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Pesquisa de infecção por riquétsias do grupo da febre maculosa em cães, pequenos mamíferos e carrapatos em área endêmica e não endêmicas nos biomas Pampa e Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Sul / Survey for rickettsial infection of the spotted fever group in dogs, small mammals and ticks in endemic and non-endemic areas of the Pampa and Atlantic forest biomes in the state of Rio Grande do SulKrawczak, Felipe da Silva 05 August 2016 (has links)
Em 2005 o primeiro caso de Febre Maculosa Brasileira (FMB) foi reconhecido no estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Desde então até abril de 2016 doze casos foram confirmados, sendo que quatro destes são autóctones do município de Cerro Largo, área considerada endêmica para a enfermidade riquetsial. Neste mesmo período o RS também notificou 58 casos suspeitos ao Ministério da Saúde. No RS são encontrados dois biomas, Mata Atlântica e Pampa, este último não ocorrendo em outras unidades federativa do país. Até o momento, inexistem estudos relatando a infecção por riquétsias na ixodofauna gaúcha. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo pesquisar a infecção de riquétsias do Grupo da Febre Maculosa (GFM) em cães, pequenos mamíferos e carrapatos; através da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), qPCR e tentativa de isolamento de riquétsias em cultivo celular dos ixodídeos coletados em área endêmica (Cerro Largo) e áreas não endêmicas nos biomas Pampa e Mata Atlântica no RS. Na sorologia (RIFI), 33,5 % (55/164), 2,9% (1/33), 40% (16/40) dos pequenos mamíferos e 8,3% (3/36), 13,9% (5/36) e 20,4 (28/137) dos cães coletados na Mata Atlântica, Pampa e área endêmica para FMB, respectivamente, foram sororreagentes para pelo menos um dos seis antígenos de riquétsias testados. Oito espécies de carrapatos foram coletadas no local de Mata Atlântica, sendo: Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma incisum, Amblyomma ovale, Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes loricatus, Rhipicephalus microplus e Amblyomma yucumense com destaque para esta última que foi descrita como uma espécie nova. Já para o fragmento de Pampa quatro espécies foram encontradas (A. aureolatum, A. ovale, Amblyomma tigrinum e Rhipicephalus sanguineus) e na área endêmica para FMB no RS, coletamos cinco espécies de carrapatos, Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, A. ovale, I. loricatus e R. microplus. Detectamos molecularmente pela primeira vez no RS, Candidatus Rickettsia amblyommii em A. longirostre e A. brasiliense, Candidatus Rickettsia andeanae em A. aureolatum e A. tigrinum, Rickettsia bellii em I. loricatus, Rickettsia rhipicephali em A. yucumense e H. juxtakochi, Candidatus Rickettsia asemboensis em pulgas no Brasil e de extrema importância para o conhecimento da epidemiologia da FMB no RS, detectamos Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em A. ovale oriundos de Cerro Largo (área endêmica para FMB no RS). Como primeiros isolamentos de riquétsia para o estado do RS, isolamos R. bellii de I. loricatus coletados na Mata Atlântica e área endêmica para FMB no RS. O presente estudo é pioneiro em relação a investigação comparativa sobre FMB nos biomas Pampa e Mata Atlântica e também o primeiro estudo molecular e isolamento de riquétsias em cultivo celular de amostras coletadas no RS, Brasil / In 2005 the first Brazilian Spotted Fever (BSF) case was confirmed in the Rio Grande do Sul (RS) state, Brazil. Ever since until April 2016, twelve cases have been confirmed, and four of them are native from Cerro Largo city, an area considered endemic to the riquetsial illness. During the same period, RS also notified 58 suspected cases to the Ministry of Health. There are two distinct biomes in RS, Atlantic Forest and Pampa, the later restricted to RS within the Brazilian land. Until now, no studies reported rickettsial infection in the ixodofauna of RS. Thus, this study aimed to investigate the rickettsial infection of Spotted Fever Group (SFG) in dogs, small mammals and ticks; by immunofluorescence assay (IFA), qPCR and attempted rickettsial isolation in cell culture from ticks collected in an endemic area (Cerro Largo) and non-endemic areas in Pampa and Atlantic Forest biomes of RS. Through serology (IFA), 33.5% (55/164), 2.9% (1/33) and 40% (16/40) small mammals, and 8.3% (3/36), 13.9 % (5/36) and 20.4 (28/137) dogs from the Atlantic Forest, Pampa, and BSF-endemic area, respectively, were seroreactive (titer ≥64) to at least one of the six rickettsia antigens tested. Eight species of ticks were collected in the Atlantic Forest: Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma incisum, Amblyomma ovale, Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes loricatus, Rhipicephalus microplus and Amblyomma yucumense, the later described as a new species. In the Pampa fragment, four tick species were found (A. aureolatum, A. ovale, Amblyomma tigrinum and Rhipicephalus sanguineus), and five tick species (Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, A. ovale, I. loricatus, R. microplus) in the BSF-endemic area of RS. We performed the first molecular detection in the RS state of "Candidatus Rickettsia amblyommii" in A. longirostre and A. brasiliense; "Candidatus Rickettsia andeanae" in A. aureolatum and A. tigrinum; Rickettsia bellii in I. loricatus; Rickettsia rhipicephali in A. yucumense and H. juxtakochi; and "Candidatus Rickettsia asemboensis" in fleas in Brazil. Noteworthy, we detected the pathogen Rickettsia sp. strain Atlantic rainforest in A. ovale ticks from Cerro Largo (endemic area for BSF in RS). We also performed the first isolation in cell culture of rickettsia from RS state, which comprised R. bellii from I. loricatus collected in the Atlantic Forest and the BSF-endemic area. This study is the first comparative research about rickettsiae among Pampa and Atlantic Forest biomes, and also the first molecular detection and isolation in cell culture of rickettsiae from Rio Grande do Sul, Brazil
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Pesquisa de infecção por riquétsias do grupo da febre maculosa em cães, pequenos mamíferos e carrapatos em área endêmica e não endêmicas nos biomas Pampa e Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Sul / Survey for rickettsial infection of the spotted fever group in dogs, small mammals and ticks in endemic and non-endemic areas of the Pampa and Atlantic forest biomes in the state of Rio Grande do SulFelipe da Silva Krawczak 05 August 2016 (has links)
Em 2005 o primeiro caso de Febre Maculosa Brasileira (FMB) foi reconhecido no estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Desde então até abril de 2016 doze casos foram confirmados, sendo que quatro destes são autóctones do município de Cerro Largo, área considerada endêmica para a enfermidade riquetsial. Neste mesmo período o RS também notificou 58 casos suspeitos ao Ministério da Saúde. No RS são encontrados dois biomas, Mata Atlântica e Pampa, este último não ocorrendo em outras unidades federativa do país. Até o momento, inexistem estudos relatando a infecção por riquétsias na ixodofauna gaúcha. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo pesquisar a infecção de riquétsias do Grupo da Febre Maculosa (GFM) em cães, pequenos mamíferos e carrapatos; através da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), qPCR e tentativa de isolamento de riquétsias em cultivo celular dos ixodídeos coletados em área endêmica (Cerro Largo) e áreas não endêmicas nos biomas Pampa e Mata Atlântica no RS. Na sorologia (RIFI), 33,5 % (55/164), 2,9% (1/33), 40% (16/40) dos pequenos mamíferos e 8,3% (3/36), 13,9% (5/36) e 20,4 (28/137) dos cães coletados na Mata Atlântica, Pampa e área endêmica para FMB, respectivamente, foram sororreagentes para pelo menos um dos seis antígenos de riquétsias testados. Oito espécies de carrapatos foram coletadas no local de Mata Atlântica, sendo: Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma incisum, Amblyomma ovale, Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes loricatus, Rhipicephalus microplus e Amblyomma yucumense com destaque para esta última que foi descrita como uma espécie nova. Já para o fragmento de Pampa quatro espécies foram encontradas (A. aureolatum, A. ovale, Amblyomma tigrinum e Rhipicephalus sanguineus) e na área endêmica para FMB no RS, coletamos cinco espécies de carrapatos, Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, A. ovale, I. loricatus e R. microplus. Detectamos molecularmente pela primeira vez no RS, Candidatus Rickettsia amblyommii em A. longirostre e A. brasiliense, Candidatus Rickettsia andeanae em A. aureolatum e A. tigrinum, Rickettsia bellii em I. loricatus, Rickettsia rhipicephali em A. yucumense e H. juxtakochi, Candidatus Rickettsia asemboensis em pulgas no Brasil e de extrema importância para o conhecimento da epidemiologia da FMB no RS, detectamos Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em A. ovale oriundos de Cerro Largo (área endêmica para FMB no RS). Como primeiros isolamentos de riquétsia para o estado do RS, isolamos R. bellii de I. loricatus coletados na Mata Atlântica e área endêmica para FMB no RS. O presente estudo é pioneiro em relação a investigação comparativa sobre FMB nos biomas Pampa e Mata Atlântica e também o primeiro estudo molecular e isolamento de riquétsias em cultivo celular de amostras coletadas no RS, Brasil / In 2005 the first Brazilian Spotted Fever (BSF) case was confirmed in the Rio Grande do Sul (RS) state, Brazil. Ever since until April 2016, twelve cases have been confirmed, and four of them are native from Cerro Largo city, an area considered endemic to the riquetsial illness. During the same period, RS also notified 58 suspected cases to the Ministry of Health. There are two distinct biomes in RS, Atlantic Forest and Pampa, the later restricted to RS within the Brazilian land. Until now, no studies reported rickettsial infection in the ixodofauna of RS. Thus, this study aimed to investigate the rickettsial infection of Spotted Fever Group (SFG) in dogs, small mammals and ticks; by immunofluorescence assay (IFA), qPCR and attempted rickettsial isolation in cell culture from ticks collected in an endemic area (Cerro Largo) and non-endemic areas in Pampa and Atlantic Forest biomes of RS. Through serology (IFA), 33.5% (55/164), 2.9% (1/33) and 40% (16/40) small mammals, and 8.3% (3/36), 13.9 % (5/36) and 20.4 (28/137) dogs from the Atlantic Forest, Pampa, and BSF-endemic area, respectively, were seroreactive (titer ≥64) to at least one of the six rickettsia antigens tested. Eight species of ticks were collected in the Atlantic Forest: Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma incisum, Amblyomma ovale, Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes loricatus, Rhipicephalus microplus and Amblyomma yucumense, the later described as a new species. In the Pampa fragment, four tick species were found (A. aureolatum, A. ovale, Amblyomma tigrinum and Rhipicephalus sanguineus), and five tick species (Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, A. ovale, I. loricatus, R. microplus) in the BSF-endemic area of RS. We performed the first molecular detection in the RS state of "Candidatus Rickettsia amblyommii" in A. longirostre and A. brasiliense; "Candidatus Rickettsia andeanae" in A. aureolatum and A. tigrinum; Rickettsia bellii in I. loricatus; Rickettsia rhipicephali in A. yucumense and H. juxtakochi; and "Candidatus Rickettsia asemboensis" in fleas in Brazil. Noteworthy, we detected the pathogen Rickettsia sp. strain Atlantic rainforest in A. ovale ticks from Cerro Largo (endemic area for BSF in RS). We also performed the first isolation in cell culture of rickettsia from RS state, which comprised R. bellii from I. loricatus collected in the Atlantic Forest and the BSF-endemic area. This study is the first comparative research about rickettsiae among Pampa and Atlantic Forest biomes, and also the first molecular detection and isolation in cell culture of rickettsiae from Rio Grande do Sul, Brazil
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