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“Quando me dei conta de que era negra(o)/branca(o)? ”: um estudo a partir de relatos autobiográficos de estudantes adolescentes

Souta, Marivete 29 May 2017 (has links)
Submitted by Eunice Novais (enovais@uepg.br) on 2017-09-04T23:32:13Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marivete Souta.pdf: 5632362 bytes, checksum: 5cdd5b785f8ab516106802095bf20e9e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-04T23:32:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marivete Souta.pdf: 5632362 bytes, checksum: 5cdd5b785f8ab516106802095bf20e9e (MD5) Previous issue date: 2017-05-29 / Esta pesquisa se situa na área dos estudos da Linguagem e investigou como as(os) alunas(os) negras(os) e brancas(os) de um colégio da rede pública estadual do Paraná expressam suas identidades étnico-raciais por meio da produção de relatos autobiográficos. Para tanto, foram elencados os seguintes objetivos: verificar se/quais conflitos de identidade racial aparecem nas produções de alunas(os) negras(os) e brancas(os); identificar o papel da escola e outras instituições e/ou meios na (re)construção da(s) identidade(s) raciais e analisar como uma SD com o gênero relato autobiográfico, com a perspectiva do letramento racial crítico e da educação antirracista pode contribuir para a construção da identidade étnico-racial. Os conceitos de raça na perspectiva sociológica foram retomados, trazendo a concepção de raça como uma construção histórica e cultural, a partir de autores como Gomes (2005, 2012); Guimarães (1999, 2011) e Munanga (1994, 1999, 2005, 2005) dessa área. Discuti branqueamento, branquidade e branquitude, embasada em autores da área da Psicologia como: Bento (2014); Piza (2005, 2014); Cardoso (2008; 2010; 2011; 2014) da área de Ciências Sociais. A concepção de identidade foi baseada em autores como: Hall (2011) e Moita Lopes(2002). Focalizei a construção da identidade de adolescentes e jovens, pois são os sujeitos desta pesquisa. A opção metodológica foi a pesquisa-intervenção, com a perspectiva do letramento racial crítico e a educação antirracista, com aplicação de uma SD, e o relato autobiográfico, que foi instrumento de geração de dados, assim como o diário de bordo. Da área de Linguagens, referenciei-me em autores como: Ferreira (2006, 2009, 2014, 2015) e Moita Lopes (1992, 2002, 2006). As (os) alunas (os) expressaram suas identidades étnico-raciais por emio dos relatos, partindo de recordações de como se deram conta de que eram negras (os) brancas (os). À medida que contaram se tinham pensado alguma vez sobre sua cor de pele, foram trazendo lembranças que as (os) fizeram ter a percepção de sua raça. Pela análise dos dados, foi possível observar alguns conflitos de identidade como o branqueamento e o discurso da hegemonia racial, contradizendo-se com afirmações de que a cor da pele influencia em como foram/são tratados. O papel da escola entre instituições e /ou meios que contribuíram para a construção das identidades foi reafirmada, reiterando a importância da educação para as relações étnico-raciais. Pudemos concluir com esta pesquisa que através de um trabalho na perspectiva do letramento racial crítico e da educação antirracista é possível ressignificar a branquitude, contribuindo assim para a formação de cidadãos críticos que possam construir um mundo menos excludente. / It´s a study of language research and aims to investigate how black and white students of a public school of the state of Paraná express their ethical-racial identities throughout autobiographical reports. In order to achieve this research it was established the following objectives: verify if such ethical-racial conflicts are put in spotlight in their productions; identify the school role and other institutions or means of construction of racial identities and analyze how a following teaching with the gender autobiographic reports with the perspective of the racial critical literacy and anti-racist education can contribute for building up ethical racial identity. The concepts of race in the sociological perspective are resumed and they bring the conception of race as a historical and cultural construction. The scaffolding of this research is based on authors as Gomes (2005, 2012), Guimarães (1999,2001) and Munanga (1994, 1999, 2005, 2005). It is discussed whitening and whiteness based on authors of the area of psychology as Bento (2014), Piza (2005, 2014) and Cardoso (2008, 2010, 2011, 2014) from Social Science area. The conception of identity is based on authors as Hall (2011) and Moita Lopes (2002). The area of languages is referenced by authors as Ferreira (2006, 2009, 2014, 2015) and Moita Lopes (1992, 2002, 2006). The students expressed their ethical-racial identities through reports which they picked up from recordings of how they became aware of their tone of skin. As far as they told if they had thought about their skin color they brought their memories about the perception of their ethnicity or race. Through the analyzed data it was possible to observe some conflicts of identity as whitening and the discourse of racial hegemony contradicting some affirmations that their skin color has influenced as they are/were treated. The school role among institutions and or means that have contributed for building up their identities were reaffirmed, emphasizing the importance of education for ethical racial relationships. We concluded through this research that working in the perspective of racial critical literacy and anti-racist education it is possible to resignify the whiteness as well as contribute to the formation of critical citizens who are able to build a less excluding world.

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