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Rede de apoio social e tentativa de suicidio

Gaspari, Vanessa Paola Povolo 02 August 2018 (has links)
Orientador: Neury Jose Botega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-02T04:49:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gaspari_VanessaPaolaPovolo_M.pdf: 376142 bytes, checksum: 058bab95d84235d11ffa4dc4848611ee (MD5) Previous issue date: 2002 / Resumo: Este estudo comparou a Rede de Apoio Social de pacientes que tentaram suicídio e que foram atendidos no pronto-socorro do Hospital das Clínicas da Unicamp, com a rede de apoio social de acompanhantes de outros pacientes pareados por sexo e faixa etária. Os instrumentos selecionados para esse estudo foram: Questionário de Tentativa de Suicídio para Pronto-Socorro ¿ TS-PS (BOTEGA ET AL., 1995), abrangendo informações sócio-demográficas e clínicas, e um questionário similar adaptado para os indivíduos do grupo controle; SSQ ¿Questionário de Rede de Apoio Social (SARASON ET AL., 1983); GAS - Escala de Avaliação Global do Funcionamento Psicossocial-Adulto (ENDICOTT ET AL., 1976); GARF - Escala de Avaliação Global do Relacionamento Social e Familiar (Global Assessment of Relational Functionig ¿DSM IV,1995); EAS/BB (Escala de Apoio Social de BILLEBRAHE ET AL., 1993). O tamanho dessa amostra foi de 29 indivíduos (14 homens e 15 mulheres) em cada grupo, perfazendo um total de 58. A idade média dos indivíduos que tentaram suicídio (T.S.), foi de 37,4 anos (a mediana foi de 40 para o grupo de TS e 36 para o grupo SE). As tentativas de suicídio deram-se por ingestão de medicamentos (11), de venenos (10) ou por objetos cortantes (8); a maioria com baixa intencionalidade suicida e baixa letalidade. No grupo T.S. 34,5% (10) eram oficialmente casados e no grupo controle, 51,7% (15). Os sujeitos do grupo T.S. estavam mais freqüentemente em acompanhamento psiquiátrico (41,4%) e em uso de psicofármacos (55,2%) do que os controles (17,2% e 13,8%, respectivamente). 96,5% (28) dos indivíduos do grupo de TS se consideram pessoas religiosas, e no grupo de SE esse valor é de 85,2% 24). Para o grupo TS, em média, 1 indivíduo compunha a rede de apoio social dos respondentes,e no grupo SE, a média foi de aproximadamente 3 indivíduos, o que nos permite afirmar que a Rede de Apoio Social dos indivíduos que tentam suicídio é mais escassa que a dos indivíduos do grupo controle (p=0,0001). A diferença no grau de satisfação com a rede de apoio social entre os dois grupos, demonstrou-se claramente em todas as 27 questões do SSQ, com resultados menos favoráveis ao grupo T.S. (com valores de p variando de 0,02 a 0,001). Esses achados condizem com o pior desempenho dos casos de T.S. nas escalas GAS e GARF, que avalia o relacionamento social e familiar (p= 0,0001 e 0,002, respectivamente). Como a Rede de Apoio Social pode ser um preditor do ato suicida, assim como um fator de proteção para a Saúde Mental das pessoas, este aspecto precisa ser mais compreendido em estudos que visem o tratamento e prevenção do comportamento suicida / Abstract: The aim of this study was to assess the support network of people who attempted suicide and were being followed at the emergency room of a general hospital, and compare it to the people who accompanied nonpsychiatric patients in the same service. Twenty-nine people (14 males and 15 females) were assessed consecutively in each group. The instruments used were: TS-PS (a questionnaire on suicide attempts) which included demographia and clinical data, the Social Support Questionnaire (SSQ), the Bille-Brahe¿s Social Support Scale (self-rating), the GAS and the GARF. The mean age of the individuals of the suicide attempt (S.A.) group was 37,4. Most attempts (11) involved drug overdose, self-poisoning (10) and cutting (8). This group had low suicide intention and lethality. 34,5% of them were married and in the control-group 51,7% were too. The individuals of the A.S. group were more frequently receiving psychiatric treatment (41,4% vs 17,2%) and psychotropic drug (55,2% vs 13,8%). The number of people perceived as supportive by the S.A. was on average 1 and 3 by the controlgroup. The S.A. group reported more dissatisfaction towards their relationships. These findings are in line with the worse figures of the A.S. group on the GARF and GAS. Our findings confirm the hypothesis that people who attempt suicide have a far weaker social support as to compared to the control-group. They also do not feel needed in the support of other people and have of more difficulties in the performance of social roles / Mestrado / Saude Mental / Mestre em Ciências Médicas

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