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Avaliação da qualidade microbiana de sabonetes comercializados em feiras de artesanato de BrasíliaAraújo, Ana Carolina Fernandes 15 January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-04-19T15:32:50Z
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2013_AnaCarolinaFernandesAraujo.pdf: 3777119 bytes, checksum: 8800eadd932f039c75bd1c324634d5b0 (MD5) / Sabonetes artesanais são comuns em feiras populares de Brasília. O seu consumo tem
se tornado cada vez maior devido à busca por produtos vendidos sob o apelo de marketing de produtos naturais e a suas características organolépticas atrativas. Apesar de a legislação exigir um responsável técnico para a manipulação de sabonetes, algumas vezes, a produção desses produtos de higiene é realizada por artesãos, que nem sempre estão familiarizados com os riscos inerentes à manipulação de produtos farmacêuticos. Por este motivo, esses produtos estão mais susceptíveis a sofrerem contaminação microbiana. A Farmacopeia Brasileira preconiza alguns ensaios a serem
realizados para determinar a qualidade microbiana destes produtos, pela quantificação de microrganismos viáveis e determinação da presença de patógenos específicos. Os adjuvantes usados na formulação dos produtos de higiene para preservação da sua qualidade microbiana são os conservantes. Conservantes são um importante meio de limitar o crescimento microbiano em vários tipos de produtos farmacêuticos, porém, o número e a concentração de compostos químicos permitidos nesses produtos são
limitados devido à sua toxicidade e ao seu potencial alergênico. Os conservantes mais
utilizados são os parabenos, metildibromoglutaronitrila, fenoxietanol e imidazolidinil ureia. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica de 15 sabonetes artesanais e identificar e quantificar alguns dos principais conservantes utilizados em produtos de higiene, através da determinação de microrganismos viáveis, pesquisa de patógenos específicos, avaliação do pH dos sabonetes e identificação e
quantificação de alguns conservantes presentes por cromatografia líquida de alta eficiência. Os resultados sugerem que, entre os sabonetes analisados, todos possuíam
contagem de bactérias mesófilas totais acima dos limites aceitos nas farmacopeias e 53,3% estavam com carga de bolores e leveduras acima dos limites permitidos. Apesar de nenhum sabonete indicar a presença de conservantes em sua composição, as concentrações de propilparabeno encontradas estavam maiores que as permitidas pela ANVISA e foram encontrados valores de pH que podem inativar os parabenos. Assim, apesar da legislação para controlar a manipulação de sabonetes artesanais, estes ainda são comercializados com precárias condições de qualidade microbiológica. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Artisanal soaps are common in popular fairs of Brasilia. Its consumption has been increased due to search for products sold under the marketing appeal of natural products and their attractive organoleptic characteristics. Although the legislation requires a technical manager for soaps production, sometimes the production of these hygiene products is performed by craftsmen, who are not properly familiar with the risks involved in the handling of pharmaceutical products. Thus, these products are more likely to have microbial contamination. The Brazilian Pharmacopoeia recommends some tests to be performed to determine the microbial quality of those cosmetic products, by
quantification of viable microorganisms and determining the presence of specific
pathogens. Preservatives are the adjuvants used in the hygiene products formulation to
preserve their microbial quality. Preservatives are important to limit the microbial growth in various types of pharmaceutical products. However, the number and concentration of chemicals allowed to be used as preservative in these products is limited because of its toxicity and its allergenic potentials. The most commonly used preservatives are parabens, metildibromoglutaronitrila, phenoxyethanol and imidazolidinyl urea. Thus, the
objective of this study was to evaluate the microbiological quality of 15 artisanal soaps and identify and quantify some of the main preservatives used in hygiene products, through the determination of viable microorganisms, search for specific pathogens,
assessment of pH and identification and quantification of preservatives present in the samples by high performance liquid chromatography. The results suggest that among the soaps tested, all had total mesophilic bacteria counts above the limits accepted by the pharmacopoeias and 53.3% were above the permissible limits for yeasts and molds.
Although no soap indicate the presence of preservatives in its composition, concentrations of propylparaben were found higher than those permitted by ANVISA. Furthermore, pH values found for the soaps were able to promote the inactivation of the parabens. Thus, despite legislation to control the manipulation of artisanal soaps, these
are still marketed under precarious conditions of microbiological quality.
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