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Efeito do ambiente endócrino peri-ovulatório na expressão gênica e proteica de transportadores de glicose no endométrio durante a primeira semana do ciclo estral em bovinos de corte / Effect of the periovulatory endocrine milieu on endometrial glucose transporters gene and protein expression during the first week post-estrus in beef cattle

Moana Rodrigues França 18 January 2013 (has links)
Em bovinos de corte, maiores diâmetros do folículo pré-ovulatório (FPO) e as subsequentes altas concentrações de progesterona [P4] aumentam o crescimento do concepto e a taxa de prenhez. Formulou-se a hipótese que a modulação do tamanho do FPO e [P4] no diestro subsequente à ovulação do FPO estimulam a expressão endometrial de transcritos e proteínas da famílias das Solute Carrier Proteins (SLC) que estão relacionadas ao transporte de glicose. Vacas Nelore (n=60), solteiras e ciclando receberam duas injeções de PGF2&alpha; (PGF; 0,5mg; i.m.) com intervalo de 14 dias. Dez dias após (dia -10; D-10), receberam um dispositivo intravaginal liberador de P4 e benzoato de estradiol (2mg; i.m.). Para modular o crescimento do FPO e alterar a produção de P4 pós-ovulação, no D-10 os animais receberam PGF (grupo alta P4; AP) ou não (grupo baixa P4; BP). Dispositivos foram removidos e PGF injetada 60 a 42 horas antes da indução da ovulação para o grupo AP e 48 a 30 horas antes da indução para o grupo BP e ovulações foram induzidas com GnRH (buserelina; 10&micro;g; i.m.) no D0. Crescimento e ovulação do FPO e formação do CL foram avaliados por ultrassom e [P4] medidas por radioimunoensaio. No D7 os animais que ovularam foram abatidos (AP, N=18 e BP, N=18), o endométrio foi dissecado e submetido à extração de RNA total para análises de qPCR, extração de proteínas totais para análises de western blotting e incluído em parafina para análises de imunohistoquímica. Diferença entre as médias dos grupos foi determinada pelo teste t de student. O diâmetro máximo do FPO (média ± erro padrão da média; 12,8±0,4 vs. 11,1±0,4mm) foi maior no grupo AP (P<0,01). A [P4] no D7 foi maior no grupo AP (4,5±1,0 ng/mL vs. 3,3±1,1 ng/mL; P<0,05). As concentrações relativas dos transcritos que codificam SLCs foram determinadas por qPCR, usando a ciclofilina como controle endógeno. Não houve diferença na expressão de SLC2A1 (0,91±0,04 vs. 1,02±0,07), SLC2A3 (1,14±0,16 vs. 1,05±0,1), SLC2A4 (1,20±0,14 vs. 1,01±0,05), SLC2A5 (0,95±0,12 vs. 1,04±0,12), SLC5A1 (1,35±0,25 vs. 1,49±0,44), ATP1A2 (1,29±0,17 vs. 1,03±0,1), ATP1B2 (1,20±0,11 vs. 1,06±0,1), SLC37A4 (1,16±0,16 vs. 1,1±0,12), entre os grupos AP e BP respectivamente (P>0.05). Também não foi possível identificar diferença na quantidade proteica de SLC2A1 no endométrio dos animais do grupo AP em relação ao grupo BP. SLC2A1 foi identificada na membrana basal no epitélio luminal (EL), epitélio glandular (EG) e no estroma uterino dos animais. SLC2A4 foi identificada na membrana basal e membrana apical no EL, EG e no estroma uterino dos animais. Em conclusão, a modulação do tamanho do FPO e [P4] no diestro não afetaram a expressão gênica ou proteica dos transportadores de glicose. É possível que ao invés da expressão gênica ou proteica, a atividade transportadora das SLCs, ou ainda, a expressão e função de genes relacionados ao metabolismo de carboidratos, sejam regulados pelo ambiente endócrino peri-ovulatório em vacas. / In beef cattle, changes in the peri-ovulatory endocrine milieu are associated with conceptus growth and fertility. A large size of the pre-ovulatory follicle (POF) and resulting elevated progesterone (P4) concentrations during diestrus affect pregnancy rates positively. Our hypothesis is that modulation of POF size and diestrus P4 concentrations regulate nutrient availability in the uterus. Specifically, optimal glucose concentrations in the histotroph are required for adequate embryo growth during early gestation. The objective was to determine if POF size and resulting P4 concentrations during the first week of diestrus influence gene expression of Solute Carrier Protein (SLC) families that are related to glucose transport. Cyclic, non-lactating Nelore cows received two injections of cloprostenol (PGF; 0.5mg; i.m.) 14 days apart. Ten days later (day -10; D-10), cows received a P4-releasing device along with estradiol benzoate (2mg; i.m.). To modulate the growth of the POF and alter post-ovulatory P4 production, on D-10 animals received PGF (high post-ovulatory P4 group; HP) or not (low post-ovulatory P4 group; LP). The P4-releasing devices were removed and PGF injected 60 to 42 hours before the ovulation induction in the HP group and 48 to 30 hours before the ovulation induction in the LP group. Ovulation was induced with buserelin (GnRH; 10&micro;g; i.m.) on D0. Diameter of POF and ovulation were assessed by ultrasonography starting onD- 2. From D1 to D7, plasma was obtained for measurement of P4 concentration. On D7, cows that ovulated were slaughtered (HP, n=18 and LP, n=18) and endometrium was dissected and subjected total RNA extraction for qPCR analyzes, total protein extraction for western blotting analyzes and included in paraffin for imunohistochemical analyzes. Differences between group means were determined by student\'s t test. Maximum diameter of the POF (mean ± SEM; 12.8±0.4 vs. 11.1±0.4mm) was greater in HP vs. LP (P<0.01). Progesterone concentration on D7 was larger on the HP group (4.5±1.0 ng/mL and 3.3±1.1 ng/mL; P<0.05). Relative concentrations of transcripts coding for facilitative sugar transporters (SLC2A1, SLC2A3, SLC2A4 and SLC2A5), a sodium-dependent glucose co-transporter (SLC5A1) and other transporters related to glucose uptake (ATP1A2, ATP1B2, SLC37A4) were determined by qPCR, using cyclophilin as the endogenous control gene. There were no significant differences in expression of SLC2A1 (mean ± SEM;0.91±0.04 vs. 1.02±0.07), SLC2A3 (1.14±0.16 vs. 1.05±0.1), SLC2A4 (1.20±0.14 vs. 1.01±0.05), SLC2A5 (0.95±0.12 vs. 1.04±0.12), SLC5A1 (1.35±0.25 vs. 1.49±0.44), ATP1A2 (1.29±0.17 vs. 1.03±0.1), ATP1B2 (1.20±0.11 VS. 1.06±0.1) ,SLC37A4 (1.16±0.16 vs. 1.1±0.12), between HP and LP, respectively (P>0.05). There was no difference in the abundance of SLC2A1 protein between groups. The SLC2A1 protein was localized in the luminal epithelium (LE), glandular epithelium (GE) and uterine stroma (US) of animals. The SLC2A4 protein was localized on the basal and apical membrane of the LE, GE and US of animals. In conclusion, modulation of POF size and diestrus P4 concentrations did not affect the expression of glucose transporter genes or proteins. It is possible that activity of SLC proteins rather than gene expression, or alternatively, expression and function of genes related to carbohydrate metabolism, are regulated by the peri-ovulatory endocrine milieu in cows.
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Efeito do ambiente endócrino peri-ovulatório na expressão gênica e proteica de transportadores de glicose no endométrio durante a primeira semana do ciclo estral em bovinos de corte / Effect of the periovulatory endocrine milieu on endometrial glucose transporters gene and protein expression during the first week post-estrus in beef cattle

França, Moana Rodrigues 18 January 2013 (has links)
Em bovinos de corte, maiores diâmetros do folículo pré-ovulatório (FPO) e as subsequentes altas concentrações de progesterona [P4] aumentam o crescimento do concepto e a taxa de prenhez. Formulou-se a hipótese que a modulação do tamanho do FPO e [P4] no diestro subsequente à ovulação do FPO estimulam a expressão endometrial de transcritos e proteínas da famílias das Solute Carrier Proteins (SLC) que estão relacionadas ao transporte de glicose. Vacas Nelore (n=60), solteiras e ciclando receberam duas injeções de PGF2&alpha; (PGF; 0,5mg; i.m.) com intervalo de 14 dias. Dez dias após (dia -10; D-10), receberam um dispositivo intravaginal liberador de P4 e benzoato de estradiol (2mg; i.m.). Para modular o crescimento do FPO e alterar a produção de P4 pós-ovulação, no D-10 os animais receberam PGF (grupo alta P4; AP) ou não (grupo baixa P4; BP). Dispositivos foram removidos e PGF injetada 60 a 42 horas antes da indução da ovulação para o grupo AP e 48 a 30 horas antes da indução para o grupo BP e ovulações foram induzidas com GnRH (buserelina; 10&micro;g; i.m.) no D0. Crescimento e ovulação do FPO e formação do CL foram avaliados por ultrassom e [P4] medidas por radioimunoensaio. No D7 os animais que ovularam foram abatidos (AP, N=18 e BP, N=18), o endométrio foi dissecado e submetido à extração de RNA total para análises de qPCR, extração de proteínas totais para análises de western blotting e incluído em parafina para análises de imunohistoquímica. Diferença entre as médias dos grupos foi determinada pelo teste t de student. O diâmetro máximo do FPO (média ± erro padrão da média; 12,8±0,4 vs. 11,1±0,4mm) foi maior no grupo AP (P<0,01). A [P4] no D7 foi maior no grupo AP (4,5±1,0 ng/mL vs. 3,3±1,1 ng/mL; P<0,05). As concentrações relativas dos transcritos que codificam SLCs foram determinadas por qPCR, usando a ciclofilina como controle endógeno. Não houve diferença na expressão de SLC2A1 (0,91±0,04 vs. 1,02±0,07), SLC2A3 (1,14±0,16 vs. 1,05±0,1), SLC2A4 (1,20±0,14 vs. 1,01±0,05), SLC2A5 (0,95±0,12 vs. 1,04±0,12), SLC5A1 (1,35±0,25 vs. 1,49±0,44), ATP1A2 (1,29±0,17 vs. 1,03±0,1), ATP1B2 (1,20±0,11 vs. 1,06±0,1), SLC37A4 (1,16±0,16 vs. 1,1±0,12), entre os grupos AP e BP respectivamente (P>0.05). Também não foi possível identificar diferença na quantidade proteica de SLC2A1 no endométrio dos animais do grupo AP em relação ao grupo BP. SLC2A1 foi identificada na membrana basal no epitélio luminal (EL), epitélio glandular (EG) e no estroma uterino dos animais. SLC2A4 foi identificada na membrana basal e membrana apical no EL, EG e no estroma uterino dos animais. Em conclusão, a modulação do tamanho do FPO e [P4] no diestro não afetaram a expressão gênica ou proteica dos transportadores de glicose. É possível que ao invés da expressão gênica ou proteica, a atividade transportadora das SLCs, ou ainda, a expressão e função de genes relacionados ao metabolismo de carboidratos, sejam regulados pelo ambiente endócrino peri-ovulatório em vacas. / In beef cattle, changes in the peri-ovulatory endocrine milieu are associated with conceptus growth and fertility. A large size of the pre-ovulatory follicle (POF) and resulting elevated progesterone (P4) concentrations during diestrus affect pregnancy rates positively. Our hypothesis is that modulation of POF size and diestrus P4 concentrations regulate nutrient availability in the uterus. Specifically, optimal glucose concentrations in the histotroph are required for adequate embryo growth during early gestation. The objective was to determine if POF size and resulting P4 concentrations during the first week of diestrus influence gene expression of Solute Carrier Protein (SLC) families that are related to glucose transport. Cyclic, non-lactating Nelore cows received two injections of cloprostenol (PGF; 0.5mg; i.m.) 14 days apart. Ten days later (day -10; D-10), cows received a P4-releasing device along with estradiol benzoate (2mg; i.m.). To modulate the growth of the POF and alter post-ovulatory P4 production, on D-10 animals received PGF (high post-ovulatory P4 group; HP) or not (low post-ovulatory P4 group; LP). The P4-releasing devices were removed and PGF injected 60 to 42 hours before the ovulation induction in the HP group and 48 to 30 hours before the ovulation induction in the LP group. Ovulation was induced with buserelin (GnRH; 10&micro;g; i.m.) on D0. Diameter of POF and ovulation were assessed by ultrasonography starting onD- 2. From D1 to D7, plasma was obtained for measurement of P4 concentration. On D7, cows that ovulated were slaughtered (HP, n=18 and LP, n=18) and endometrium was dissected and subjected total RNA extraction for qPCR analyzes, total protein extraction for western blotting analyzes and included in paraffin for imunohistochemical analyzes. Differences between group means were determined by student\'s t test. Maximum diameter of the POF (mean ± SEM; 12.8±0.4 vs. 11.1±0.4mm) was greater in HP vs. LP (P<0.01). Progesterone concentration on D7 was larger on the HP group (4.5±1.0 ng/mL and 3.3±1.1 ng/mL; P<0.05). Relative concentrations of transcripts coding for facilitative sugar transporters (SLC2A1, SLC2A3, SLC2A4 and SLC2A5), a sodium-dependent glucose co-transporter (SLC5A1) and other transporters related to glucose uptake (ATP1A2, ATP1B2, SLC37A4) were determined by qPCR, using cyclophilin as the endogenous control gene. There were no significant differences in expression of SLC2A1 (mean ± SEM;0.91±0.04 vs. 1.02±0.07), SLC2A3 (1.14±0.16 vs. 1.05±0.1), SLC2A4 (1.20±0.14 vs. 1.01±0.05), SLC2A5 (0.95±0.12 vs. 1.04±0.12), SLC5A1 (1.35±0.25 vs. 1.49±0.44), ATP1A2 (1.29±0.17 vs. 1.03±0.1), ATP1B2 (1.20±0.11 VS. 1.06±0.1) ,SLC37A4 (1.16±0.16 vs. 1.1±0.12), between HP and LP, respectively (P>0.05). There was no difference in the abundance of SLC2A1 protein between groups. The SLC2A1 protein was localized in the luminal epithelium (LE), glandular epithelium (GE) and uterine stroma (US) of animals. The SLC2A4 protein was localized on the basal and apical membrane of the LE, GE and US of animals. In conclusion, modulation of POF size and diestrus P4 concentrations did not affect the expression of glucose transporter genes or proteins. It is possible that activity of SLC proteins rather than gene expression, or alternatively, expression and function of genes related to carbohydrate metabolism, are regulated by the peri-ovulatory endocrine milieu in cows.
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Perfis endócrinos peri-ovulatórios influenciam o transporte, metabolismo e disponibilidade de aminoácidos no lúmen uterino de vacas de corte durante o diestro inicial / Pre-ovulatory endocrine profiles influence endometrial amino acids transport, metabolism and availability in the uterine lumen during early diestrus in beef cows

França, Moana Rodrigues 16 December 2016 (has links)
Em vacas de corte, folículos pré-ovulatórios (FPO) maiores, maiores concentrações de estradiol (E2) no proestro/estro e progesterona (P4) no diestro favorecem o crescimento do concepto e a fertilidade. Porém, os mecanismos mediados pelos esteroides femininos que influenciam a receptividade uterina ao embrião precisam ser esclarecidos. Os aminoácidos (AA) são componentes das secreções uterinas que são cruciais para a sobrevivência do embrião antes da implantação. A hipótese deste trabalho é que o tamanho do FPO e as concentrações de E2 e P4 modulam a abundância de transcritos relacionados ao transporte e metabolismo de AA no endométrio e afetam a concentração luminal de AA. Para isso, o crescimento folicular de vacas Nelore foi manipulado com o objetivo de formar dois grupos: FPO grande e CL grande (FG-CLG) e FPO pequeno e CL pequeno (FP-CLP). No Dia 4 (D4; Exp 1) e Dia 7 (D7; Exp 2) após a injeção de GnRH para indução da ovulação, foram coletados tecido endometrial e lavado uterino post-mortem. A abundância de transcritos foi avaliada por qRT-PCR e as concentrações de AA nos lavados foram quantificadas por HPLC. No Exp 1, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D4 foram 15,70mm&#177;0,43 vs. 11,31mm&#177;0,23 (p&lt;0,01), 2,44pg/ml&#177;0,19 vs. 0,65pg/ml (p&lt;0,01) e 1,40ng/ml&#177;0,23 vs. 0,80ng/ml&#177;0,10 (p&lt;0,01) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No Exp 2, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D7 foram 13,18mm&#177;0,44 vs. 10,63mm&#177;0,30 (p&lt;0,01), 2,30pg/ml&#177;0,57 vs. 0,50pg/ml&#177;0,13 (p&lt;0,01) e 3,68ng/ml&#177;0,38 vs. 2,49ng/ml&#177;0,43 (p=0,04) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No D4 a abundância de SLC1A4, SLC38A1, SLC6A6, SLC7A4 e SLCY e no D7, SLC1A4, SLC6A1, SLC6A14, SLC7A4, SLC7A8, SLC38A1, SLC38A7, SLC43A2 e DDO foi maior no endométrio dos animais do grupo FG-CLG (p&lt;0,05). No D4, maiores concentrações de taurina, alanina e ácido &#945;-aminobutírico foram observadas no grupo FP-CLP (p&lt;0,05). Em contraste, menores concentrações de valina e cistationina foram encontradas nos lavados uterinos do D7 dos animais do grupo FP-CLP (p&lt;0,05). No D4, os animais do grupo FG-CLG, associado a maior fertilidade, apresentaram menor quantidade de AA nas secreções uterinas, porém, a abundância dos transportadores de AA foi compatível com maior transporte em comparação aos animais do grupo FP-CLP. Esses resultados sugerem que antes do embrião se mover do oviduto ao útero, o transporte e metabolismo dos AA prioriza a preparação das células endometriais para receber o embrião e não o acúmulo nas secreções uterinas. Porém, no D7, quando o embrião está em contato direto com as secreções uterinas, os genes relacionados ao transporte de AA no endométrio e a concentração de AA no histotrofo são estimulados nas vacas do grupo FG-CLG. Portanto o metabolismo e transporte de AA no sentido das células endometriais ou das secreções uterinas pode ser um mecanismo importante para a receptividade materna. / In beef cattle, a large size of the pre-ovulatory follicle (POF) and resulting elevated proestrus/estrus estradiol (E2) and diestrus progesterone (P4) concentrations positively affect conceptus growth and fertility. However, sex-steroid-mediated mechanisms that influence uterine receptivity to the embryo need to be elucidated. Amino acids are important components of maternally-derived secretions that are crucial for embryo survival before implantation. The hypothesis is that the size of the POF, E2 and P4 concentrations modulate endometrial abundance of solute carrier proteins (SLC) transcripts related to AA transport and metabolism and subsequently affect lumenal amino acids concentrations. Therefore, follicle growth of Nelore cows was manipulated to produce two experimental groups: large POF and CL (LF-LCL group) and small POF and CL (SF-SCL group). On Day 4 (D4; Experiment 1) and Day 7 (D7; Experiment 2) post GnRH injection to induce ovulation, endometrial tissue and uterine washings were collected post-mortem. Transcript abundance was evaluated by qRT-PCR and amino acid concentrations were quantified in washings by HPLC. On Experiment 1, POF size, plasma E2 concentration on D-1, and plasma concentration of P4 on D4 were 15.70mm&#177;0.43 vs. 11.31mm&#177;0.23 (p&lt;0.01), 2.44pg/ml&#177;0.19 vs. 0.65pg/ml (p&lt;0.01) and 1.40ng/ml&#177;0.23 vs. 0.80ng/ml&#177;0.10 (p&lt;0.01) for the LF-LCL vs. SF-SCL groups, respectively. For Experiment 2, POF size, plasma E2 concentration on D-1 and plasma P4 concentration on D7 were 13.18mm&#177;0.44 vs. 10.63mm&#177;0.30 (p&lt;0.01), 2.30pg/ml&#177;0.57 vs. 0.50pg/ml&#177;0.13 (p&lt;0.01) and 3.68ng/ml&#177;0.38 vs. 2.49ng/ml&#177;0.43 (p=0.04) for the LF-LCL vs. SF-SCL groups, respectively. On D4, abundance of SLC6A6, SLC7A4, SLC17A5, SLC38A1, SLC38A7 and SLCY and on D7, SLC1A4, SLC6A1, SLC6A14, SLC7A4, SLC7A7, SLC7A8, SLC17A5, SLC38A1, SLC38A7, SLC43A2 and DDO was greater in the endometrium of cows from the LF-LCL group (p&lt;0.05). On D4, higher concentrations of taurine, alanine and &#945;-aminobutiric acid were observed in SF-SCL (p&lt;0.05). In contrast, lower concentrations of valine and cystathionine were quantified in D7 uterine washings from SF-SCL cows (p&lt;0.05). On D4, animals from LF-LCL group, associated with greater fertility, presented less amino acid content in uterine secretion but abundance of transporters was compatible to greater transport in comparison to animals from SF-SCL group. This suggests that before embryo moves from oviduct to uterus, amino acids transport and metabolism pathways prioritizes endometrium cells preparation for receiving the embryo but not accumulation in uterine secretions. However, on D7, when the embryo is in direct contact with uterine secretions, genes related to amino acids transport in endometrium and amino acids concentration in histotroph are up-regulated in LF-LCL cows. The latter insights indicate that amino acids metabolism and transport, towards endometrial cells or uterine secretions, might be mechanisms contributing to maternal receptivity.
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Perfis endócrinos peri-ovulatórios influenciam o transporte, metabolismo e disponibilidade de aminoácidos no lúmen uterino de vacas de corte durante o diestro inicial / Pre-ovulatory endocrine profiles influence endometrial amino acids transport, metabolism and availability in the uterine lumen during early diestrus in beef cows

Moana Rodrigues França 16 December 2016 (has links)
Em vacas de corte, folículos pré-ovulatórios (FPO) maiores, maiores concentrações de estradiol (E2) no proestro/estro e progesterona (P4) no diestro favorecem o crescimento do concepto e a fertilidade. Porém, os mecanismos mediados pelos esteroides femininos que influenciam a receptividade uterina ao embrião precisam ser esclarecidos. Os aminoácidos (AA) são componentes das secreções uterinas que são cruciais para a sobrevivência do embrião antes da implantação. A hipótese deste trabalho é que o tamanho do FPO e as concentrações de E2 e P4 modulam a abundância de transcritos relacionados ao transporte e metabolismo de AA no endométrio e afetam a concentração luminal de AA. Para isso, o crescimento folicular de vacas Nelore foi manipulado com o objetivo de formar dois grupos: FPO grande e CL grande (FG-CLG) e FPO pequeno e CL pequeno (FP-CLP). No Dia 4 (D4; Exp 1) e Dia 7 (D7; Exp 2) após a injeção de GnRH para indução da ovulação, foram coletados tecido endometrial e lavado uterino post-mortem. A abundância de transcritos foi avaliada por qRT-PCR e as concentrações de AA nos lavados foram quantificadas por HPLC. No Exp 1, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D4 foram 15,70mm&#177;0,43 vs. 11,31mm&#177;0,23 (p&lt;0,01), 2,44pg/ml&#177;0,19 vs. 0,65pg/ml (p&lt;0,01) e 1,40ng/ml&#177;0,23 vs. 0,80ng/ml&#177;0,10 (p&lt;0,01) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No Exp 2, o tamanho do FPO, concentrações plasmáticas de E2 no D-1 e de P4 no D7 foram 13,18mm&#177;0,44 vs. 10,63mm&#177;0,30 (p&lt;0,01), 2,30pg/ml&#177;0,57 vs. 0,50pg/ml&#177;0,13 (p&lt;0,01) e 3,68ng/ml&#177;0,38 vs. 2,49ng/ml&#177;0,43 (p=0,04) para os grupos FG-CLG vs. FP-CLP, respectivamente. No D4 a abundância de SLC1A4, SLC38A1, SLC6A6, SLC7A4 e SLCY e no D7, SLC1A4, SLC6A1, SLC6A14, SLC7A4, SLC7A8, SLC38A1, SLC38A7, SLC43A2 e DDO foi maior no endométrio dos animais do grupo FG-CLG (p&lt;0,05). No D4, maiores concentrações de taurina, alanina e ácido &#945;-aminobutírico foram observadas no grupo FP-CLP (p&lt;0,05). Em contraste, menores concentrações de valina e cistationina foram encontradas nos lavados uterinos do D7 dos animais do grupo FP-CLP (p&lt;0,05). No D4, os animais do grupo FG-CLG, associado a maior fertilidade, apresentaram menor quantidade de AA nas secreções uterinas, porém, a abundância dos transportadores de AA foi compatível com maior transporte em comparação aos animais do grupo FP-CLP. Esses resultados sugerem que antes do embrião se mover do oviduto ao útero, o transporte e metabolismo dos AA prioriza a preparação das células endometriais para receber o embrião e não o acúmulo nas secreções uterinas. Porém, no D7, quando o embrião está em contato direto com as secreções uterinas, os genes relacionados ao transporte de AA no endométrio e a concentração de AA no histotrofo são estimulados nas vacas do grupo FG-CLG. Portanto o metabolismo e transporte de AA no sentido das células endometriais ou das secreções uterinas pode ser um mecanismo importante para a receptividade materna. / In beef cattle, a large size of the pre-ovulatory follicle (POF) and resulting elevated proestrus/estrus estradiol (E2) and diestrus progesterone (P4) concentrations positively affect conceptus growth and fertility. However, sex-steroid-mediated mechanisms that influence uterine receptivity to the embryo need to be elucidated. Amino acids are important components of maternally-derived secretions that are crucial for embryo survival before implantation. The hypothesis is that the size of the POF, E2 and P4 concentrations modulate endometrial abundance of solute carrier proteins (SLC) transcripts related to AA transport and metabolism and subsequently affect lumenal amino acids concentrations. Therefore, follicle growth of Nelore cows was manipulated to produce two experimental groups: large POF and CL (LF-LCL group) and small POF and CL (SF-SCL group). On Day 4 (D4; Experiment 1) and Day 7 (D7; Experiment 2) post GnRH injection to induce ovulation, endometrial tissue and uterine washings were collected post-mortem. Transcript abundance was evaluated by qRT-PCR and amino acid concentrations were quantified in washings by HPLC. On Experiment 1, POF size, plasma E2 concentration on D-1, and plasma concentration of P4 on D4 were 15.70mm&#177;0.43 vs. 11.31mm&#177;0.23 (p&lt;0.01), 2.44pg/ml&#177;0.19 vs. 0.65pg/ml (p&lt;0.01) and 1.40ng/ml&#177;0.23 vs. 0.80ng/ml&#177;0.10 (p&lt;0.01) for the LF-LCL vs. SF-SCL groups, respectively. For Experiment 2, POF size, plasma E2 concentration on D-1 and plasma P4 concentration on D7 were 13.18mm&#177;0.44 vs. 10.63mm&#177;0.30 (p&lt;0.01), 2.30pg/ml&#177;0.57 vs. 0.50pg/ml&#177;0.13 (p&lt;0.01) and 3.68ng/ml&#177;0.38 vs. 2.49ng/ml&#177;0.43 (p=0.04) for the LF-LCL vs. SF-SCL groups, respectively. On D4, abundance of SLC6A6, SLC7A4, SLC17A5, SLC38A1, SLC38A7 and SLCY and on D7, SLC1A4, SLC6A1, SLC6A14, SLC7A4, SLC7A7, SLC7A8, SLC17A5, SLC38A1, SLC38A7, SLC43A2 and DDO was greater in the endometrium of cows from the LF-LCL group (p&lt;0.05). On D4, higher concentrations of taurine, alanine and &#945;-aminobutiric acid were observed in SF-SCL (p&lt;0.05). In contrast, lower concentrations of valine and cystathionine were quantified in D7 uterine washings from SF-SCL cows (p&lt;0.05). On D4, animals from LF-LCL group, associated with greater fertility, presented less amino acid content in uterine secretion but abundance of transporters was compatible to greater transport in comparison to animals from SF-SCL group. This suggests that before embryo moves from oviduct to uterus, amino acids transport and metabolism pathways prioritizes endometrium cells preparation for receiving the embryo but not accumulation in uterine secretions. However, on D7, when the embryo is in direct contact with uterine secretions, genes related to amino acids transport in endometrium and amino acids concentration in histotroph are up-regulated in LF-LCL cows. The latter insights indicate that amino acids metabolism and transport, towards endometrial cells or uterine secretions, might be mechanisms contributing to maternal receptivity.

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