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Sintagmas locativos no português de Moçambique e do Brasil : o papel do contato de línguas

Rabêlo, Sarah Freitas 12 August 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. / Submitted by Nayara Silva (nayarasilva@bce.unb.br) on 2016-11-21T14:04:47Z No. of bitstreams: 1 2016_SarahFreitasRabêlo.pdf: 838046 bytes, checksum: 52d3a9ab90c1236730bdcc87bf92d59d (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-01-09T20:14:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_SarahFreitasRabêlo.pdf: 838046 bytes, checksum: 52d3a9ab90c1236730bdcc87bf92d59d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-09T20:14:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_SarahFreitasRabêlo.pdf: 838046 bytes, checksum: 52d3a9ab90c1236730bdcc87bf92d59d (MD5) / O presente estudo investiga a realização dos sintagmas locativos no português de Moçambique (PM), focalizando o comportamento das preposições que os constituem, em uma perspectiva comparativa com o português brasileiro (PB) e o português europeu (PE) — língua-alvo no processo de formação das variedades brasileira e moçambicana. Na análise dos dados do PM, extraídos do corpus elaborado por Gonçalves (1990), observou-se que, nessa língua, os sintagmas locativos preposicionados podem: (i) exercer função oblíqua, quando inseridos na estrutura argumental de verbos de movimento direcional (nem todos íamos na mesma escola / só voltei para aqui o ano passado) ou de verbos estativos (veio morar em casa dos meus pais / fui viver para o campo); (ii) ocupar posição de tópico (na beira saímos dia cinco); (iii) ocupar posição pré-verbal em predicados transitivos e (ou) existenciais (nas escolas não dão certificados de habilitação / em cada escola tinha capacidade para albergar seiscentos alunos / Na minha casa nunca teve dificuldade); (iv) ocupar posição pré-verbal em predicados copulativos com verbo “estar” (nesses museus está muito relacionados com a guerra de libertação / neste lugar está fora do coiso, está fora da cidade. Considerando a escolha da preposição, no contraste com a língua alvo, verifica-se que em (i), (ii) e (iii), o PM utiliza indistintamente a preposição ‘em’ introdutora do locativo, enquanto o PE utiliza sistematicamente as preposições ‘a’ e ‘para’, com verbos de movimento, e a preposição ‘em’ com predicados estativos. Nesse aspecto, o PM identifica-se com o PB, embora o uso da preposição ‘em’ seja ainda mais difundido no PM do que no PB. Assumindo o quadro teórico da gramática gerativa (Chomsky 1995), verifica-se que as três variedades (moçambicana, brasileira e europeia) licenciam as construções (i) e (ii), com o argumento locativo como oblíquo e na posição de tópico, respectivamente, de um predicado inacusativo biargumental, e somente o PM autoriza as construções em (iv). Em relação a (iii) e (iv), este estudo investiga a hipótese de que o PP é realizado na posição de sujeito como uma construção do tipo inversão locativa ou em uma posição pré-verbal acima de TP e abaixo de CP, distinguindo-se os casos em que o predicado é transitivo, sendo o argumento externo ligado por um operador genérico ou realizado em posição pós-verbal, e existencial, em que o argumento externo está ausente. Propõe-se que, no contexto de contato linguístico que envolveu a aquisição do português como segunda língua (L2) em Moçambique e no Brasil, a opacidade dos traços provenientes do input do PE motivou a emergência de construções inovadoras, tanto por interferência da L1 (línguas Bantu em ambos os casos), como por acesso (parcial) à GU. Seguindo a hipótese de Gonçalves & Chimbutane (2004), consideramos que o uso generalizado da preposição ‘em’ como introdutora de sintagmas locativos no PM seja decorrente do fato de que essa preposição tenha ganhado estatuto estritamente funcional nessa língua, o que implica que o Nome locativo seja introduzido por essa preposição, independentemente do tipo de predicado verbal em que ocorra, um padrão característico da marcação de locativos nas línguas Bantu. Com base em Tortora (2006, 2008), assume-se que o sintagma locativo preposicionado (PP locativo) possui uma projeção em camadas (PP shell), que inclui uma projeção funcional de aspecto. A variação verificada entre o PM, o PB e o PE decorre do tipo preposição realizada no sintagma aspectual (AspP) interno à projeção do PP locativo. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present study investigates the syntax of locative phrases in Mozambican Portuguese (PM), focusing on the syntactic behavior of the prepositions that introduce them, in a comparative perspective with Brazilian Portuguese (BP) and European Portuguese (EP) – which are goal-languages in the development of the Brazilian and Mozambican varieties. In the analysis of MP data, which are extracted from Gonçalves’ (1990) corpus, the following patterns are observed regarding locative prepositional phrases: (i) they may occur as obliques, when they are inserted in the argument structure of verbs of directional movement (nem todos íamos na mesma escola / só voltei para aqui o ano passado) and stative verbs (veio morar em casa dos meus pais / fui viver para o campo); (ii) they may occur in the topic position (na beira saímos dia cinco); (iii) they may occur in preverbal position in transitive and/ or existential predicates (nas escolas não dão certificados de habilitação / em cada escola tinha capacidade para albergar seiscentos alunos / Na minha casa nunca teve dificuldade); (iv) they may occur in preverbal position in copular constructions with “estar” (nesses museus está muito relacionados com a guerra de libertação / neste lugar está fora do coiso, está fora da cidade. Considering the choice of the preposition, it is observed that PM uses indistinctively the preposition em (‘in’) introducing the locative phrase, while EP uses systematically the prepositions a and para (‘to’) with verbs of movement and the preposition em (‘in’), with stative predicates. In this respect, then, MP is similar to BP, although the preposition em (‘in’) is even more widely used in the former than in the latter. Assuming the framework of generative grammar (Chomsky 1995), it is noted that the three varieties (either the Mozambican, the Brazilian and the European one) license the constructions in (i) and (ii), with the locative occurring as an oblique argument of a biargumental unaccusative predicate, or as topic phrase, respectively, while only MP allows the construction in (iv). Regarding (iii) and (iv), our hypothesis is that they may occur in a type of locative inversion construction or in a position above TP and below CP. In this respect, we distinguish transitive predicates, in which the external argument either is bound by a generic operator or is realized in a VS configuration, and existential predicates, in which the external argument is absent. The study proposes that in the acquisition of Portuguese as a second language (L2), both in Mozambique and in Brazil, the opacity of the input involved in language contact accounts for the emergence of innovative constructions, under L1 interference (Bantu languages both in Mozambique and Brazil; Indian languages in Brazil), among other factors. Following Gonçalves & Chimbutane’s (2004), we assume that the generalized use of the preposition em ‘in’ in locative phrases in MP is due to the fact that this preposition is a functional category in this language, locative Nouns being introduced by it, independently of the predicate in which they are found, a pattern that is characteristic of locative marking in Bantu languages. Following Tortora (2006, 2008), we assume that the locative phrase is projected in a PP shell, including an Aspectual functional head. The difference among MP, BP and EP is determined by the type of preposition that is merged in the aspectual phrase (AspP) internal to the locative PP shell projection.

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