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É a matemática relativa? A relação entre conhecimento, matemática e as questões socioculturais a partir de uma leitura das idéias de David Bloor. / Is the mathematics relative? The relationship between knowledge, mathematics and sociocultural issues from a reading of David Bloor\'s ideas.Santana, Diana Patricia Ferreira de 24 September 2007 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar os argumentos apresentados por Bloor a favor de uma sociologia da matemática. Nesta perspectiva, cabe identificar no contexto sociocultural os aspectos imanentes e transcendentes que relacionam os objetos que constituem o conhecimento matemático com as práticas sociais. Investiremos, num primeiro momento, na leitura crítica dos três últimos capítulos do livro Knowledge and Social Imagery de David Bloor. O livro se propõe a uma investigação da natureza e conteúdo do conhecimento científico através do chamado programa forte em sociologia. Pretende-se confrontar as hipóteses e os argumentos dos autores que participam do debate e ao final apresentar alguma contribuição para a Filosofia da Educação Matemática. Um ponto que considero relevante tratar nesse trabalho é a orientação relativista sugerida pela proposta de Bloor, alvo das críticas mais pungentes. O caminho (método) que melhor se adequa a essa nossa intenção é a discussão crítica entre os autores, fundamentada apenas em fontes bibliográficas. Não é fruto de uma pesquisa empírica, mas de um exercício de reflexão de cunho teórico. Temos alguns indícios da possível relação da matemática com as questões socioculturais: o fenômeno da difusão cultural, a existência de certas práticas universais tais como contar, medir, jogar, localizar, etc, a concepção de que certos imperativos universais da matemática são constituídos a partir de formas de vida que participam de um jogo de linguagem, etc.. Seja qual for a explicação que relacione a matemática com as questões socioculturais, há conceitos que ultrapassam a simples determinação social. Nosso trabalho demonstra que esses conceitos existem, e embora divirjam da posição de David Bloor, não impossibilitam a existência de uma sociologia da matemática. / The purpose of this work is to make an analysis about the arguments in favour of a mathematics sociology. In order to reach this aim, it is necessary to identify the immanent and transcendent aspects in the cultural social context which make a relationship of the objects that form mathematical knowledge with social practices. Firstly, we are going to make a critical reading of three last chapters of \"Knowledge and Social Imagery\" by David Bloor. This book aims to investigate nature and contents of scientific knowledge by the so called Strong Program in Sociology whose principles include causality, impartiality, symmetry and reflexivity. The last three chapters are destined to mathematics. Secondly, we will make a confrontation between the hypothesis and the authors\' arguments in favour and against Bloor\'s outlook. Eventually, we will present some contributions to Mathematical Education Philosophy. Therefore, the way (method) that better suits to our purpose is the critical discussion among authors, based on bibliographical sources only. This is not result of empirical research, but a theoretical character reflexion. There are some elements of possible relationship between mathematics and cultural and social aspects: the cultural diffusion phenomenon, certain universal practices such as counting, measuring, playing, searching, etc, the understanding that certain universal mathematical imperatives are formed from living forms that participate in a language game, etc.. Whatever is the explanation that makes a relationship between mathematics and social cultural questions, there are concepts go beyond any social determination. Our task is to demonstrate that such concepts exists, and although they differ from David Bloor´s outlook, they do not make impossible the existence of a mathematics sociology.
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A história da Matemática nos séculos XVII e XVIII: Uma abordagem a partir do conceito de processo civilizador de Norbert Elias / The history of Mathmatics in the XVII and XVIII centuries: An approach from the concept of the civilizing process of Norbert EliasGaldino, Danilo Wagner de Souza Gomes 17 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-17 / Mathematics is one of the basic areas of knowledge for the development of human society and one of its characteristics is its ability to dialogue with several other areas of knowledge. Thus, the main purpose of this work is to relate the history of mathematics to some possible sociological factors involved in the XVII and XVIII centuries based on the concept of the civilizing process of Norbert Elias. For this, as a basis for a bibliographical research pertinent to the theme, we take the study model of the author Norbert Elias, in his work "The Civilizing Process", from the concepts of civilization, figuration and interdependence, to demonstrate the development of the History of Mathematics , Mainly in countries such as Germany, France and England, which were the study scenario to understand what would become civilization, as well as where several important mathematical contributions have been made today, such as those present in Newtonian physics, Algebraic treatment given by Descartes's geometry and Leibniz's formalism applied to the development of calculus. The facts listed in this study brought to the fore some mathematical contributions and their relations with the social contexts of their respective epochs. / A matemática é uma das ciências basilares para o desenvolvimento da sociedade humana e uma de suas características enquanto ciência moderna é a sua capacidade de dialogar com várias outras áreas do conhecimento. Assim, a realização deste trabalho tem como objetivo principal relacionar a história da matemática a alguns possíveis condicionantes sociológicos a ela envolvidos nos séculos XVII e XVIII com base no conceito de processo civilizador de Norbert Elias. Para isto, como base numa pesquisa bibliográfica pertinente ao tema, tomamos o modelo de estudo do autor Norbert Elias, na sua obra “O Processo Civilizador”, a partir dos conceitos de civilização, figuração e interdependência, para demonstração do desenvolvimento da História da Matemática, principalmente nos países como a Alemanha, França e Inglaterra, países estes que foram o cenário de estudo para compreendermos o que viria a ser civilização, bem com onde se deram várias contribuições matemáticas importantes para a atualidade, como aqueles presentes na física newtoniana, o tratamento algébrico dado a geometria por parte de Descartes e o formalismo de Leibniz aplicado ao desenvolvimento do cálculo. Os fatos elencados neste estudo trouxeram à tona algumas contribuições matemáticas e suas relações com os contextos sociais de suas respectivas épocas.
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É a matemática relativa? A relação entre conhecimento, matemática e as questões socioculturais a partir de uma leitura das idéias de David Bloor. / Is the mathematics relative? The relationship between knowledge, mathematics and sociocultural issues from a reading of David Bloor\'s ideas.Diana Patricia Ferreira de Santana 24 September 2007 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar os argumentos apresentados por Bloor a favor de uma sociologia da matemática. Nesta perspectiva, cabe identificar no contexto sociocultural os aspectos imanentes e transcendentes que relacionam os objetos que constituem o conhecimento matemático com as práticas sociais. Investiremos, num primeiro momento, na leitura crítica dos três últimos capítulos do livro Knowledge and Social Imagery de David Bloor. O livro se propõe a uma investigação da natureza e conteúdo do conhecimento científico através do chamado programa forte em sociologia. Pretende-se confrontar as hipóteses e os argumentos dos autores que participam do debate e ao final apresentar alguma contribuição para a Filosofia da Educação Matemática. Um ponto que considero relevante tratar nesse trabalho é a orientação relativista sugerida pela proposta de Bloor, alvo das críticas mais pungentes. O caminho (método) que melhor se adequa a essa nossa intenção é a discussão crítica entre os autores, fundamentada apenas em fontes bibliográficas. Não é fruto de uma pesquisa empírica, mas de um exercício de reflexão de cunho teórico. Temos alguns indícios da possível relação da matemática com as questões socioculturais: o fenômeno da difusão cultural, a existência de certas práticas universais tais como contar, medir, jogar, localizar, etc, a concepção de que certos imperativos universais da matemática são constituídos a partir de formas de vida que participam de um jogo de linguagem, etc.. Seja qual for a explicação que relacione a matemática com as questões socioculturais, há conceitos que ultrapassam a simples determinação social. Nosso trabalho demonstra que esses conceitos existem, e embora divirjam da posição de David Bloor, não impossibilitam a existência de uma sociologia da matemática. / The purpose of this work is to make an analysis about the arguments in favour of a mathematics sociology. In order to reach this aim, it is necessary to identify the immanent and transcendent aspects in the cultural social context which make a relationship of the objects that form mathematical knowledge with social practices. Firstly, we are going to make a critical reading of three last chapters of \"Knowledge and Social Imagery\" by David Bloor. This book aims to investigate nature and contents of scientific knowledge by the so called Strong Program in Sociology whose principles include causality, impartiality, symmetry and reflexivity. The last three chapters are destined to mathematics. Secondly, we will make a confrontation between the hypothesis and the authors\' arguments in favour and against Bloor\'s outlook. Eventually, we will present some contributions to Mathematical Education Philosophy. Therefore, the way (method) that better suits to our purpose is the critical discussion among authors, based on bibliographical sources only. This is not result of empirical research, but a theoretical character reflexion. There are some elements of possible relationship between mathematics and cultural and social aspects: the cultural diffusion phenomenon, certain universal practices such as counting, measuring, playing, searching, etc, the understanding that certain universal mathematical imperatives are formed from living forms that participate in a language game, etc.. Whatever is the explanation that makes a relationship between mathematics and social cultural questions, there are concepts go beyond any social determination. Our task is to demonstrate that such concepts exists, and although they differ from David Bloor´s outlook, they do not make impossible the existence of a mathematics sociology.
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