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Arquitetura, litof?cies e evolu??o tectono-estratigr?fica da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil

Silva, Ajosenildo Nunes da 04 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-13T17:08:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AjosenildoNS_1_40.pdf: 1272278 bytes, checksum: 9b1c1c8f6612afc587e4f349ec301a5d (MD5) Previous issue date: 2009-09-04 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The Rio do Peixe Basin is located in the border of Para?ba and Cear? states, immediately to the north of the Patos shear zone, encompassing an area of 1,315 km2. This is one of the main basins of eocretaceous age in Northeast Brazil, associated to the rifting event that shaped the present continental margin. The basin can be divided into four sub-basins, corresponding to Pombal, Sousa, Brejo das Freiras and Icozinho half-grabens. This dissertation was based on the analysis and interpretation of remote sensing products, field stratigraphic and structural data, and seismic sections and gravity data. Field work detailed the lithofacies characterization of the three formations previously recognised in the basin, Antenor Navarro, Sousa and Rio Piranhas. Unlike the classical vertical stacking, field relations and seismostratigraphic analysis highlighted the interdigitation and lateral equivalency between these units. On bio/chrono-stratigraphic and tectonic grounds, they correlate with the Rift Tectonosequence of neocomian age. The Antenor Navarro Formation rests overlies the crystalline basement in non conformity. It comprises lithofacies originated by a braided fluvial system system, dominated by immature, coarse and conglomeratic sandstones, and polymict conglomerates at the base. Its exposures occur in the different halfgrabens, along its flexural margins. Paleocurrent data indicate source areas in the basement to the north/NW, or input along strike ramps. The Sousa Formation is composed by fine-grained sandstones, siltites and reddish, locally grey-greenish to reddish laminated shales presenting wavy marks, mudcracks and, sometimes, carbonate beds. This formation shows major influence of a fluvial, floodplain system, with seismostratigraphic evidence of lacustrine facies at subsurface. Its distribution occupies the central part of the Sousa and Brejo das Freiras half-grabens, which constitute the main depocenters of the basin. Paleocurrent analysis shows that sediment transport was also from north/NW to south/SE / A Bacia do Rio do Peixe est? situada no limite dos estados da Para?ba e do Cear?, imediatamente a norte do Lineamento Patos, com ?rea de aproximadamente 1.315 km2. Esta ? uma das principais bacias de idade eocret?cea no interior do Nordeste do Brasil, associadas ao rifteamento que moldou a atual margem continental. A bacia pode ser dividida em quatro sub-bacias, as quais correspondem aos semi-grabens de Pombal, Sousa, Brejo das Freiras e Icozinho. Esta disserta??o foi baseada em an?lises e interpreta??es de produtos de sensores remoto, levantamentos estratigr?ficos e dados estruturais de terreno, al?m de linhas s?smicas e dados gravim?tricos. Trabalhos de campo detalharam a caracteriza??o faciol?gica das tr?s forma??es previamente distinguidas na bacia, Antenor Navarro, Sousa e Rio Piranhas. Ao contr?rio do empilhamento estratigr?fico cl?ssico, vertical, as rela??es de campo e a an?lise sismoestratigr?fica evidenciaram as interdigita??es e equival?ncia lateral entre essas unidades. Do ponto de vista bio/cronoestratigr?fico e tect?nico, as mesmas se correlacionam com a Tectonossequ?ncia Rifte neocomiana. A Forma??o Antenor Navarro repousa em n?o conformidade sobre o embasamento cristalino e compreende litof?cies originadas por um sistema fluvial entrela?ado, dominado por arenitos de granulometria grossa a conglomer?ticos, imaturos, e conglomerados polim?ticos na base. As exposi??es desta forma??o ocorrem em todos os semi-grabens, ao longo de suas margens flexurais. Dados de paleocorrente indicam deposi??o a partir de ?reas fontes no embasamento, a norte/NW, ou a partir de rampas direcionais. A Forma??o Sousa ? composta por arenitos de granulometria fina, siltitos e folhelhos avermelhados e localmente cinza-esverdeados, laminados, com presen?a de marcas onduladas, gretas de contra??o e, por vezes, n?veis carbon?ticos. Esta forma??o denota a influ?ncia predominante de um sistema fluvial, com infer?ncia (sismoestratigr?fica) de f?cies lacustre em subsuperf?cie. A sua distribui??o abrange principalmente a parte central dos semi-grabens de Sousa e de Brejo das Freiras, que constituem os principais depocentros da bacia. A an?lise das paleocorrentes mostra que o transporte dos sedimentos tamb?m ocorreu de norte/NW para sul/SE.A Forma??o Rio Piranhas ? composta por arenitos arcosianos de granulometria grossa, com intercala??es de brechas e conglomerados polim?ticos, depositados por sistemas de leques aluviais. As exposi??es desta forma??o ocorrem principalmente nas margens falhadas dos semi-grabens, sendo mais restritas na Sub-bacia de Icozinho. As paleocorrentes orientam-se predominantemente no sentido de norte/NW para sul/SE, ou em disposi??o axial acompanhando paleoescarpas de dire??o NE/SW. Nos diferentes compartimentos da bacia, esta unidade interdigita-se com as forma??es Sousa e Antenor Navarro, ratificando a deposi??o sintect?nica do conjunto. A an?lise estrutural da Bacia do Rio do Peixe, tamb?m baseada em dados de campo e interpreta??o de se??es s?smicas, mostra que as principais falhas representam a reativa??o fr?gil de zonas de cisalhamento pr?-cambrianas. Tais falhas, normais ou de rejeito obl?quo (normal sinistral para a dire??o E-W), delimitam os semi-grabens e compartimentos internos. O levantamento de dados estruturais permitiu detalhar a cinem?tica dessas falhas e inferir eixos de strain e o regime de esfor?os atuantes na evolu??o da bacia. O levantamento s?smico 2D realizado nos semi-grabens de Brejo das Freiras e de Sousa possibilitou a visualiza??o da geometria em cunha dos refletores, que apresentam basculamento para sul/SE, controlado pelas falhas de borda. O arranjo interno dos refletores evidencia a atua??o sindeposicional (at? sinlitifica??o) dos falhamentos, como por exemplo o espessamento de camadas e o recobrimento de degraus por estratos mais jovens. S?o observadas a presen?a de sinclinais e anticlinais geradas pela combina??o do basculamento com a geometria l?strica, os degraus e o arrasto das falhas. O degrau de Santa Helena perfaz o seu limite sul como uma rampa derevezamento e tamb?m se articula com o semi-graben de Sousa. A falha de S?o Gon?alo, com orienta??o E-W e mergulho para norte, define o limite sul do semigraben de Sousa. Internamente a este segundo semi-graben foram identificados dois depocentros limitados por uma falha normal com dire??o NE-SW e mergulho para NW, adjacente a um alto interno no qual ocorrem ind?cios de ?leo. O principal depocentro, a NW dessa falha, deve atingir 2,0 km de profundidade.

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