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Três ensaios em economia da educação

Tavares, Priscilla de Albuquerque 12 March 2014 (has links)
Submitted by Priscilla Albuquerque Tavares (priscilla.albuquerque.tavares@gmail.com) on 2014-03-18T17:30:09Z No. of bitstreams: 1 Três Ensaios em Economia da Educação.pdf: 2034079 bytes, checksum: 94381c3e013977b9b7603e49d6c371d6 (MD5) / Approved for entry into archive by Suzinei Teles Garcia Garcia (suzinei.garcia@fgv.br) on 2014-03-18T17:45:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Três Ensaios em Economia da Educação.pdf: 2034079 bytes, checksum: 94381c3e013977b9b7603e49d6c371d6 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-18T17:48:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Três Ensaios em Economia da Educação.pdf: 2034079 bytes, checksum: 94381c3e013977b9b7603e49d6c371d6 (MD5) Previous issue date: 2014-03-12 / Este trabalho é composto por três artigos na área de Microeconomia Aplicada – Economia da Educação, que se dedicam a estudar três aspectos distintos da gestão educacional. O primeiro artigo trata da avaliação de impacto de um programa piloto de gestão escolar, implantado na rede estadual de São Paulo em 2008, com o objetivo de fornecer suporte às escolas com os piores resultados educacionais a implantar as metas de qualidade impostas pelo governo paulista. O programa inclui treinamento de gestores, estabelecimento de metas e monitoramento de indicadores relacionados à aprendizagem. Dado que a seleção ao programa é realizada por meio de uma regra arbitrária, utilizamos a técnica de regressão com descontinuidade para avaliar seus efeitos sobre a aprendizagem. Os resultados indicam que o programa possui um impacto positivo nas notas de matemática dos alunos da 8ª série, mas não possui nenhum efeito sobre as notas de língua portuguesa. As escolas participantes do programa também parecem ter promovido mudanças em suas práticas básicas de gestão. O segundo artigo avalia os efeitos da remuneração do professor sobre a aprendizagem dos alunos. Na rede estadual de São Paulo, os professores recebem um aumento salarial de 5% sempre que completam um ciclo de cinco anos de tempo de serviço (regra dos quinquênios). A partir de 2008, estes professores passaram a receber também bonificação atrelada ao desempenho dos estudantes em teste padronizados e o valor do bônus é uma função do salário médio recebido pelo professor ao longo do ano. Nós utilizamos a elegibilidade à regra dos quinquênios e a variação no tempo de admissão dos professores ao longo do ano para implantar estratégias de diferenças duplas e diferenças triplas e avaliar o impacto da remuneração regular e da remuneração variável dos docentes sobre a aprendizagem. Nossos resultados não nos permitem concluir que o aumento dos salários fixos do professor impacte a proficiência dos alunos, por meio de um efeito-renda. Além disso, também não encontramos evidências de que bônus potencialmente mais elevados na margem estejam associados às maiores notas dos estudantes. O terceiro artigo emprega a abordagem de desigualdade de oportunidades para estudar em que medida as desigualdades educacionais podem ser influenciadas direta ou indiretamente pelas escolas e pelas secretarias de educação. A partir de um modelo conceitual, separamos os fatores associados ao aprendizado em circunstâncias e esforços. No primeiro grupo, encontram-se os fatores que sobre quais os gestores das redes e das escolas não são capazes de atuar diretamente (por exemplo, o background familiar dos alunos). No segundo grupo, estão os fatores diretamente relacionados à gestão da escola ou das redes (por exemplo, o cumprimento do currículo escolar). Distinguimos ainda entre fatores que estão sob a responsabilidade das redes, mas não das escolas (por exemplo, o perfil dos professores contratados). Nossos resultados indicam que o efeito-rede é da ordem de 50%-60% e o efeito-escola de cerca de 40%-45%. Então, estimamos que entre 10% e 15% da desigualdade de notas está sob controle de políticas educacionais estabelecidas pelos órgãos centrais, mas fogem ao controle direto dos diretores das escolas. A metodologia adotada nos permite considerar os esforços como endógenos, ou seja, influenciados pelas circunstâncias. Deste modo, somos capazes de estimar em que medida as ações dos gestores podem interagir com as circunstâncias e, portanto, minimizar seus impactos sobre as desigualdades de notas. Nossas estimativas indicam que entre 10% e 23% das desigualdades de notas devidas ao perfil dos alunos pode ser influenciado por políticas educacionais. / This work consists of three articles in the area of Applied Microeconomics - Economics of Education, dedicated to study three different aspects of educational management. The first article deals with the impact of a pilot program for school management, implemented in state of São Paulo in 2008, with the goal of providing support to schools with the worst educational results. The program includes training, setting targets and monitoring indicators related to learning. Since the program selection is performed by an arbitrary rule, we use regression discontinuity design to assess their effects on learning. The results indicate that the program has a positive impact on math scores of students in grade 8, but has no effect on Portuguese. Schools participating in the program also appear to have promoted changes in their basic management practices. The second paper evaluates the effects of teacher compensation on students' learning. In state of São Paulo, teachers receive a salary increase of 5% whenever she completes a cycle of five years of service time (rule of quinquênios). Since 2008, these teachers also receive a pay-forperformance bonuses, as a function of her average wage received throughout the year. We use the quinquênio’s rule of eligibility and the variation in time of admission of teachers throughout the year to implement differences-in-differences and triple differences strategies to evaluate the impact of regular and variable remuneration of teachers on learning. Our results do not allow us to conclude that the increase in teachers’ fixed salaries impact student proficiency through an income effect. Furthermore, we did not find any evidence that potentially higher bonuses are associated with higher grades of students. The third article employs the approach of equality of opportunities to study the extent to which educational inequalities can be influenced directly or indirectly by the schools and departments of education. From a conceptual model, we separate the factors associated with learning in circumstances and efforts. In the first group are the factors on which managers of departments of education and schools are not capable of act directly (e.g., students’ background). In the second group are the factors directly related to school administration (e.g., compliance with the school curriculum). We still distinguish between factors that are under the responsibility of the departments of education, but not the schools (e.g., the profile of teachers). We estimate that about 50%-60% of educational inequalities are due efforts and about 40%-45% can be attributed to school-effect. Then, we estimate that between 10% and 15% of the inequality of notes is under control of educational policies set by central agencies, but are beyond the direct control of the school principals. The methodology allows us to consider the efforts as endogenous, i.e., influenced by circumstances. Thus, we are able to estimate the extent to which the actions of managers can interact with the circumstances and therefore minimize their impact on educational inequalities. Our estimates indicate that between 10% and 23% of inequalities of notes due to student profile can be influenced by educational policies.

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