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Segregação socio espacial em Salvador - Bahia: análise pela cartografia das redes de infraestrutura urbanaSilva, Heibe Santana da January 2015 (has links)
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Dissertação Heibe Silva.pdf: 8191982 bytes, checksum: 1d07343365beff537f66b9948f18f8c5 (MD5) / Esta dissertação analisou a segregação socioespacial em Salvador a partir do
mapeamento da infraestrutura urbana. A segregação socioespacial é caracterizada pela
formação de duas cidades: uma primeira, produzida para suprir os anseios das classes
dominantes e, uma segunda, com problemas estruturais, ocupadas normalmente pela
população base da pirâmide social. Dentre os problemas estruturais, a infraestrutura
urbana ainda é uma das maiores dificuldades encontradas na periferia, fruto do descaso
histórico das concessionárias na prestação dos serviços públicos. Desta forma, esta
pesquisa teve como objetivo central analisar a segregação socioespacial através da
infraestrutura urbana, tendo como objetivos secundários mapear a infraestrutura a partir
da produção de cartografia temática, analisando a distribuição espacial dos elementos
estruturais pela correlação com a hierarquia social. Para tanto, a metodologia adotada
baseou-se em escolher, dentro do portfólio divulgado nos Censos Demográficos de
1991, 2000 e 2010, os dados referentes ao abastecimento de água e esgotamento
sanitário por rede geral, coleta de lixo pelo poder público e energia elétrica por
companhia distribuidora. Após a escolha, os dados foram tratados em laboratório,
tabulados, transferidos para os softwares de geoprocessamento e espacializados, sendo,
ao final, transformados em cartografia temática. Ainda, foram cruzados com as
informações sobre a tipologia socioespacial, rendimento e grau de escolaridade. Os
resultados apontaram que a infraestrutura urbana, inicialmente em 1991, estava
reservada para as áreas centrais da Capital. Nesse período, um dos elementos com maior
desigualdade era o esgotamento sanitário, acessível somente para os moradores do
centro consolidado e para os conjuntos habitacionais construídos pelo Banco Nacional
de Habitação (BNH). Em 2000, devido os investimentos públicos e alguns privados,
houve o aumento na proporção de domicílios com infraestrutura urbana. Assim, em
2010, os dados nos permitiram concluir que a infraestrutura apresentava resultados
satisfatórios em Salvador, fruto de vultosas obras públicas no decorrer dos últimos 20
anos, embora ainda estivesse em menor proporção na periferia. Analisando os dados e a
cartografia, concluímos que a infraestrutura urbana, no caso específico de Salvador,
reflete e é causa dos processos de segregação socioespacial.
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