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Transplante ortotópico de fígado sem desvio veno-venoso pelas técnicas convencional e piggybackSérgio Vieira de Melo, Paulo 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Introdução: O transplante ortotópico de fígado é amplamente utilizado no tratamento das doenças hepáticas irreversíveis e sem possibilidade de tratamento clínico. Na realização desse procedimento, ao se empregar a técnica convencional, a veia cava retro-hepática é removida juntamente com o fígado nativo. A veia cava inferior (VCI), portanto, permanece clampeada até a revascularização do enxerto e, nesse período, ocorre diminuição do retorno venoso, que pode induzir queda do débito cardíaco (em até 50%), instabilidade hemodinâmica e diminuição da pressão de perfusão renal. A utilização do sistema de desvio veno-venoso (DVV) porto-fêmoro-axilar, onde o sangue proveniente da veia femoral e da veia porta retorna ao coração, pela veia axilar, impulsionado por uma bomba centrífuga, tem como objetivo minimizar os efeitos do clampeamento da VCI. Na técnica piggyback, o fígado nativo é retirado preservando-se a veia cava do receptor, que é clampeada apenas parcialmente. O Serviço de Transplante Hepático dos hospitais Universitário Oswaldo Cruz e Jayme da Fonte têm empregado as duas técnicas sem a utilização do DVV há dez anos. O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados com a utilização das duas técnicas. Casuística e Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, 195 pacientes, transplantados entre 1999 e 2008, sendo 125 pela técnica convencional sem desvio veno-venoso (grupo CON) e 70 pela técnica piggyback (grupo PB). Os dados referentes aos receptores, no período pré-transplante, e aos doadores foram comparáveis. Analisaram-se parâmetros transoperatórios (tempo cirúrgico, tempo de isquemia, uso de hemoderivados e diurese), suporte de terapia intensiva (tempo de permanência e uso de drogas vasoativas), período de intubação, período de internamento hospitalar, função renal, função do enxerto, variação de peso, complicações pós-operatórias, retransplante e sobrevida dos pacientes. Resultados: O grupo PB apresentou redução do tempo cirúrgico, do tempo de isquemia total, do tempo de isquemia quente, do uso de concentrado de hemácias e plasma fresco, do tempo de internamento hospitalar e da mortalidade em 30 dias (p<0,05). Não houve diferença com relação à diurese transoperatória, ao tempo de permanência e ao uso de drogas vasoativas na UTI, ao período de intubação, à função renal, à função do enxerto, à variação de peso, à necessidade de reoperação, à incidência de sepse, às complicações biliares, às complicações vasculares, à necessidade de retransplante e à sobrevida atuarial de seis meses. Conclusão: O transplante ortotópico de fígado pode ser realizado sem DVV, com bons resultados, tanto pela técnica convencional quanto pela técnica piggyback. Desde que não haja contra-indicação técnica ou previsão de tempo de isquemia prolongado, a técnica piggyback deve ser preferida
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