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A emergência de metáforas na fala sobre violência urbana: uma análise cognitivo-discursiva / The metaphor emergence in the speech of urban violence: a discourse-cognitive analysis

Lima, João Paulo Rodrigues de January 2012 (has links)
LIMA, João Paulo Rodrigues de. A emergência de metáforas na fala sobre violência urbana: uma análise cognitivo-discursiva. 2012. 269f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-06-13T12:25:37Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_jprlima.pdf: 2631262 bytes, checksum: 1127e65b1d3dd7d1e8465d616cd37446 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-06-13T13:43:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_jprlima.pdf: 2631262 bytes, checksum: 1127e65b1d3dd7d1e8465d616cd37446 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-06-13T13:43:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_jprlima.pdf: 2631262 bytes, checksum: 1127e65b1d3dd7d1e8465d616cd37446 (MD5) Previous issue date: 2012 / The discourse can be seen as a complex dynamic system, which adapts itself according to contextual needs. Thus, the metaphors in the discourse seem to emerge out of a conceptual negotiation along the conversational interaction. Cameron (2003, 2007, 2008) calls these types of metaphors systematic, since they permeate different talks, signaling a collaborative construction. The emergence of these metaphors means a temporary stability, due to the interaction between different agents: pragmatic, social, cultural, historical and cognitive. However, Cameron does not specify which cognitive elements could have been used to emerge these stabilizations. This research suggests the dynamic discursive system is also made of conceptual schematic structures as a result of embodied basic experiences common to every person (or at least to the vast majority): the image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) and conceptual primary metaphors (GRADY, 1997). Thus, it is understood that systematic metaphors do not emerge only from discourse factors, but also from cognition, in double directionality (discourse-cognition and vice-versa). In order to confirm this thought, it was used the focal group investigation technique. The group was made of college students who talked about urban violence. The discourse was recorded in audio and video, then transcribed according to the procedures listed by Cameron et al. (2009). The research is qualitative, so the data analysis is guided by the following theoretical references: Primary Metaphor Integrated Theory (LAKOFF & JOHNSON, 1999), image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Complex Adaptive Dynamic System Theory and the metaphor-led discourse analysis approach (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). The systematic metaphors identified in the data were matched to schemas and primary metaphors, inferring then the emergence of figurative language in the discourse occurs in two ways. Furthermore, schemas and primary metaphors seem to be some of the cognitive agents present in those emergences, and the discourse topics are at least one of the agents which motivate the use of certain schemas and primary metaphors instead of others. / O discurso pode ser compreendido como um sistema dinâmico complexo, que se adapta de acordo com as necessidades contextuais. Desse modo, as metáforas presentes nos discursos parecem emergir a partir de uma negociação de conceitos durante a interação conversacional. Cameron (2003, 2007, 2008) chama estes tipos de metáforas de sistemáticas, pois percorrem diversas falas, apontando para uma construção colaborativa. A emergência destas metáforas significa uma estabilidade temporária no discurso, resultante da interação entre diversos agentes: pragmáticos, sociais, culturais, históricos e cognitivos. Contudo, Cameron não especifica que recursos cognitivos podem ter sido usados para fazer emergir estas estabilizações. Esta pesquisa sugere que o sistema dinâmico discursivo é também constituído de estruturas conceituais esquemáticas derivadas das experiências básicas corpóreas comuns a todos (ou pelo menos a maioria) dos seres humanos: os esquemas imagético-cinestésicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) e as metáforas conceituais primárias (GRADY, 1997). Assim, entendemos que a metáfora sistemática não emerge somente do discurso, mas também da cognição, em uma dupla direcionalidade (discurso-cognição e vice-versa). A fim de confirmar este pensamento, foi utilizada a técnica de investigação de grupo focal, formado por jovens adultos universitários, que discorreram sobre violência urbana. O discurso foi gravado em áudio e vídeo, depois transcrito segundo os procedimentos listados por Cameron et al. (2009). A pesquisa é de natureza qualitativa, portanto os dados são interpretados utilizando os seguintes referenciais teóricos: Teoria Integrada da Metáfora Primária (LAKOFF & JOHNSON, 1999), esquemas imagético-cinestésicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos Adaptativos e a análise do discurso à luz da metáfora (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). As metáforas sistemáticas foram identificadas e relacionadas aos esquemas e metáforas primárias, sendo possível inferir que a emergência de linguagem figurada no discurso ocorre dinamicamente em duas vias. Além disso, verificamos que esquemas e metáforas primárias parecem ser alguns dos agentes cognitivos envolvidos nestas emergências, e os tópicos discursivos são os agentes que motivam o uso de certos esquemas e metáforas primárias em detrimento de outros.
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A emergÃncia de metÃforas na fala sobre violÃncia urbana: uma anÃlise cognitivo-discursiva / The metaphor emergence in the speech of urban violence: a discourse-cognitive analysis

JoÃo Paulo Rodrigues de Lima 07 August 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O discurso pode ser compreendido como um sistema dinÃmico complexo, que se adapta de acordo com as necessidades contextuais. Desse modo, as metÃforas presentes nos discursos parecem emergir a partir de uma negociaÃÃo de conceitos durante a interaÃÃo conversacional. Cameron (2003, 2007, 2008) chama estes tipos de metÃforas de sistemÃticas, pois percorrem diversas falas, apontando para uma construÃÃo colaborativa. A emergÃncia destas metÃforas significa uma estabilidade temporÃria no discurso, resultante da interaÃÃo entre diversos agentes: pragmÃticos, sociais, culturais, histÃricos e cognitivos. Contudo, Cameron nÃo especifica que recursos cognitivos podem ter sido usados para fazer emergir estas estabilizaÃÃes. Esta pesquisa sugere que o sistema dinÃmico discursivo à tambÃm constituÃdo de estruturas conceituais esquemÃticas derivadas das experiÃncias bÃsicas corpÃreas comuns a todos (ou pelo menos a maioria) dos seres humanos: os esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) e as metÃforas conceituais primÃrias (GRADY, 1997). Assim, entendemos que a metÃfora sistemÃtica nÃo emerge somente do discurso, mas tambÃm da cogniÃÃo, em uma dupla direcionalidade (discurso-cogniÃÃo e vice-versa). A fim de confirmar este pensamento, foi utilizada a tÃcnica de investigaÃÃo de grupo focal, formado por jovens adultos universitÃrios, que discorreram sobre violÃncia urbana. O discurso foi gravado em Ãudio e vÃdeo, depois transcrito segundo os procedimentos listados por Cameron et al. (2009). A pesquisa à de natureza qualitativa, portanto os dados sÃo interpretados utilizando os seguintes referenciais teÃricos: Teoria Integrada da MetÃfora PrimÃria (LAKOFF & JOHNSON, 1999), esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Teoria dos Sistemas DinÃmicos Complexos Adaptativos e a anÃlise do discurso à luz da metÃfora (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). As metÃforas sistemÃticas foram identificadas e relacionadas aos esquemas e metÃforas primÃrias, sendo possÃvel inferir que a emergÃncia de linguagem figurada no discurso ocorre dinamicamente em duas vias. AlÃm disso, verificamos que esquemas e metÃforas primÃrias parecem ser alguns dos agentes cognitivos envolvidos nestas emergÃncias, e os tÃpicos discursivos sÃo os agentes que motivam o uso de certos esquemas e metÃforas primÃrias em detrimento de outros. / The discourse can be seen as a complex dynamic system, which adapts itself according to contextual needs. Thus, the metaphors in the discourse seem to emerge out of a conceptual negotiation along the conversational interaction. Cameron (2003, 2007, 2008) calls these types of metaphors systematic, since they permeate different talks, signaling a collaborative construction. The emergence of these metaphors means a temporary stability, due to the interaction between different agents: pragmatic, social, cultural, historical and cognitive. However, Cameron does not specify which cognitive elements could have been used to emerge these stabilizations. This research suggests the dynamic discursive system is also made of conceptual schematic structures as a result of embodied basic experiences common to every person (or at least to the vast majority): the image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) and conceptual primary metaphors (GRADY, 1997). Thus, it is understood that systematic metaphors do not emerge only from discourse factors, but also from cognition, in double directionality (discourse-cognition and vice-versa). In order to confirm this thought, it was used the focal group investigation technique. The group was made of college students who talked about urban violence. The discourse was recorded in audio and video, then transcribed according to the procedures listed by Cameron et al. (2009). The research is qualitative, so the data analysis is guided by the following theoretical references: Primary Metaphor Integrated Theory (LAKOFF & JOHNSON, 1999), image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Complex Adaptive Dynamic System Theory and the metaphor-led discourse analysis approach (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). The systematic metaphors identified in the data were matched to schemas and primary metaphors, inferring then the emergence of figurative language in the discourse occurs in two ways. Furthermore, schemas and primary metaphors seem to be some of the cognitive agents present in those emergences, and the discourse topics are at least one of the agents which motivate the use of certain schemas and primary metaphors instead of others.

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