de colono centrado na família, enquanto unidade de produção e de convívio. A questão que nos move é se o sistema de objetos técnicos, o direito, em suas formas de contratualização, a agroindustrialização, bem como as formas variadas de trabalho assalariado romperam ou não com o modo de organização de vida familiar. Concluímos demonstrando e dando ênfase aos componentes socioculturais imbricados nas questões econômicas, os quais organizam ações e estruturam os sujeitos sociais e indicam significados definidores de formas de convivência no meio rural com a sociedade englobante / Abstract: This present study is an analysis around constitutive aspects of the daily life of a familiar group of farmers situated in the superior region of the northeast in Rio Grande do Sul. We aimed to focus the dynamic of the social-economical processes that construct, reproduce and redefine the social relations and the familiar farmer within this rural space. We privileged the dimension of social processes that organize the work of the familiar farmers, its rationality and intentions that are linked into strategies and modes of constitutive action of what we call ethos of the farmer. We started from the hypothesis that the different ways of how the work is organized and the acquaintance of the familiar unit are in a profound conflict/tension with the technical-economical rationality, being a forming part of its own social movement, however, it is based in the social relations and in the acquaintance that structure the life in the rural area. We tried to collect and comprehend the transformations that are currently happening and which go through and reconstruct the rural space, its local dynamic, mainly in the many ways of work relations, as a systemic set of relations, strategies and adaptive rationality in relation to and inserted in the productive model that maintains it. The analysis aims to link the family sphere aggregated to the work system and to the land factor, both normative of the different ways of surviving and of the redefinitions carried out in the process. The problem that happens in our analysis is connected to the possibility or not of a farmer ethos centered in the family as production unity and acquaintance. The question is to know whether the system of technical objects, the law in its ways of contracting, the agribusiness, as well as the different ways of salary work, break up or not the way of organizing the family life. We conclude by showing and emphasizing the social-cultural components inside economical questions, which organize actions and structure the social subjects and indicate defining meaning of acquaintance ways in the rural area with the global society / Doutorado / Doutor em Ciências Sociais
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Os impactos do desenvolvimento nas comunidades litoraneas do municipio de Aquiraz-CearáRodrigues, Rosa Alice January 2004 (has links)
RODRIGUES, R. A. Os impactos do desenvolvimento nas comunidades litorâneas do município de Aquiraz-CE. 2004. xii,110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Marinhas Tropicais) - Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, 2004. / Submitted by Solange Gomes (solagom@yahoo.com.br) on 2013-06-05T19:16:38Z
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Previous issue date: 2004 / A intensa ocupação urbana da zona costeira altera as características do meio ambiente, gera impactos e compromete a qualidade de vida das populações. O município de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, não difere dos demais municípios que compõem a zona costeira cearense. Representa um potencial turístico para a região, além do uso recreativo de suas praias abriga diversas
atividades econômicas e de lazer. No entanto, a partir de uma série de medidas de
ordem pública e privada, objetivando promover o desenvolvimento local e implantar
o turismo na região, uma seqüência de impactos tem surgido nos últimos anos, tendo como marco a década de 1980. O estudo dessa área tem como objetivo identificar a relação entre o desenvolvimento local e a qualidade de vida da população, utilizando como ferramenta uma série temporal de imagens de
sensoriamento remoto, indicadores demográficos, análises da qualidade d´água
consumida pela população e o diagnóstico sócio-econômico da comunidade de pescadores. Os levantamentos cartográficos realizados a partir da análise multitemporal das imagens de sensoriamento permitiram monitorar o
desenvolvimento urbano na zona costeira de Aquiraz que comporta três unidades de Conservação. Do mesmo modo, os dados relativos aos indicadores demográficos
deram a dimensão do comprometimento do território com a urbanização. As análises
física e bacteriológica da água permitiram avaliar a qualidade da água consumida e
a carência dos serviços de infra-estrutura de saneamento urbano. O atual sistema
de esgoto e abastecimento d´água é deficiente, incompatível com a qualidade da
água exigida, além de comprometer a qualidade de vida da comunidade, põe em
risco a capacidade de suporte do meio. O diagnóstico sócio-econômico forneceu informações sobre as características dos pescadores artesanais da colônia do Iguape e os impactos relacionados às alterações ambientais, sociais e econômicas.
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