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Gestão do trabalho e estresse ocupacional: estudo em uma organização de serviçosReis, Ana Lúcia Pellegrini Pessoa dos January 2005 (has links)
p. 1-141 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-03-20T19:25:28Z
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Previous issue date: 2005 / Este estudo analisou as repercussões dos Modelos de Gestão Contemporânea, conforme
denominado por CHANLAT (1995), na saúde do trabalhador. De forma específica, buscou-se
identificar os fatores psicossociais associados aos novos modelos de gestão e avaliar a
associação entre estes fatores e a produção do estresse psíquico. Ainda que em tese os novos
modelos de gestão apresentem características positivas como mudanças nas condições,
organização do trabalho e qualificação do trabalhador (ULRICH, 1998; ORLICKAS, 1999;
GRAMIGNA, 2002) para a saúde do trabalhador, há que considerar os impactos negativos
para os trabalhado res (HIRATA, 1994; COUTO; MORAES, 1999; AKTOUF, 2001;
AGUIAR, 2002; ANTUNES, 2002). Esta investigação descritiva foi realizada em uma
empresa do segmento de serviços na Bahia e desenvolvida em duas etapas interligadas, na
qual participaram 101 trabalhadores. Na primeira etapa, foi realizado o levantamento de dados
para caracterização da empresa e do seu modelo de gestão. Na segunda etapa, optou-se pela
abordagem de natureza quantitativa, por meio de um estudo descritivo, transversal para
avaliar a relação dos fatores psicossociais no trabalho com o estresse psíquico. Foi adotada
neste estudo a concepção de estresse ocupacional do NIOSH (2003), que incorpora aspectos
das abordagens psicossociais do estresse denominadas modelo demanda-controle
(KARASEK, 1979); modelo demanda controle-apoio social de Karasek e Theorell
(THEORELL, 1998); modelo do desequilíbrio esforço-recompensa (SIEGRIST, 1998) e
modelo ecológico (LEVI, 1997). Os instrumentos utilizados foram o Copenhagem
Psycosocial Questionnaire (COPSOQ) e o General Health Questionnaire (QSG), na sua
versão reduzida, validado no Brasil por Pasquali et al. (1996). Na análise de dados coletados,
utilizou-se o Statistical Package for Social Science (SPSS). Os resultados apontaram que as
altas/ médias exigências no trabalho (demandas quantitativa, cognitiva, emocional, demandas
para supressão de emoções e sensorial) tanto entre as mulheres (alta demanda quantitativa,
cognitiva, emocional, para supressão de emoções e indicação de nível médio de demanda
sensorial) quanto entre os homens (altas demandas quantitativas e emocionais, médias
demandas cognitivas, para supressão de emoções e sensorial) estão associadas à ocorrência de
estresse psíquico. Quanto ao controle no trabalho, avaliado neste estudo pelas dimensões,
possibilidades de desenvolvimento e influência no trabalho, observou -se que a indicação
pelos trabalhadores de haver médio/baixo nível em pelo menos uma destas dimensões no
contexto de trabalho, está associado à ocorrência de estresse psíquico. Finalmente,
considerando os resultados e limites desta investigação, sugere-se uma nova agenda de
estudos para sua ampliação e reavaliação. / Salvador
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