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“Liberdade ainda que tardia”: Agnes Heller e a teoria das “necessidades radicais” frente à devassa da devassa brasileira / "Even if late freedom": Agnes Heller and the theory of "radical needs" in front of the devassa of the brazen devassaVeroneze, Renato Tadeu 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research aims to analyze "radical needs" in Agnes Heller's view as a contribution to
understanding the cyclical and structural crises of capital, in the face of the wave of popular
demonstrations and the political-economic crisis of the recent years that has affected Brazil,
in particular. The choice of theme stemmed from the contradictions generated by these
crises from the recognition of the values of freedom, democracy, equality, equity and social
justice, in view of the principles established by its ethical-political-professional project of the
Brazilian Social Service. In order to understand the limits and the personal, social and
professional contradictions between the subjectivity and the objectivity of the individual and
collective social subjects, as well as the social and professional limits and contradictions of
the work of Agnes Heller, especially in her everyday life, lack and needs theories, and how to
broaden the understanding of freedom and social and human emancipation that mark the
emancipatory and revolutionary project of Social Service, having as motto a new sociability
"beyond capital". The hypothesis raised here is that "radical needs" provoke the organization
of civil society to overcome the status quo of social life tied to the destructive logic of capital,
in order to understand the dynamics of social movements and popular manifestations,
especially in Brazil, as a mobilization of resistance against the Brazilian political-economic
crisis and the macrocorruption scheme that has been established in the country's political
and economic system. Through a theoretical-conceptual analysis, based on the Marxian
legacy and the Marxist tradition, we start from the thesis that it will only be possible to
demolish the existing barriers between working time and non-working time, through the
organization of civil society revolutionary subject. Only in this way will revolutionary social
changes be realized for the anti-capitalist and anti-imperialist struggles. It is in this direction
that Agnes Heller points to a new collective revolutionary subject. The "radical needs" are all
those that are born in capitalist society as a consequence of the development of civil society,
and that can not be satisfied within the limits of the same, which implies in factors that can
lead to the overcoming of capitalism, the wage relationship, the concentration of private
property, the class struggle and the loss of the bourgeois state. Only on these bases, of a
totally new sociability, we do believe that social individuals can fully develop themselves
("wholly and entirely"), in which work, sociability, consciousness, freedom, ethics, art,
philosophy, truly free time and idleness are in conformity with the most authentic aspirations
raised within the everyday life and in the valuation of the feeling of community as an
ontological-social value. We start from these assumptions because, with the precarization
and flexibilization of labor relations, outsourcing, globalization, robotics, new technologies,
the increase of the service sector, among other vectors, have caused significant changes in
the social body of the working class and in their leadership. Thus, in Agnes Heller's view, it is
only with the organization of civil society that it will be possible to destroy the overwhelming
and destructive wave of capitalism / A pesquisa trata de analisar as “necessidades radicais”, na visão de Agnes Heller enquanto
contribuição para entender as crises cíclicas e a estrutural do capital, frente à onda de
manifestações populares e a crise político-econômica dos últimos anos que tem afetado,
sobretudo, o Brasil. A escolha do tema partiu das contradições geradas por estas crises a
partir do reconhecimento dos valores de liberdade, democracia, igualdade, equidade e
justiça social, tendo em vista os princípios estabelecidos pelo projeto ético-políticoprofissional
do Serviço Social brasileiro. Buscando aprofundar na obra de Agnes Heller,
sobretudo, em sua teoria do cotidiano, dos carecimentos e necessidades, de modo a
entender os limites e as contradições pessoais, sociais e profissionais entre a subjetividade
e a objetividade dos sujeitos sociais, individuais e coletivos, bem como ampliar o
entendimento sobre a liberdade e a emancipação social e humana que balizam o projeto
emancipatório e revolucionário do Serviço Social, tendo como mote uma nova sociabilidade
“para além do capital”. A hipótese aqui levantada é que as “necessidades radicais”
provocam a organização da sociedade civil para a superação do status quo da vida social
atrelada à lógica destrutiva do capital, de modo a entender a dinâmica dos movimentos
sociais e das manifestações populares, sobretudo no Brasil, enquanto mobilização de
resistência frente a crise político-econômica brasileira e o esquema de macrocorrupção que
tem se firmado no sistema político e econômico do país. Através de uma análise teóricoconceitual,
embasada pelo legado marxiano e pela tradição marxista, partimos da tese de
que só será possível a demolição das barreiras existentes entre o tempo de trabalho e o
tempo de não-trabalho, através da organização da sociedade civil enquanto sujeito
revolucionário. Só assim é que se realizará as mudanças sociais revolucionárias para as
lutas anticapitalistas e anti-imperialistas. É nessa direção que Agnes Heller aponta para um
novo sujeito coletivo revolucionário. As “necessidades radicais” são todas aquelas que
nascem na sociedade capitalista como consequência do desenvolvimento da sociedade
civil, e que não podem ser satisfeitas dentro dos limites da mesma, o que implica em fatores
que possam levar a superação do capitalismo, da relação de assalariamento, da
concentração da propriedade privada, da luta de classes e ao definhamento do Estado
burguês. Somente sobre essas bases, de uma sociabilidade inteiramente nova, é que
acreditamos que os indivíduos sociais possam se desenvolver plenamente (“por inteiro e
inteiramente”), na qual trabalho, sociabilidade, consciência, liberdade, ética, arte, filosofia,
tempo verdadeiramente livre e ócio estejam em conformidade com as aspirações mais
autênticas suscitadas no interior da vida cotidiana e na valoração do sentimento de
comunidade enquanto valor ontológico-social. Partimos desses pressupostos porque com a
precarização e flexibilização das relações de trabalho, a terceirização, a globalização, a
robótica, as novas tecnologias, o aumento do setor de serviços, entre outros vetores, tem
provocado alterações significativas no corpo social da classe operária e em suas lideranças.
Assim, na visão de Agnes Heller, somente com a organização da sociedade civil é que será
possível destruir a onda avassaladora e de destrutibilidade do capitalismo
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